sábado, 23 de março de 2013

Jorginho pede paciência, mas já fala em pressão por reação na Taça Rio


Com dois tropeços diante de pequenos, Fla se vê em situação delicada. Técnico diz saber da responsabilidade e elogia defensa contra o Boavista

Por Cahê Mota Rio de Janeiro


Os sorrisos das duas primeiras coletivas não apareceram. O Jorginho que encarou a imprensa depois da estreia no comando do Flamengo tinha expressão séria, traduzida firmeza com que expunha suas palavras. O empate por 0 a 0 com o Boavista (veja os lances no vídeo acima), neste sábado, no Engenhão, pela segunda rodada da Taça Rio, definitivamente não era o planejado para o reencontro com o Rubro-Negro 24 anos depois. Apesar de ter bastante posse de bola, a equipe foi burocrática, pouco agressiva e tropeçou pela segunda vez diante de um pequeno na competição. 

Para piorar, saiu de campo sob vaias.

Com apenas um ponto, Jorginho sabe que o Flamengo não pode mais errar se quiser manter vivo o sonho de título. A situação já se reflete em pressão. O treinador sabe disso e garante encarar com naturalidade:

- Sabemos que é um campeonato bem curto. Tínhamos seis jogos. Agora, cinco. Sabemos da responsabilidade, da pressão, mas sempre foi assim. Tivemos o mando do jogo, posse de bola, equipe chegando... Se não me engano, o Boavista deu só um chute o jogo todo. Mas não conseguimos ser efetivos na entrada da área. Agora, é ter paciência. Não adianta estar desesperado. O trabalho está começando e estou otimista que a coisa vai melhorar.

Sabemos da responsabilidade, da pressão, mas sempre foi assim. Agora, é ter paciência. Não adianta estar desesperado. O trabalho está começando e estou otimista que a coisa vai melhorar"

Jorginho, técnico do Fla, sobre
a situação do time na Taça Rio

Após escalar a equipe no 4-4-2, Jorginho trocou a experiência de Ibson e Cleber Santana pela velocidade de Nixon e Gabriel no segundo tempo, com a mudança do esquema para o 4-2-3-1. Não deu muito certo. O que se viu em campo foi um Flamengo refém de bolas paradas e jogadas aéreas. O treinador justificou as substituições e admitiu que o resultado em campo não foi o esperado.

- Tenho que tomar uma decisão. São jogadores mais cadenciados, que metem bem a bola, mas pensei justamente na velocidade do Gabriel. A coisa não aconteceu. Tentei o Adryan. Tentamos as possibilidades. Às vezes, somos felizes na substituição. Dessa vez, não surtiu o efeito esperado. A equipe ficou mais rápida, agressiva, mas não traduziu isso em gols.
Sistema defensivo elogiado

Por outro lado, Jorginho apontou fatores positivos na atuação rubro-negra. Satisfeito com o setor defensivo, ele elogiou a atuação de Amaral e voltou a lamentar a falta de eficiência no ataque.

- O que me agradou foi que a equipe esteve muito consistente defensivamente. Não tive nenhum problema. O Amaral deu uma sustentação na frente da zaga. O Boavista só conseguiu chegar em dois erros de passe, que é coisa que acontece. Precisamos melhorar no todo. Ser mais agressivo, equilibrado e traduzir em gols. Falo sempre que a responsabilidade é minha. Queremos muito vencer o segundo turno, o campeonato, mas não para por aí. Precisamos pensar a longo prazo.
Com apenas um ponto na Taça Rio, o Flamengo volta a jogar na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o Bangu, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Jorginho, Boavista x Flamengo (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)Jorginho admite situação ruim do Fla no returno, mas evita desespero (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/03/jorginho-pede-paciencia-mas-ja-fala-em-pressao-por-reacao-na-taca-rio.html

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