Nadine Bastos e Maira Labes, auxiliares da partida de reabertura do estádio, miram cenário mundial e dizem que serem chamadas de musas é subjetivo
Loiras, bonitas, competentes e profissionais. Aos desavisados, elas
podem parecer modelos ou até mesmo atrizes, características que não as
ligam ao futebol. No entanto, o trabalho que as tornam públicas é mesmo
dentro de campo. No último dia 27 de abril, Nadine Câmara Bastos e Maira
Americano Labes apareceram para todo o país – e algumas partes do
mundo. Elas estavam no jogo de reabertura do Maracanã, entre amigos de Ronaldo e Bebeto, usado como evento-teste para a Copa das Confederações, disputada em junho, no Brasil.
As duas não estavam lá para visitar, tirar fotos do estádio ou algo do
tipo. Nadine e Maira foram as assistentes de arbitragem da partida,
apitada pela 'ex-bandeirinha' profissional Ana Paula de Oliveira. Dentre
as mulheres que hoje fazem parte do quadro feminino no Brasil, as duas
catarinenses acabaram sendo chamadas muito pelo trabalho que realizam no
Campeonato Catarinense e demais competições, fato que as pegaram de
surpresa e as deixaram contentes.
– A reação foi parar o treino que estava fazendo no momento e sair contando para todos que estavam por perto. Foi um momento muito feliz, que por alguns segundos fez com que uma história passasse pela minha cabeça, desde quando começamos até aquele momento, recebendo aquele convite inesperado – conta Maira, formada em Educação Física e personal trainer numa academia de Itajaí, na região do Vale do Itajaí, onde mora.
Não foi a primeira vez que as duas assistentes do quadro feminino da
Federação Catarinense de Futebol, que conta com mais 15 mulheres,
participaram de um evento de tal magnitude. Em dezembro de 2009, a dupla
também esteve no Maracanã, na ocasião para fazer o Jogo das Estrelas do
Zico, marcado por selar a paz entre o Galinho e Romário. Foi a primeira
vez que elas fizeram parte de um evento grande, em que foram
'apresentadas' ao Brasil.
– Eu e a Maira, juntamente com o Wagner Tardelli (ex-árbitro profissional), tínhamos feito o último jogo realizado no Maracanã antes da reforma. Ter realizado o jogo de reabertura foi um momento marcante, acredito que todos que são apaixonados por futebol têm vontade de ir ao Maracanã, e nós árbitros não somos diferentes. Temos vontade de bandeirar num estádio que faz parte da história do futebol – fala Nadine, que recebeu o convite para o jogo do último dia 27, assim como Maira, justamente através de Tardelli.
Não foram poucas as estrelas que se fizeram presentes na partida que
marcou a estreia da nova estrutura do 'ex-maior estádio do mundo'.
Nadine e Maira, que já bandeiraram jogadas de Romário e Adriano, em
2009, ficaram lado a lado com nomes como os anfitriões Ronaldo
e Bebeto, Djalminha, Edilson, Washington, Roger e Renato Gáucho, todos
ex-atletas. No entanto, Maira percebeu que todos estavam com muita
vontade de jogar.
– Um fato curioso que me chamou a atenção foi a ansiedade dos craques ao entrar no jogo, a adrenalina que estavam, a vontade de jogar os 45 minutos, a emoção de voltar a um estádio que muitos conquistaram grandes títulos. Eles entraram com vontade de jogar, fazer gol, mesmo sendo um jogo de festa – conta a auxiliar, que diz ter como sonho pertencer ao quadro da Fifa.
Sua companheira, Nadine, de 30 anos, que é dentista, também em Itajaí, é árbitra assistente desde 2007, e já aspirante ao quadro da Fifa. Mais acostumada a jogos maiores, inclusive de Campeonato Brasileiro, ela conta que trabalhar num jogo que reuniu vários jogadores para quem torceu com a camisa Seleção Brasileira foi marcante, e revela um momento que marcou a todos que estavam no ônibus após o final do evento festivo no Maracanã.
