Treinador celeste chega a sua terceira final de Copa do Brasil e busca título inédito
‘Coisa de Deus’. Foi assim que o técnico Marcelo Oliveira, depois de esgotar as explicações para o empate heroico do Cruzeiro por 3 a 3 com o Santos, na Vila Belmiro, nessa quarta-feira, resumiu o jogo que levou o Cruzeiro à final da Copa do Brasil. O treinador celeste destacou as dificuldades enfrentadas na partida pelo time mineiro, que esteve eliminado até os 35 minutos do segundo tempo. Mas valorizou mais o poder de superação da Raposa ao buscar o empate.
- Nós tivemos, no meu modo de ver, duas desatenções. Uma no
início de jogo, até comentamos muito isso na preleção, que ia vir muita
pressão, como o Cruzeiro faz no Mineirão. Com um minuto e meio fizeram o gol. O
outro gol, aos 44, era o momento de prender a bola, segurar, fazer uma faltinha
técnica. Quando se trabalha muito, da forma que trabalhamos, num ambiente tão
saudável, sempre se acredita. Foi uma coisa de Deus também. E as coisas de Deu
acontecem para quem trabalha. Os jogadores mereceram porque lutaram até o
final.
Veja em detalhes a entrevista do técnico Marcelo Oliveira:
TERCEIRA FINAL EM QUATRO ANOS
- A experiência vivenciada sempre nos dá uma condição
melhor. No caso do Coritiba, eu acho que como o Coritiba nunca tinha chegada a
final, duas finais consecutivas foram muito valorizadas. Agora temos novamente
uma oportunidade, estamos muito firmes e vamos nos preparar bem. Por mais que
sejam jogos consecutivos haja muito desgaste, temos que mudar para o
Brasileiro. Mas tem que ter superação e esse trabalho de equipe para buscar
tanto no brasileiro quanto na Copa do Brasil.
CLÁSSICO NA DECISÃO
- As duas equipes estão muito bem. O Cruzeiro liderando o
Brasileiro, o Atlético-MG ali próximo. Vai ser um jogo muito interessante, de
muito combate, mas também de muitos gols, como foi hoje.
Willian
- Acho que hoje todos tem que ser exaltados, a equipe como
um todo. Precisei de dois jogadores que estavam há um tempo fora. Tanto o Bruno
quanto o Samudio entraram muito bem. Mas inegavelmente foi uma atuação
excepcional do Willian. Ano passado nos ajudou muito, este ano vinha entrando,
sempre taticamente muito eficiente. Hoje ele extrapolou. Foi eficiente do
início ao fim. Deu a condição de buscar a classificação.
Ceará no lugar de Mayke
- Não foi uma mudança totalmente tática ou estratégica. O
problema é que o Mayke jogou dois jogos intensos. No último jogo ele terminou
esgotado, porque passa o tempo todo. Tínhamos o Ceará que marca bem. Achei que
o Ceará foi perfeito, sustentou muito bem. É bom saber que tem um elenco assim
que pode trocar a qualquer momento com muita qualidade.
Semifinais
Absolutamente não. Achei que estava aberto essas semifinais.
Qualquer das equipes que passassem era justo. Naturalmente a gente vai lutar
muito pra ir a final. Vai vivenciar emoções e rivalidade. A parti de segunda
vamos estar nos preparando para esse jogo.
Sequência
Tem que trabalhar tudo na verdade. Não é que seja
preocupação. Temos que cuidar dessas questões. Por isso, eventualmente, estou
tirando um ou outro. Mantendo a base do time para que não desconfigure tanto.
Temos que pensar que construímos durante todo o ano algo muito importante e
esta perto de concretizar com conquistas. Vai ser um jogo extremamente difícil,
porque o Atlético-MG está muito bem, muito bem comandado, e muito certo; luta
muito, competitivo e técnico. O Cruzeiro também vai com todas as suas forças
para buscar esse título.
Decisão no Independência?
- Não tem nenhum problema. Mas eu acredito que seja
Mineirão. Por tudo que representa essa final, seria muito pequeno tirar público.
Seria muito bom pra todo mundo e acredito que vá haver esse bom senso.
Duas torcidas
- Eu sou a favor sempre de duas torcidas. Isso foi sempre
uma tradição muito mais emocionante. Mas no Brasil ainda tem essa questão da
briga das duas torcidas. Foguetes, o que eu já até achava que tinha acabado.
Tivemos ontem uma madrugada de São João fora de época e fora do horário também.
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