A CRÔNICA
por
Marcelo Prado
Se o primeiro jogo como visitante na Taça Libertadores da América era
importante para avaliar as perspectivas do Palmeiras no torneio, o
torcedor alviverde voltou a ter motivos para se preocupar. Perdido na
grande parte do tempo e muito nervoso, o time de Gilson Kleina mostrou
apenas dez minutos de bom futebol e não foi páreo para o Libertad, que
venceu com propriedade por 2 a 0, em Assunção, e assumiu a liderança do
Grupo 2 do torneio sul-americano. O resultado acabou com uma
invencibilidade de sete jogos da equipe do Palestra Itália na temporada.
Foi uma noite em que nada deu certo para o Verdão. A defesa marcou mal;
o meio-campo não conseguiu dar proteção e pouco criou; e o ataque levou
perigo em apenas duas jogadas. Escalados no segundo tempo, Valdivia e
Kleber pouco acrescentaram. O treinador Gilson Kleina tentou de tudo:
mexeu no esquema tático, botou o time no ataque, gritou o tempo todo do
banco de reservas. Mas nada funcionou.
Com a vitória, os paraguaios chegam a seis pontos, deixando o Verdão com os três da vitória conquistada sobre o Sporting Cristal na estreia, na terceira colocação. Os peruanos, que venceram o Tigre por 2 a 0 nesta quarta-feira, têm a mesma pontuação, mas um saldo de gols melhor (1 contra -1). Os argentinos ocupam a lanterna, zerados.
O Palmeiras folgará no fim de semana. O jogo contra o Paulista de Jundiaí, pelo Paulistão, foi adiado para o dia 14. Assim, o time poderá se preparar melhor para a partida contra o Tigre, quarta-feira, na Argentina. Pelo Paulistão, o próximo compromisso está marcado para o dia 10, contra o São Paulo, no Morumbi.
Libertad começa melhor
O técnico Gilson Kleina havia alertado sua equipe. Para bater o Libertad, o primeiro passo era suportar a pressão inicial dos paraguaios. Foi exatamente o que o Palmeiras não conseguiu fazer. Mesmo com cinco homens no meio-campo, e apenas um atacante, o Verdão foi sufocado pela equipe local nos primeiros 15 minutos.
O rápido atacante Nuñez, com suas arrancadas e dribles curtos pelo lado direito, fez o que quis com Marcelo Oliveira. Em uma das escapadas, aos 11, foi ao fundo e cruzou na medida para Velasquez, que se antecipou a Weldinho e, de cabeça, abriu o placar.
O Palmeiras continuou perdido após o gol sofrido. Lento e sem
criatividade, a equipe foi facilmente marcada. Atrás, o mapa da mina
continuava sendo o lado esquerdo da defesa. A todo instante, Kleina
gritava com Wesley, pedindo que ele ajudasse o perdido Marcelo Oliveira.
No meio-campo paraguaio, Samudio e Guiñazu ditavam o ritmo da equipe.
Mendieta, em chute de fora da área, assustou Fernando Prass em lance de
perigo. Aos 31, Velasquez marcou novamente, após cobrança de escanteio,
mas o juiz anulou corretamente, já que o atacante estava impedido.
Daí para frente, os donos da casa diminuíram o ritmo, trocando a velocidade pela valorização da bola. O Palmeiras, mesmo abaixo do que vinha mostrando nas últimas partidas, conseguiu finalmente trocar passes e chegar ao ataque. Aos 32, Vinícius fez boa jogada pela esquerda, invadiu a área e bateu com o pé direito. Muñoz defendeu. Quatro minutos depois, pela direita, Patrick Vieira acionou Weldinho, que bateu cruzado, com muito perigo. Já nos acréscimos, Souza fez belo passe para Wesley, que concluiu na saída do goleiro. A bola raspou em Muñoz e acertou a trave direita.
Kleina põe time no ataque, mas Libertad marca e garante vitória
Insatisfeito com o desempenho da equipe, Gilson Kleina fez duas alterações no intervalo. Sacou Maurício Ramos e Patrick Vieira e colocou Valdivia e Kleber, que vestia a camisa alviverde pela primeira vez. Vilson, que vinha atuando como volante, foi recuado para a zaga. Ao contrário do que havia acontecido na etapa inicial, a partida ficou muito mais movimentada.
Henrique, aos seis, reclamou de ter levado uma cotovelada no nariz. Precisou deixar o gramado para ser atendido. No lance seguinte, Nuñez e Wesley se desentenderam e trocaram empurrões. Novamente aos nove, o Verdão sofreu o segundo gol. De novo de cabeça. Enquanto Henrique trocava o curativo na lateral, Samudio desceu rapidamente pela esquerda e cruzou na medida para Benítez, que testou no canto direito de Prass: 2 a 0.
O Palmeiras se perdeu. Seus jogadores, extremamente nervosos, começaram a discutir em todo lance com o juiz venezuelano Juan Soto. Henrique e Weldinho foram advertidos por reclamação. Taticamente, as mudanças feitas não surtiram o efeito desejado. No lado paraguaio, o time tocava a bola com extrema tranquilidade, aproveitando a festa da pequena torcida nas arquibancadas.
