Oito meses depois de se enfrentarem pelas oitavas da última Champions, italianos e espanhóis perdem gols no San Siro. Kaká dá assistência, e Neymar é substituído
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Talvez
pela grandeza que reúne 11 títulos de Liga dos Campeões, Milan e
Barcelona tenham prometido mais do que realmente apresentaram no San
Siro. Mas o reencontro de italianos e espanhóis passou longe de um jogo
fraco ou pouco emocionante. Com direito a um gol de Robinho
- e outro incrivelmente perdido que o consagraria no segundo tempo -,
ambos ficaram no empate por 1 a 1, nesta terça-feira, pela terceira
rodada do Grupo H da Champions. O argentino Lionel Messi também deixou a
sua marca.- Veja como foi o jogaço, lance a lance
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O brasileiro Kaká, titular pela primeira vez depois de se recuperar de uma lesão muscular, deu o passe para o compatriota abrir o placar logo aos oito minutos e mostrou muito empenho na marcação até acabar substituído. O mesmo destino teve Neymar, com atuação pouco destacada, mas dono de duas finalizações perigosas. Os laterais Daniel Alves e Adriano atuaram os 90 minutos pelo time de Tata Martino.
Robinho celebra o gol do Milan: brasileiro desperdiçou
grande chance de seconsagrar na etapa final (Foto: EFE)
grande chance de seconsagrar na etapa final (Foto: EFE)
O resultado beneficia mais os catalães, ainda líderes da chave com sete pontos, dois a mais que os rossoneri. A novidade está na terceira colocação: o Celtic derrotou o Ajax, por 2 a 1, no Celtic Park, e chegou aos três pontos, contra um dos holandeses. Forrest, de pênalti, e Kayal anotaram para os escoceses, enquanto Schone descontou já nos acréscimos.
O duelo desta terça marcou mais um clássico entre Milan e Barça na maior competição do continente. Entre fevereiro e março, Messi e companhia levaram a melhor pelas oitavas de final ao conseguirem a virada no confronto por 4 a 0 depois de perderem a ida por 2 a 0. Em 2011/2012, também se enfrentaram pela fase de grupos e quartas de final e o fim foi o mesmo: vitória dos catalães.
Noite de reencontros
Neymar ofereceu perigo em duas finalizações, mas produziu aquém do esperado (Foto: AP)
Os donos da casa esperavam, senão por uma atuação implacável, ao menos garra. Com um mosaico estendido antes do apito inicial, a torcida pediu para que o time lutasse sempre. Mario Balotelli não estava ali para ajudar - preenchia o banco de reservas por voltar de lesão. Sua ausência fez dos brasileiros os protagonistas no primeiro tempo.
Massimiliano Allegri escalou o Milan sem centroavante. O esloveno Valter Birsa fez companhia a Kaká e Robinho, que logo apareceram. Aos seis, o ex-jogador do Santos acionou Muntari, que completou para o fundo das redes em impedimento. O gol foi bem anulado pelo árbitro alemão Felix Brych, o mesmo que validou o "gol fantasma" de Kiessling, do Bayer Leverkusen, na última sexta-feira.
Neymar e Robinho se cumprimentam: fã e ídolo jogaram
um contra o outro
um contra o outro
pela primeira vez (Foto: AP)
De Kaká para Robinho
Robinho precisou esperar pouco para comemorar. Aos oito, uma falha na saída de bola de Mascherano permitiu que ele avançasse e tabelasse com Kaká, lembrando os bons tempos de Seleção. Após o passe do camisa 22 na grande área, lá estava o número sete para concluir: 1 a 0.
O gol ilustrou com perfeição a proposta do Milan no jogo. Dar a bola ao Barcelona, que por natureza já faria de tudo para tê-la, e apostar nos contra-golpes - de preferência acompanhado com falhas defensivas. Kaká, escalado com total liberdade, era um dos mais empenhados na marcação, com mais presença inclusive no seu campo defensivo.
O Barça, como se supõe, não tinha facilidade na criação. A primeira chance surgiu aos 18, de bola parada. Messi cobrou falta lateral direto, surpreendendo Amelia, mas acertou apenas a rede lateral. O gol sairia pouco depois, aos 24: Zapata vacilou, Iniesta recuperou e acionou Messi. Mesmo sofrendo o contato e cercado por quatro, o argentino se manteve de pé até empurrar no cantinho do goleiro.
Neymar àquela altura estava sumido na partida, isolado na esquerda, sem espaços para tentar algo diferente. Partiu dele uma alternativa à marcação rossonera ao chutar de fora da área aos 31 e 35. Aos 45, depois de o Barcelona quase virar com Alexis Sánchez e Messi, ele só lamentou: a defesa italiana afastou mal um cruzamento e deixou a bola na medida para o brasileiro, que acertou um sem-pulo rente à trave do Milan.
Kaká escapa da marcação do implacável Busquets:
brasileiro deu o passe para Robinho abrir o placar (Foto: AP)
Robinho e Adriano falham na hora H
Neymar e Robinho voltaram do intervalo com novas camisas - fruto de uma troca amigável antes de descerem para o intervalo. Foi basicamente a única mudança para a etapa final, novamente com o Milan à espreita e o Barcelona posicionando-se à frente.
Assim como no primeiro tempo, foi dos italianos a primeira oportunidade. Em rápido contra-ataque, Montolivo lançou Muntari, que deu passe na medida para Robinho... perder. O brasileiro estava sozinho, com liberdade maior do que quando marcou minutos antes. Mas ele perdeu, cara a cara com Valdés - e sem sequer encostar a bola.
Foi o último grande suspiro de um time que se viu controlado a partir daí. Xavi e Adriano perderam os seus gols, o brasileiro com direito a finalização na orelha da bola a centímetros de Amelia. Robinho e Kaká deixaram o campo, assim como Neymar do lado catalão. As alternativas não se mostraram tão eficientes, e o placar seguiu inalterado.
Messi abraça Sánchez: no fim, empate foi melhor para o líder Barelona (Foto: AP)
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