A
CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Futebol tem dessas coisas. O Atlético-PR parecia soberano na partida ao
marcar o segundo gol sobre o Flamengo, na Arena Joinville, aos 26
minutos do segundo tempo. Os cariocas tentavam uma reação desesperada,
mas tudo parecia perdido. Até que a história se repetiu para o Furacão,
que na rodada passada, contra o Cruzeiro, chegou a fazer 2 a 0 mas
desperdiçou a vantagem. Dessa vez, com duas falhas de sua defesa em
jogadas aéreas, permitiu o empate do adversário neste sábado, em Santa
Catarina.
- Às vezes somos julgados de uma forma que não entendemos. Aqui nós somos seres humanos, estamos sujeitos a acertar e errar. Não erramos porque queremos, erramos porque tentamos fazer o certo. Essa torcida de hoje é a torcida do Flamengo, que nos incentiva e merece o nosso esforço - afirmou Renato Abreu, vaiado na derrota para a Ponte Preta após perder um pênalti.
O zagueiro Manoel, artilheiro do Furacão junto com Ederson com dois gols, reclamou do novo cochilo - o time desperdiçou quatro pontos nas duas últimas partidas com boa vantagem no marcador.
- Está faltando atenção. Quando fazemos 2 a 0, temos bobeado lá atrás. Foi assim no jogo contra o Cruzeiro também. Jogamos bem, mas infelizmente estamos pecando em alguns detalhes.
Na próxima rodada, o Atlético-PR vai ao Moisés Lucarelli encarar a Ponte Preta, às 21h de quarta-feira. O Flamengo, sem estádio no Rio para jogar, enfrenta o Náutico no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, no mesmo dia, mas às 22h.
Furacão superior
Um time sem brilho nas conclusões, mas com vibração em campo e marcação eficiente. Foi assim que o Atlético-PR mostrou-se superior na primeira etapa e construiu a vitória parcial de 1 a 0. Um time lento, displicente, desorganizado taticamente. Foi assim que o Flamengo mostrou-se inferior num duelo que esteve longe de ser empolgante tecnicamente. Para se ter uma ideia, em 22 minutos de jogo na Arena Joinville, houve 32 passes errados. Mas a marcação por pressão do Furacão desde o começo foi decisiva para a vantagem dos paranaenses. Deivid, que saiu contundido para a entrada de Juninho, e João Paulo faziam bem o serviço no meio-campo, deixando Felipe, Everton e Ederson mais soltos para encostar em Marcão.
O Flamengo reagiu mal à postura tática do rival: errou demasiadamente a saída de bola, especialmente Léo Moura. A zaga era lenta e displicente, e o meio-campo e o ataque, mexidos por Jorginho, mostravam que bastava ao Furacão acertar o último passe para abrir o placar. Aos 32, veio a jogada que mostrou a diferença entre as duas equipes: Num lateral cobrado por Jonas, González cochilou. Ederson acreditou, chegou na frente de Renato Santos, que ficou parado, e tocou por baixo de Felipe: 1 a 0 para um time que teve 11 conclusões, contra três do adversário.
Reação do Fla
Para o segundo tempo, Jorginho, mais uma vez, mexeu. Trocou Carlos Eduardo, que ainda não teve uma atuação marcante, por Renato Abreu. Tirou Léo Moura e pôs Rafinha, deslocando Paulinho para a lateral. E o Flamengo deu uma melhorada. Não só na movimentação. O time conseguia criar mais. Como no centro em que Gabriel se esticou para escorar e só não balançou a rede porque Weverton se esticou e fez uma de suas grandes defesas.
A reação do Flamengo, no entanto, ocorria sem a menor organização tática. A defesa estava cheia de buracos. Bem postado taticamente, o Furacão saía na hora certa. E em centro pela direita, Ederson pegou de voleio, meio desequilibrado, para aumentar o placar, aos 26. E só não marcou o terceiro em seguida porque Felipe fez grande defesa. Mas num centro de Rafinha, Marcelo Moreno, até então nulo, diminuiu de cabeça aos 32. Três minutos depois, em outra bola pelo alto, a zaga do Furacão se complicou, e Renato Abreu empatou, tocando livre. Os dois times ainda tiveram chances de vencer em cobranças de falta - João Paulo obrigou Felipe a defesa elástica, e Renato Abreu mandou na trave. Mas os times seguiram sem os três pontos no Brasileirão. Pelo menos, o fim da partida foi emocionante.
