Goleiro diz que apoia a greve, mas que é preciso ter consciência da situação atual. Já treinador reclama que virou refém e, com medo de assalto, não sai mais de casa
- O que aconteceu no Corinthians foi terrível, mas tem que analisar posições. Você vê o Corinthians. Assisti ao jogo quarta à noite (Corinthians 0 x 2 Bragantino), e teve um atleta do Corinthians que falou depois do jogo que nem sabia por que faria a greve. Você tem que agir dentro da lei, isso tudo é uma proposta bacana.
Eu, por mim, apoiaria com o maior prazer. Agora, se nem dentro do clube há o apoio e a consciência disso, é difícil você fugir de algo que foge à lei de outros clubes. A gente torce pra que isso (invasão ao CT) não aconteça mais – afirmou o capitão, em entrevista à rádio Capital.
Aqui parece uma terra de ninguém. Falta segurança. Os políticos de Brasília agem como se aqui fosse a Suíça
Muricy Ramalho
- Primeiro é importante entender o porquê da greve. Eu particularmente não sei os motivos da greve. Existe, sim, motivos para que um dia essa greve possa acontecer. Eu quero entender o porquê da greve para me posicionar. Não estou dentro nem fora da greve, quero entender pra tirar minhas conclusões
O técnico Muricy Ramalho também foi questionado sobre o assunto e ampliou sua análise para o triste momento vivido pelo país.
- Isso não é um problema apenas do futebol. Nosso país está ruim em um monte de coisa. O que aconteceu no Corinthians é reflexo da sociedade. Falta segurança. Aqui parece uma terra de ninguém. A gente não vê nenhum tipo de movimento para mudar isso. A coisa está feia e não é só no futebol. Os políticos de Brasília agem como se aqui fosse a Suíça. Por isso que não saio de casa. Onde eu moro (Morumbi) está muito perigoso. Eu cuido da segurança dos meus filhos e fico refém dentro de casa com a minha mulher - lamentou.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2014/02/apos-invasao-no-timao-ceni-critica-sheik-muricy-diz-que-pais-esta-ruim.html
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