Aos 19, Kleina partiu para o tudo ou nada e abriu sua equipe de vez, sacando Souza e colocando Maikon Leite. O time passou a atuar no 4-3-3. Além de pouco criar, deixou enormes espaços defensivos. O Libertad, com o contra-ataque à disposição, passou a desperdiçar chances seguidas para aumentar sua vantagem. Vargas, aos 28, ficou cara a cara com Prass, mas chutou por cima. No minuto seguinte, o goleiro palmeirense fez grande defesa em lance de Nuñez, o melhor em campo. Satisfeito com o resultado, os mandantes diminuíram o ritmo e só esperaram o tempo passar para festejar a segunda vitória. Impotentes, os alviverdes nada mais conseguiram fazer.
Com a vitória, os paraguaios chegam a seis pontos, deixando o Verdão com os três da vitória conquistada sobre o Sporting Cristal na estreia, na terceira colocação. Os peruanos, que venceram o Tigre por 2 a 0 nesta quarta-feira, têm a mesma pontuação, mas um saldo de gols melhor (1 contra -1). Os argentinos ocupam a lanterna, zerados.
O Palmeiras folgará no fim de semana. O jogo contra o Paulista de Jundiaí, pelo Paulistão, foi adiado para o dia 14. Assim, o time poderá se preparar melhor para a partida contra o Tigre, quarta-feira, na Argentina. Pelo Paulistão, o próximo compromisso está marcado para o dia 10, contra o São Paulo, no Morumbi.
Weldinho, em ação pelo Palmeiras contra o Libertad (Foto: AFP)
O técnico Gilson Kleina havia alertado sua equipe. Para bater o Libertad, o primeiro passo era suportar a pressão inicial dos paraguaios. Foi exatamente o que o Palmeiras não conseguiu fazer. Mesmo com cinco homens no meio-campo, e apenas um atacante, o Verdão foi sufocado pela equipe local nos primeiros 15 minutos.
O rápido atacante Nuñez, com suas arrancadas e dribles curtos pelo lado direito, fez o que quis com Marcelo Oliveira. Em uma das escapadas, aos 11, foi ao fundo e cruzou na medida para Velasquez, que se antecipou a Weldinho e, de cabeça, abriu o placar.
Torcida do Palmeiras no jogo contra o Libertad, emAssunção (Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)
Daí para frente, os donos da casa diminuíram o ritmo, trocando a velocidade pela valorização da bola. O Palmeiras, mesmo abaixo do que vinha mostrando nas últimas partidas, conseguiu finalmente trocar passes e chegar ao ataque. Aos 32, Vinícius fez boa jogada pela esquerda, invadiu a área e bateu com o pé direito. Muñoz defendeu. Quatro minutos depois, pela direita, Patrick Vieira acionou Weldinho, que bateu cruzado, com muito perigo. Já nos acréscimos, Souza fez belo passe para Wesley, que concluiu na saída do goleiro. A bola raspou em Muñoz e acertou a trave direita.
Souza, no jogo contra o Libertad, no estádio Nicolas Leoz (Foto: AP)
Insatisfeito com o desempenho da equipe, Gilson Kleina fez duas alterações no intervalo. Sacou Maurício Ramos e Patrick Vieira e colocou Valdivia e Kleber, que vestia a camisa alviverde pela primeira vez. Vilson, que vinha atuando como volante, foi recuado para a zaga. Ao contrário do que havia acontecido na etapa inicial, a partida ficou muito mais movimentada.
Henrique, aos seis, reclamou de ter levado uma cotovelada no nariz. Precisou deixar o gramado para ser atendido. No lance seguinte, Nuñez e Wesley se desentenderam e trocaram empurrões. Novamente aos nove, o Verdão sofreu o segundo gol. De novo de cabeça. Enquanto Henrique trocava o curativo na lateral, Samudio desceu rapidamente pela esquerda e cruzou na medida para Benítez, que testou no canto direito de Prass: 2 a 0.
O Palmeiras se perdeu. Seus jogadores, extremamente nervosos, começaram a discutir em todo lance com o juiz venezuelano Juan Soto. Henrique e Weldinho foram advertidos por reclamação. Taticamente, as mudanças feitas não surtiram o efeito desejado. No lado paraguaio, o time tocava a bola com extrema tranquilidade, aproveitando a festa da pequena torcida nas arquibancadas.
Aos 19, Kleina partiu para o tudo ou nada e abriu sua equipe de vez, sacando Souza e colocando Maikon Leite. O time passou a atuar no 4-3-3. Além de pouco criar, deixou enormes espaços defensivos. O Libertad, com o contra-ataque à disposição, passou a desperdiçar chances seguidas para aumentar sua vantagem. Vargas, aos 28, ficou cara a cara com Prass, mas chutou por cima. No minuto seguinte, o goleiro palmeirense fez grande defesa em lance de Nuñez, o melhor em campo. Satisfeito com o resultado, os mandantes diminuíram o ritmo e só esperaram o tempo passar para festejar a segunda vitória. Impotentes, os alviverdes nada mais conseguiram fazer.
Pedro Benitez comemora o segundo gol do Libertad contra o Palmeiras (Foto: Reuters)
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