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Ederson marcou os gols do Atlético-PR, e Marcelo Moreno e Renato Abreu
fizeram os da reação do Flamengo num intervalo de três minutos - aos 32 e
35 do segundo tempo. O resultado, considerando-se a tabela, não foi bom
para os dois times, que continuam sem vencer no Campeonato Brasileiro
após três rodadas e somam apenas dois pontos. Como saldo positivo para
cada um, fica a boa atuação dos atleticanos na primeira etapa, quando
envolveram o Flamengo com boa marcação e velocidade, e o espírito de
reação dos cariocas após o intervalo, com a entrada de Renato Abreu,
Rafinha e depois Hernane, inicialmente sacados pelo técnico Jorginho.- Às vezes somos julgados de uma forma que não entendemos. Aqui nós somos seres humanos, estamos sujeitos a acertar e errar. Não erramos porque queremos, erramos porque tentamos fazer o certo. Essa torcida de hoje é a torcida do Flamengo, que nos incentiva e merece o nosso esforço - afirmou Renato Abreu, vaiado na derrota para a Ponte Preta após perder um pênalti.
O zagueiro Manoel, artilheiro do Furacão junto com Ederson com dois gols, reclamou do novo cochilo - o time desperdiçou quatro pontos nas duas últimas partidas com boa vantagem no marcador.
- Está faltando atenção. Quando fazemos 2 a 0, temos bobeado lá atrás. Foi assim no jogo contra o Cruzeiro também. Jogamos bem, mas infelizmente estamos pecando em alguns detalhes.
Na próxima rodada, o Atlético-PR vai ao Moisés Lucarelli encarar a Ponte Preta, às 21h de quarta-feira. O Flamengo, sem estádio no Rio para jogar, enfrenta o Náutico no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, no mesmo dia, mas às 22h.
No duelo pela bola, Elias bate Marcão, mas tem atuação razoável (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
Um time sem brilho nas conclusões, mas com vibração em campo e marcação eficiente. Foi assim que o Atlético-PR mostrou-se superior na primeira etapa e construiu a vitória parcial de 1 a 0. Um time lento, displicente, desorganizado taticamente. Foi assim que o Flamengo mostrou-se inferior num duelo que esteve longe de ser empolgante tecnicamente. Para se ter uma ideia, em 22 minutos de jogo na Arena Joinville, houve 32 passes errados. Mas a marcação por pressão do Furacão desde o começo foi decisiva para a vantagem dos paranaenses. Deivid, que saiu contundido para a entrada de Juninho, e João Paulo faziam bem o serviço no meio-campo, deixando Felipe, Everton e Ederson mais soltos para encostar em Marcão.
O Flamengo reagiu mal à postura tática do rival: errou demasiadamente a saída de bola, especialmente Léo Moura. A zaga era lenta e displicente, e o meio-campo e o ataque, mexidos por Jorginho, mostravam que bastava ao Furacão acertar o último passe para abrir o placar. Aos 32, veio a jogada que mostrou a diferença entre as duas equipes: Num lateral cobrado por Jonas, González cochilou. Ederson acreditou, chegou na frente de Renato Santos, que ficou parado, e tocou por baixo de Felipe: 1 a 0 para um time que teve 11 conclusões, contra três do adversário.
Reação do Fla
Para o segundo tempo, Jorginho, mais uma vez, mexeu. Trocou Carlos Eduardo, que ainda não teve uma atuação marcante, por Renato Abreu. Tirou Léo Moura e pôs Rafinha, deslocando Paulinho para a lateral. E o Flamengo deu uma melhorada. Não só na movimentação. O time conseguia criar mais. Como no centro em que Gabriel se esticou para escorar e só não balançou a rede porque Weverton se esticou e fez uma de suas grandes defesas.
A reação do Flamengo, no entanto, ocorria sem a menor organização tática. A defesa estava cheia de buracos. Bem postado taticamente, o Furacão saía na hora certa. E em centro pela direita, Ederson pegou de voleio, meio desequilibrado, para aumentar o placar, aos 26. E só não marcou o terceiro em seguida porque Felipe fez grande defesa. Mas num centro de Rafinha, Marcelo Moreno, até então nulo, diminuiu de cabeça aos 32. Três minutos depois, em outra bola pelo alto, a zaga do Furacão se complicou, e Renato Abreu empatou, tocando livre. Os dois times ainda tiveram chances de vencer em cobranças de falta - João Paulo obrigou Felipe a defesa elástica, e Renato Abreu mandou na trave. Mas os times seguiram sem os três pontos no Brasileirão. Pelo menos, o fim da partida foi emocionante.
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