A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Não foi a estreia que a torcida e Jorginho imaginavam. O novo treinador
do Flamengo, que voltou ao clube 24 anos depois de sua última passagem
como jogador, já percebeu o descontentamento da torcida em forma de
vaias após o empate sem gols com o Boavista, na noite deste sábado.
Diante de um público de 4.171 pagantes (6.203 presentes) no Engenhão, o
treinador viu uma equipe afoita, insistindo no chuveirinho, sem
conseguir executar o que o comandante mais cobrou durante os treinos da
semana: a tranquilidade com a posse de bola. A renda do jogo foi de R$
113.650.
- Temos que nos preocupar, sim. Não foi por falta de tentativa. Precisamos ser mais agressivos, senão não faremos o gol. Teremos o jogo da quarta-feira para nos recuperarmos - afirmou o lateral-direito Léo Moura.
A partida de quarta-feira será contra o Bangu, às 22h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Já a equipe de Bacaxá entra em campo no dia seguinte para enfrentar o Audax, às 16h, em Moça Bonita.
Marcação dificulta vida do 4-4-2 rubro-negro
A forte marcação do Boavista dificultou a vida do Flamengo, que saiu do 4-3-3 utilizado por Dorival para jogar pela primeira vez no ano no tradicional 4-4-2. Mas a formação, ainda em fase experimental, deixou o time mais preso, com menos movimentação no ataque. Só Rafinha mudava de posição constantemente, conseguia flutuar pelos dois lados do campo com eficiência, mas sempre com dois em sua cola. Quando arrumava espaço, criava perigo, como no passe açucarado que deu para Hernane chutar rente à trave esquerda do goleiro Vinícius, aos 27 minutos.
O Fla poucas vezes conseguiu conciliar velocidade com a troca de passes. Melhorou quando Ibson e Elias se desprenderam um pouco da marcação e subiram juntos ao ataque. Foi assim que surgiu a melhor oportunidade do primeiro tempo. Aos 33, Ibson roubou a bola no meio, tabelou com Elias na área e bateu no cantinho para grande defesa de Vinícius. Quando não era dessa maneira, era na base da sorte. Cleber Santana fez o passe numa cobrança de falta, correu para a área e viu a bola ir em sua direção após desvio na barreira. Mas, ao tentar o arremate na saída do goleiro, a canela atrapalhou e jogou para fora.
Jorginho muda esquema, não o placar
Os rubro-negros presentes ao Engenhão vaiaram no intervalo. Jorginho tentou mudar só a postura e manteve a formação no segundo tempo. Mas mudou de ideia aos 14 minutos, depois de ver seus comandados só levarem perigo ao gol do Boavista num chute de longe de João Paulo. O técnico trocou Cleber Santana e Ibson por Nixon e Gabriel. E passou a equipe para o 4-2-3-1, seu esquema favorito. Já o desfalcado time de Bacaxá, mesmo com alterações, não abdicou da defesa e apostava suas fichas nas bombas de longe de Tony, que no primeiro tempo quase acertou um chute no ângulo de Felipe e era o mais avançado em campo.
As alterações de Jorginho melhoraram a movimentação, com Nixon e Gabriel ajudando Rafinha nas inversões. Não foi o suficiente para abrir a defesa adversária. Coube a Hernane conseguir algum espaço no meio dos zagueiros. E teve duas grandes chances em três minutos: na primeira, aos 26, cabeceou raspando o travessão após cruzamento de Léo Moura; na segunda, aos 29, quase na pequena área, concluiu mesmo desequilibrado, mas um desvio providencial tirou a bola da reta do gol. Adryan no lugar de um cansado Rafinha foi a última cartada de Jorginho para tentar fazer com que sua estreia fosse com vitória, mas o cenário terminou com a torcida - que várias vezes demonstrou impaciência - voltando a entoar vaias para a equipe.
