Filhos de Simeone, Cevallos e Sierra e primo de Valderrama aparecem como algumas das promessas que podem se destacar nos gramados do Uruguai durante o torneio
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Não se espante se, ao longo do Sul-Americano sub-20, alguns sobrenomes familiares surgirem nas escalações dos adversários do Brasil. O torneio deste ano, a ser realizado no Uruguai, terá parentes de personagens famosos do futebol continental, como Giovanni Simeone, atacante argentino filho do técnico do Atlético de Madrid, Josè Luis Sierra, centroavante chileno herdeiro do pai homônimo, e Panchito Cevallos, cujo pai, de mesmo nome, brilhou pela LDU contra o Fluminense na Libertadores em 2008. Há também aqueles que não carregam na identidade o DNA: caso do meia colombiano Jarlan Barrera, primo de ninguém menos que Carlos Valderrama.
Em comum entre estes garotos está o fato de que os parentes
famosos não são os responsáveis por terem chegado aonde estão; todos são tidos
como talentosos em seus países, vistos como promissores. Saiba mais sobre quatro deles:
Cevallos, Simeone, Barrera e Sierra: quatro
herdeiros de jogadores famosos na América
do Sul (Foto: Editoria de Arte)
GIOVANNI SIMEONE: ESPAÇO NO RIVER E DISCRIÇÃO
Giovanni
Simeone é o que está mais avançado: aos 19 anos, veste
a camisa 9 do River Plate e integra com frequência o plantel principal,
embora
ainda não tenha tanto espaço numa posição que conta ainda com os
experientes Téo
Gutiérrez e Fernando Cavenaghi. Na estreia da Argentina no
Sul-Americano, brilhou ao fazer dois gols na vitória por 5 a 2 sobre o
Equador.
- Giovanni é um atacante que sabe fazer gol. Gosta de se
movimentar e tem presença de área. Pode ser um dos jogadores importantes da
seleção sub-20, mas não sei se é o mais determinante. Driussi e Ángel Correa
também podem ser importantes – analisou o jornalista argentino Federico Muiños.
Giovanni Simeone comemora gol da Argentina
contra o Equador sub-20 (Foto: Agência AFP )
Giovanni nasceu em Madri, na Espanha, quando seu pai atuava
pelo Atlético. Depois, com o fim da carreira do volante, o menino voltou para a
Argentina e logo entrou nas categorias de base do River Plate – no time
principal desde 2013, ele já 24 jogos, marcando sete gols. Embora as posições
entre eles sejam diferentes em campo, há uma característica em comum.
- Podemos dizer que a conduta é parecida, o perfil baixo.
Futebolisticamente, não há muitas semelhanças, porque Cholo era volante, e Gio
é atacante – completou Muiños.
PRIMO DE VALDERRAMA: "AS PALAVRAS DELE SÃO SAGRADAS"
Jarlan é uma das promessas da Colômbia no Sul-Americano sub-20 (Foto: Getty Images)
Na Colômbia, Jarlan Barrera também não é visto como
semelhante ao primo de segundo grau Valderrama, a quem idolatra e chama de tio.
Mas o garoto é considerado um dos mais promissores desta geração cafetera e não
esconde o desejo de seguir os passos do Pibe.
Apesar de ter 17 anos, Jarlan figura frequentemente na
seleção sub-20 – ele disputou o Torneio de Toulon em 2014. Também é profissional:
atuou com regularidade pelo Junior Barranquilla no ano passado – foram 13 jogos
e dois gols pelo vice-campeão colombiano e, coincidência ou não, ex-time de
Valderrama.
- Jarlan é um meia-atacante, gosta de entrar na área. Não é
parecido com o Pibe – analisou Oscar Ostos, jornalista colombiano.
Ainda assim, Barrera tem relação próxima com Valderrama. Em
entrevista ao jornal colombiano “El Heraldo”, contou que sempre ouve conselhos
do primo e procura segui-los à risca.
- O que o Pibe diz é palavra sagrada para mim. As palavras
mais sábias que posso escutar são as do meu tio – disse Jarlan ao diário.
COTITO SIERRA: PROMESSA CHILENA
Quem também costuma seguir de perto as dicas do parente famoso é José Luis Sierra Cabrera. Filho do meia Sierra, que atuou no São Paulo em 1994, o garoto, de 17 anos, faz parte do elenco do Chile no Sul-Americano e já atua profissionalmente no Unión Española, onde é comandado por seu pai.
O novo Sierra é atacante e já fez testes no Inter de Milão.
O menino é considerado promessa no país: estreou no time profissional do Unión
Española com 16 anos, no início do ano passado, e logo depois foi integrado ao
elenco. Ele se destacou na liga sub-17 chilena, marcando 20 gols em 19 jogos.
- Meu pai é uma referência. É muito lindo para mim que meu
pai tenha conseguido tanto no futebol. Espero algum dia conseguir isso e muito
mais – declarou o Cotito, que herdou o apelido do pai.
José Luis Sierra, filho do ex-meia do São Paulo,
em ação pela Unión Española (Foto: Divulgação)
PANCHITO CEVALLOS: EXPERIÊNCIA EQUATORIANA
O nome de José Cevallos traz más recordações aos torcedores do Fluminense, que viram o goleiro da LDU defender três pênaltis e garantir à equipe equatoriana o título da Libertadores em 2008. Aposentado, o arqueiro vê seu filho homônimo iniciar a carreira – os dois chegaram a jogar juntos num amistoso, em 2011. Panchito, como foi apelido em homenagem ao pai, é um dos destaques da seleção sub-20 do Equador, além de um dos mais experientes da equipe.
O meio-campista, de 19 anos, já disputou o Sul-Americano
e Mundial sub-17, quando teve bom
desempenho. Tanto que, em 2013, foi emprestado ao Juventus, da Itália. Na
Europa, não brilhou e acabou retornando à LDU.
- Foi decisão deles. Pessoalmente, fico tranquilo porque dei
tudo o que pude. Se uma porta se fecha, é preciso melhorar e trabalhar para que
outras se abram – analisou Cevallos à imprensa equatoriana quando retornou.
Cevallos em ação pela seleção equatoriana:
promessa do país (Foto: AFP)
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