– Estar na presença de pessoas que fizeram e fazem parte da história do
futebol brasileiro e mundial é muito gratificante. Saber que você já
torceu muito por esses jogadores na Copa do Mundo e poder bandeirar um
jogo deles, mesmo que festivo, é uma responsabilidade. No final do
evento, quando voltávamos ao hotel, teve um momento marcante, quando o
Bebeto comentou: ‘Vocês viram que lindo, quando fiz o gol as pessoas
falando o meu nome?’. Foi emocionante ver a felicidade de um jogador tão
renomado se emocionar daquele jeito – lembra Nadine.
Cinco anos mais velha que Maira, Nadine é solteira, ao contrário da amiga e colega de profissão, que namora o também assistente de arbitragem da FCF, Helton Nunes – ele faz o primeiro jogo da final do Catarinense, neste domingo, entre Criciúma e Chapecoense, no Sul do estado. Experiente quando o assunto é ser musa, a dentista tira de letra. Para ela, o mais importante é manter o foco e seguir fazendo o seu trabalho – dentro de campo, claro.
– Acredito que musa é algo subjetivo, o que é bonito para um pode não ser para outro, então prefiro não me apegar a isso, espero ser reconhecida pelo meu trabalho – manda Nadine.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sc/noticia/2013/05/depois-de-brilharem-no-maracana-assistentes-musas-de-sc-miram-fifa.html
Nadine e Maira, com Ana Paula Oliveira, com a bola, na entrada do túnel do Maracanã (Foto: Arquivo pessoal)
– A reação foi parar o treino que estava fazendo no momento e sair contando para todos que estavam por perto. Foi um momento muito feliz, que por alguns segundos fez com que uma história passasse pela minha cabeça, desde quando começamos até aquele momento, recebendo aquele convite inesperado – conta Maira, formada em Educação Física e personal trainer numa academia de Itajaí, na região do Vale do Itajaí, onde mora.
Por alguns segundos uma história passou pela minha cabeça, desde quando começamos até esse convite"
Maira Labes
– Eu e a Maira, juntamente com o Wagner Tardelli (ex-árbitro profissional), tínhamos feito o último jogo realizado no Maracanã antes da reforma. Ter realizado o jogo de reabertura foi um momento marcante, acredito que todos que são apaixonados por futebol têm vontade de ir ao Maracanã, e nós árbitros não somos diferentes. Temos vontade de bandeirar num estádio que faz parte da história do futebol – fala Nadine, que recebeu o convite para o jogo do último dia 27, assim como Maira, justamente através de Tardelli.
Nadine em ação no Maraca (Foto: Arquivo pessoal)
– Um fato curioso que me chamou a atenção foi a ansiedade dos craques ao entrar no jogo, a adrenalina que estavam, a vontade de jogar os 45 minutos, a emoção de voltar a um estádio que muitos conquistaram grandes títulos. Eles entraram com vontade de jogar, fazer gol, mesmo sendo um jogo de festa – conta a auxiliar, que diz ter como sonho pertencer ao quadro da Fifa.
Sua companheira, Nadine, de 30 anos, que é dentista, também em Itajaí, é árbitra assistente desde 2007, e já aspirante ao quadro da Fifa. Mais acostumada a jogos maiores, inclusive de Campeonato Brasileiro, ela conta que trabalhar num jogo que reuniu vários jogadores para quem torceu com a camisa Seleção Brasileira foi marcante, e revela um momento que marcou a todos que estavam no ônibus após o final do evento festivo no Maracanã.
Produzidas, Maira e Nadine posam com Bebeto (Foto: Arquivo pessoal)
Cinco anos mais velha que Maira, Nadine é solteira, ao contrário da amiga e colega de profissão, que namora o também assistente de arbitragem da FCF, Helton Nunes – ele faz o primeiro jogo da final do Catarinense, neste domingo, entre Criciúma e Chapecoense, no Sul do estado. Experiente quando o assunto é ser musa, a dentista tira de letra. Para ela, o mais importante é manter o foco e seguir fazendo o seu trabalho – dentro de campo, claro.
– Acredito que musa é algo subjetivo, o que é bonito para um pode não ser para outro, então prefiro não me apegar a isso, espero ser reconhecida pelo meu trabalho – manda Nadine.
Assistentes ao lado do Ronaldo Fenômeno (Foto: Arquivo pessoal)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sc/noticia/2013/05/depois-de-brilharem-no-maracana-assistentes-musas-de-sc-miram-fifa.html
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