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O resultado foi ruim para os dois times, já que foi só o primeiro ponto
conquistado por ambos no Grupo B da Taça Rio e os manteve dividindo a
penúltima posição da chave. Mas para o Boavista não foi motivo de
lamentos. Desfalcado de cinco jogadores - os titulares da zaga, Gustavo e
Jorge Felipe, suspensos, além do trio que estava vetado por ter vínculo
com o Fla, formado pelo lateral-direito Everton Silva, o zagueiro
Marllon e o atacante Erick Flores -, o time se comprometeu a defender e o
fez com eficiência.- Temos que nos preocupar, sim. Não foi por falta de tentativa. Precisamos ser mais agressivos, senão não faremos o gol. Teremos o jogo da quarta-feira para nos recuperarmos - afirmou o lateral-direito Léo Moura.
A partida de quarta-feira será contra o Bangu, às 22h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Já a equipe de Bacaxá entra em campo no dia seguinte para enfrentar o Audax, às 16h, em Moça Bonita.
Jorginho testou duas formações, mas torcida anda impaciente (Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo)
A forte marcação do Boavista dificultou a vida do Flamengo, que saiu do 4-3-3 utilizado por Dorival para jogar pela primeira vez no ano no tradicional 4-4-2. Mas a formação, ainda em fase experimental, deixou o time mais preso, com menos movimentação no ataque. Só Rafinha mudava de posição constantemente, conseguia flutuar pelos dois lados do campo com eficiência, mas sempre com dois em sua cola. Quando arrumava espaço, criava perigo, como no passe açucarado que deu para Hernane chutar rente à trave esquerda do goleiro Vinícius, aos 27 minutos.
O Fla poucas vezes conseguiu conciliar velocidade com a troca de passes. Melhorou quando Ibson e Elias se desprenderam um pouco da marcação e subiram juntos ao ataque. Foi assim que surgiu a melhor oportunidade do primeiro tempo. Aos 33, Ibson roubou a bola no meio, tabelou com Elias na área e bateu no cantinho para grande defesa de Vinícius. Quando não era dessa maneira, era na base da sorte. Cleber Santana fez o passe numa cobrança de falta, correu para a área e viu a bola ir em sua direção após desvio na barreira. Mas, ao tentar o arremate na saída do goleiro, a canela atrapalhou e jogou para fora.
Jorginho muda esquema, não o placar
Os rubro-negros presentes ao Engenhão vaiaram no intervalo. Jorginho tentou mudar só a postura e manteve a formação no segundo tempo. Mas mudou de ideia aos 14 minutos, depois de ver seus comandados só levarem perigo ao gol do Boavista num chute de longe de João Paulo. O técnico trocou Cleber Santana e Ibson por Nixon e Gabriel. E passou a equipe para o 4-2-3-1, seu esquema favorito. Já o desfalcado time de Bacaxá, mesmo com alterações, não abdicou da defesa e apostava suas fichas nas bombas de longe de Tony, que no primeiro tempo quase acertou um chute no ângulo de Felipe e era o mais avançado em campo.
As alterações de Jorginho melhoraram a movimentação, com Nixon e Gabriel ajudando Rafinha nas inversões. Não foi o suficiente para abrir a defesa adversária. Coube a Hernane conseguir algum espaço no meio dos zagueiros. E teve duas grandes chances em três minutos: na primeira, aos 26, cabeceou raspando o travessão após cruzamento de Léo Moura; na segunda, aos 29, quase na pequena área, concluiu mesmo desequilibrado, mas um desvio providencial tirou a bola da reta do gol. Adryan no lugar de um cansado Rafinha foi a última cartada de Jorginho para tentar fazer com que sua estreia fosse com vitória, mas o cenário terminou com a torcida - que várias vezes demonstrou impaciência - voltando a entoar vaias para a equipe.
Com dois na cola, Rafinha foi bem marcado e não teve chances (Foto: Wagner Meier/Agência Estado)
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