Artilheiro pelo Napoli, atacante tem grande atuação em Salvador. Escrita, porém, segue: Celeste também ficou sem o bronze em 54, 70, 97 e 2010
Não é exagero algum afirmar que Edinson Cavani é um especialista em furar defesas da Itália. Afinal de contas, o atacante já joga no país há seis anos e foi o artilheiro do último Campeonato Italiano com 29 gols vestindo a camisa do Napoli. Neste domingo, em Salvador, o goleador mostrou mais uma vez que está em dia com as redes. Inspirado e sempre sorridente, comandou o Uruguai contra a Itália na disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações.
Mas nem mesmo seus dois gols foram suficientes para ajudar a Celeste a quebrar uma incômoda escrita. A seleção principal do Uruguai nunca ganhou a disputa de terceiro lugar em uma competição Fifa. Em outras quatro oportunidades, a Celeste também havia sido derrotada: nas Copas do Mundo de 1954, 1970 e 2010, e na Copa das Confederações de 1997.
Cobiçado por clubes como Real Madrid, Chelsea e Manchester City, Cavani fez de quase tudo em campo. Orientou, deixou Maxi Pereira na cara do gol, reclamou, teve gol anulado, marcou em uma bela cobrança de falta - característica que não é uma de suas principais especialidades - e converteu sua cobrança na decisão por pênaltis. Foi eleito até o melhor da partida. Em vão.
Cavani cobra falta com perfeição e dá empate ao Uruguai. Não foi suficiente (Foto: Agência AP)
Mesmo sob o sol forte do início da tarde na Bahia, Cavani já deu dicas no primeiro tempo que estava em um dia inspirado. Sempre orientando os companheiros, comandava quase todas as ações ofensivas da Celeste. Como um garçom, chegou a deixar Maximiliano Pereira em ótima condição para marcar. Quando teve a chance, estufou a rede de Buffon de cabeça após cobrança de falta. E reclamou muito quando o bandeirinha assinalou impedimento corretamente. Por vezes, até voltava para ajudar na marcação.
Cavani foi o principal nome do Uruguai na partida
(Foto: Agência AP)
(Foto: Agência AP)
Quando Diamanti recolocou a Itália na frente em cobrança de falta, o Uruguai teve de recorrer a Cavani mais uma vez. E o atacante devolveu na mesma moeda. Minutos depois do segundo gol italiano, ele pegou a bola e cobrou a infração com perfeição. Buffon até pulou, mas não alcançou.
Melhor da partida e pênalti convertido
Mesmo cansado, ele ainda quase decidiu o jogo na prorrogação. Foram pelo menos quatro chances. Na mais clara delas, foi travado na hora do chute pela defesa italiana. Nem mesmo a pressão uruguaia após a expulsão de Montolivo impediu a decisão nos pênaltis. Cavani foi o segundo a cobrar pela Celeste. Converteu com tranquilidade. Mas foi um dos poucos uruguaios a vencer Buffon, que pegou os chutes de Forlán, Cáceres e Gargano. Talvez por conhecer de longa data o goleiro da Juventus.
Vivendo um momento conturbado fora de campo diante das especulações sobre seu futuro (o presidente do Napoli já deu até declarações que desagradaram o jogador), o especialista fez sua parte. No fim do jogo até ganhou o prêmio de melhor da partida mesmo diante das três defesas de Buffon na disputa por pênaltis. Só não conseguiu sorrir por último e conquistar o que mais queria: o terceiro lugar da Copa das Confederações.
Cavani faz sua parte na disputa do terceiro lugar. Agora, ele vai pensar no futuro (Foto: AFP)
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