Centrais do Osasco e da seleção bicampeã olímpica se preparam para o desfile, de olho no segundo título seguido da Unidos da Tijuca: "Ali dentro também vale troféu"
O
que aquela porta guardava fez o ambiente parecer familiar. Todos os
troféus e prêmios conquistados pela Unidos da Tijuca estavam ao alcance
das mãos. As mesmas que em quadra não se cansam de erguê-los e que agora
querem ajudar a levantar mais um, só que na Marquês de Sapucaí. Atual
campeã do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a escola de
samba trará em um de seus carros alegóricos Adenízia e Thaísa,
centrais da seleção bicampeã olímpica de vôlei. Nesta segunda-feira,
elas visitaram o barracão, tiraram as medidas para a confecção das
fantasias e entenderam um pouco mais sobre o enredo de 2015, que terá a
Suíça como tema.
O convite foi feito pela empresa produtora de alimentos do país europeu, que patrocina o Osasco, time que as duas defendem na Superliga. Não pensaram duas vezes para dizer sim. Adenízia já sentiu o gostinho de enfrentar uma passarela. Há quatro anos, saiu no chão, na X9 Paulistana. Mas desta vez, diz que a responsabilidade só fez aumentar. Estará num lugar de destaque, na alegoria que remete ao filme a "A fantástica fábrica de chocolate".
-
A gente vai ter que manter a escola no topo. Quando abrimos a porta e
vimos esses troféus deu um friozinho na barriga. Temos que tentar fazer o
que fazemos na quadra. E todos aqui estão trabalhando mostrando foco e
determinação. Adorei a fantasia e sei que este desfile vai ter um
gostinho especial. Vou poder dizer que desfilei e fui campeã - disse.
Se Adenízia já é uma veterana no samba, Thaísa viverá a experiência pela primeira vez. A falta de oportunidade e de tempo costumavam deixar a carioca na condição de espectadora. E sempre que pensava em carnaval, lembrava dos tempos de infância, quando saía com os amiguinhos pelas ruas da Tijuca - bairro onde morava e jogava -, para provocar e correr dos bate-bolas. Espera agora ter a mesma coragem para passar bem pelos 700m da Avenida.
- Vou ficar nervosa. Acho tão bonito, mas nunca pensei nessa possibilidade. Estou acostumada a enfrentar a Rússia, os Estados Unidos, o que é mais fácil para mim. Não sou a Adenízia que sabe sambar (risos). Mas ali dentro vale troféu. É parecido com o vôlei: temos que estar focadas, jogar por amor a escola e buscar fazer o que fazemos no nosso dia a dia. Não tinha melhor lugar para eu começar a desfilar.
E
já recebendo dicas de quem entende do riscado. Depois de conhecerem o
trabalho feito por artesãos e costureiras no barracão, as centrais
seguiram para o evento de apresentação dos protótipos das fantasias na
quadra da agremiação. Adenízia queria conhecer a atriz e rainha da
bateria, Juliana Alves. Ao lado dela, contou como era a roupa com
detalhes de chocolate que vão vestir, mostrou que sabe fazer os
movimentos com os braços que pede a ocasião e não quis se arriscar muito
com os pés, ensaiando timidamente um passinho de samba a pedido da
anfitriã. Acabou recebendo elogios daquela que também é uma fã das
meninas da seleção e ouviu com atenção as orientações para ganhar o
público.
- Para falar a verdade foi muito bem, mostra que tem samba no sangue. Eu é que vou precisar de muitas dicas para chegar um pouco perto delas no vôlei (risos). Eu acompanho sempre que posso os jogos delas. São rainhas dentro de quadra e têm conquistar o público também. E num desfile isso é feito com olhar, sorriso e cantando o samba. Vão precisar se preparar para chegar bem no dia, vestir a fantasia e deixar o samba fluir. Essa vitória, esse brilho que elas carregam vai nos trazer um grande reforço - afirmou Juliana.
Invictas na Superliga, com quatro triunfos em quatro compromissos, as pupilas do técnico Luizomar de Moura esperam contar com a compreensão dele e com as brechas na agenda de treinos para pegarem a ponte aérea vez ou outra para participarem dos ensaios.
- Vamos ter que arrumar tempo. Temos jogos às sextas, mas dá para vir para o Rio no sábado. É importante. E é legal juntar campeã com campeã, né? Inspira - disse Adenízia.
Thaísa e Adenízia na sala de troféus da Unidos
da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)
O convite foi feito pela empresa produtora de alimentos do país europeu, que patrocina o Osasco, time que as duas defendem na Superliga. Não pensaram duas vezes para dizer sim. Adenízia já sentiu o gostinho de enfrentar uma passarela. Há quatro anos, saiu no chão, na X9 Paulistana. Mas desta vez, diz que a responsabilidade só fez aumentar. Estará num lugar de destaque, na alegoria que remete ao filme a "A fantástica fábrica de chocolate".
Centrais conheceram o trabalho no barracão da escola (Foto: Danielle Rocha)
Se Adenízia já é uma veterana no samba, Thaísa viverá a experiência pela primeira vez. A falta de oportunidade e de tempo costumavam deixar a carioca na condição de espectadora. E sempre que pensava em carnaval, lembrava dos tempos de infância, quando saía com os amiguinhos pelas ruas da Tijuca - bairro onde morava e jogava -, para provocar e correr dos bate-bolas. Espera agora ter a mesma coragem para passar bem pelos 700m da Avenida.
- Vou ficar nervosa. Acho tão bonito, mas nunca pensei nessa possibilidade. Estou acostumada a enfrentar a Rússia, os Estados Unidos, o que é mais fácil para mim. Não sou a Adenízia que sabe sambar (risos). Mas ali dentro vale troféu. É parecido com o vôlei: temos que estar focadas, jogar por amor a escola e buscar fazer o que fazemos no nosso dia a dia. Não tinha melhor lugar para eu começar a desfilar.
Fantasia que será usada por Adenízia e Thaísa (Foto: Danielle Rocha)
- Para falar a verdade foi muito bem, mostra que tem samba no sangue. Eu é que vou precisar de muitas dicas para chegar um pouco perto delas no vôlei (risos). Eu acompanho sempre que posso os jogos delas. São rainhas dentro de quadra e têm conquistar o público também. E num desfile isso é feito com olhar, sorriso e cantando o samba. Vão precisar se preparar para chegar bem no dia, vestir a fantasia e deixar o samba fluir. Essa vitória, esse brilho que elas carregam vai nos trazer um grande reforço - afirmou Juliana.
Thaísa, Juliana Alves e Adenízia na quadra da
Unidos da Tijuca (Foto: Danielle Rocha)
Invictas na Superliga, com quatro triunfos em quatro compromissos, as pupilas do técnico Luizomar de Moura esperam contar com a compreensão dele e com as brechas na agenda de treinos para pegarem a ponte aérea vez ou outra para participarem dos ensaios.
- Vamos ter que arrumar tempo. Temos jogos às sextas, mas dá para vir para o Rio no sábado. É importante. E é legal juntar campeã com campeã, né? Inspira - disse Adenízia.
Fotos: (Danielle Rocha)
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