Suspeita é de que pessoas ligadas ao atual presidente Mário Gobbi divulgaram que técnico receberia R$ 700 mil mensais para atrapalhar Roberto de Andrade na eleição
Mario
Gobbi, Tite e Roberto de Andrade, em foto de novembro de 2013:
dirigentes brigados (Foto: Daniel Augusto Jr / Ag.Corinthians)
Vale lembrar que as partes ainda não chegaram a um acordo. A última proposta foi de R$ 400 mil.
Na teoria, eles fazem parte do mesmo grupo, mas, na prática, não se entendem há mais de um ano. A crise começou no processo que culminou na saída do técnico Tite e na contratação de Mano Menezes, no fim de 2013. Andrade, na época diretor de futebol, era contra a mudança. Gobbi, porém, fez valer seu maior poder e deu a palavra final para a troca.
A divulgação caiu como uma bomba no Parque São Jorge. Ilmar
Schiavenato, Antônio Roque Citadini e Paulo Garcia, outros candidatos à
presidência, se mostraram contrários aos termos, sobretudo pelo
momento financeiro do clube não ser dos melhores – o Timão chegou a atrasar o
pagamento dos direitos de imagem ao longo desta temporada.
Na análise feita pela ala contrária, o grupo de Gobbi queria dar uma resposta pelos últimos passos dados por Roberto
de Andrade. O candidato vinha negociando com alguns jogadores sem o conhecimento
do presidente. O goleiro Danilo, da Chapecoense, estava acertado com Andrade, mas, ao saber
da informação, Gobbi decidiu vetar o acordo por considerar que o clube
não necessita de atletas para a posição.
A relação entre Gobbi e Tite também está estremecida
desde a saída do treinador. Tanto que o presidente autorizou Andrade a conversar com o
técnico sobre o retorno e até agora não se envolveu no assunto. A negociação
evoluiu nesta semana, mas ainda não está fechada – o acerto pode ocorrer até
domingo, após um encontro entre o técnico e o empresário Gilmar Veloz, em Porto Alegre.
Tite e Andrade, aliás, negam com veemência que a oferta salarial chegue perto dos R$ 700 mil. De
acordo com o que apurou o GloboEsporte.com, o valor é de R$ 400 mil, abaixo do
que o treinador recebia em 2013 - e inferior também aos vencimentos de Mano Menezes
nesta temporada (aproximadamente R$ 600 mil).
O Corinthians tem pressa para decidir quem será seu novo treinador. A ideia do
clube é divulgar a contratação nesta segunda-feira para que o técnico possa
começar a participar das negociações para renovar o elenco. Até agora, o Timão
está apalavrado com o lateral-direito Edilson, ex-Botafogo, e o volante
Cristian, ex-Fenerbahce, da Turquia.
FONTE
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