Músicas da torcida do Criciúma ganham
novas versões com a Os Tigres Rock
(Foto: Studio Lisboa/Divulgação)
Os tambores dão lugar à bateria. Os instrumentos de
sopro não são muito diferentes e têm a companhia de contrabaixo e guitarras
distorcidas. As letras são as mesmas, as que embalam o time no Heriberto Hülse.
A banda carvoeira foi da arquibancada para o estúdio para virar Os Tigres Rock.
Sete torcedores do Criciúma formam o grupo que interpreta canções da torcida
com pegada rock and roll. No próximo mês terão em mãos o CD com nove canções do
que se escuta em dias de jogos do Tigre em sua casa (ouça um trecho da música no vídeo abaixo).
A
banda de rock é um braço da torcida Os Tigres. Tanto
que quatro dos sete integrantes tocam instrumentos durante os jogos.
Fabricio Biava (guitarra), JP Búrigo (guitarra), Julio Bittencourt
(baixo), Tiago Hertel (bateria), Eduardo Benincá (trompete), Rafael
Freitas (trompete)
e Victor Corrêa (trombone) vivem com a banda uma situação curiosa.
Apesar de
terem feito apenas duas apresentações em dois anos, quando estão juntos
no
palco têm um coro forte de quem conhece bem as letras.
- Começamos em 2012, numa festa de aniversário da própria
torcida. Temos uma situação bem específica, porque os shows são voltados para
quem é torcedor do clube. Por isso não tem agenda lotada ou mesmo turnês.
Depois do lançamento do disco, esperamos dobrar o número de apresentações, quem
sabe teremos mais duas até o fim do ano – brinca Biava, guitarrista.
Banda emprega outra sonoridade ao que
soa no Heriberto Hülse em dias de jogo
(Foto: João Lucas Cardoso)
A banda reúne integrantes da torcida carvoeira e músicos da
capital do carvão. Não se trata de uma reprodução do som no Heriberto Hülse com
acréscimo de guitarras. São novos arranjos no que consideram não haver um
gênero do rock que possa defini-los, mas na medida certa para que o torcedor do Criciúma possa
soltar a voz de forma semelhante ao que faz no estádio.
Instrumentos de sopro encorpam o som da banda do estádio ou do palco (Foto: Studio Lisboa/Divulgação)
- Não é pegar a melodia e colocar a banda para tocar em cima,
mas como se as músicas da torcida fossem uma linha para ser seguida. Tem partes
de canções que se repetem, tem também coros que dão a impressão de que é a própria
torcida cantando no estádio. Tudo isso dentro de uma identidade que criamos,
porque não tem uma linha dentro do rock que se encaixe. Nem tem vocalista fixo,
são pelos menos três vozes. Até porque a ideia é começar a música e deixar que
a galera cante – descreve o baterista Thiago Hertel
O disco foi produzido em aproximadamente dois anos, num
trabalho minucioso e com idas e vindas em estúdios, que deram polpudos descontos
ou até aceitaram o trabalho sem cobrar pelos serviços. O resultado está prestes
ser prensado em CDs, com oito canções da torcida carvoeira e mais uma versão do
hino do Criciúma. Simultaneamente, o lançamento deve ser acompanhado de
videoclipe, atualmente em fase de edição.
saiba mais
Os torcedores - ou integrantes da banda - buscam
patrocinadores para ajudar com as despesas, com a adoção de cada faixa do
álbum. Quando disponível, eles esperam por uma conquista do Criciúma dentro de
campo para que as canções das arquibancadas soem com o ritmo de rock pelas
cercanias do Heriberto Hülse, pelas ruas e avenidas da capital do carvão.
- Quando o Criciúma ganha um título ou conquista
algo, nas festas toca praticamente apenas o hino. Nossa esperança é de que
toquem o CD e o façam também em dias de jogo – espera Eduardo Benincá, que
sopra o trompete no Heriberto Hülse e também com a banda de rock amarela, preta
e branca.
Os Tigres Rock espera lançar o CD com
nove faixas no próximo mês (Foto:
Studio Lisboa/Divulgação)
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