Sem top 100 desde 1990, brasileiras esperam paciência com cobranças no retorno de torneio WTA ao país, e Teliana pede sequência para ter evolução
O tênis feminino no Brasil vive duas realidades diferentes. Sem uma
tenista no top 100 desde 1990, em 2013 o país volta a receber um torneio
da WTA, o circuito profissional feminino. Em 2014, há a possibilidade
de serem dois. Com o aumento do investimento, a cobrança por resultados
também deve crescer, mas as brasileiras preferem enxergar a situação por
outro lado. Em vez de se preocupar com a pressão, elas querem focar na
oportunidade que terão.
Entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março de 2013, Florianópolis receberá um torneio. Em 2014, o Rio de Janeiro poderá ter a competição que hoje acontece em Memphis, nos Estados Unidos, mas a WTA ainda precisa confirmar. Ex-número 1 do Brasil, medalhista de bronze nas duplas mistas no Pan de Guadalajara e 437ª do ranking da WTA, Ana Clara Duarte mostra empolgação, mas também pede paciência com as expectativas.
- Com certeza abre muitas portas para o tênis feminino. Mas a gente tem
que entender que tem que ser feito um investimento para que a gente
possa ser competitiva, porque hoje a nossa número 1 é 160 do mundo, e
você vê poucas 160 ganhando um WTA. Eu acho que a gente já vê um suporte
muito maior e eu acho que isso é o mais importante. Lógico que o
público quer ver brasileiro ali, mas a gente tem que entender que se o
WTA fosse hoje as chances não eram muito boas. A gente está falando em
outro nível. O público tem que ser um pouco paciente em relação a isso.
Está abrindo muitos portas para a gente estar podendo competir no nível
delas aqui dentro do Brasil. Isso é muito importante para a gente como
jogadora estar crescend e só o fato de estar voltando já é um grande
passo - disse a carioca de 23 anos.
Uma das promessas da nova geração, Carolina Meligeni, de 16 anos, também encara a situação de forma otimista.
- Eu acho que é um incentivo para a gente trabalhar e melhorar ainda mais. Para tentar fazer nosso melhor nisso, aproveitar da melhor maneira e ter uma brasileira boa jogando. Acho que não é pressão nenhuma, é um incentivo a mais para a gente que quer chegar no alto nível - afirmou Carol Meligeni.
Número 1 do Brasil, 164 do mundo e escolhida a melhor tenista brasileira de simples e duplas no Prêmio Tênis, Teliana Pereira
estipulou como meta para 2013 entrar no top 100. Para a pernambucana de
24 anos, porém, apenas uma competição importante não será o suficiente
para mudar o cenário do tênis feminino no Brasil.
- É um momento muito positivo. Mas o que eu sempre falo é que é muito legal eles fazerem um WTA, só que melhor ainda seria se eles conseguissem dar uma sequência ainda em 2013. Só com o WTA você ainda não vai conseguir ver o tênis feminino brasileiro dar aquele pulo. Com certeza vai ter pressão, mas tem que saber lidar com isso. Tem que encarar de uma maneira que quem está ali está torcendo e gosta de estar ali te vendo jogar - destacou Teliana.
Ex-número 1 do mundo e bicampeão do Aberto do Brasil, Gustavo Kuerten acredita que a competição na sua cidade natal acontece no momento certo para o tênis feminino brasileiro e trará um evolução para a modalidade no país.
- Quem mais se beneficia são as nossas jogadoras que vão aqui do lado já ter um parâmetro de experiência, de exemplo, de análise de treinamento, procedimento. Tudo isso que só se encontraria teoricamente na Europa. E trazendo um nível competitivo alto, acho que elas vão ter que correr atrás de alguma forma. Não serve para fazer uns pontinhos e se acomodar, mas sim o contrário, já enfrentar as que já estão no topo - alertou Guga.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/tenistas-ignoram-pressao-e-encaram-volta-de-wta-como-chance-de-crescer.html
Entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março de 2013, Florianópolis receberá um torneio. Em 2014, o Rio de Janeiro poderá ter a competição que hoje acontece em Memphis, nos Estados Unidos, mas a WTA ainda precisa confirmar. Ex-número 1 do Brasil, medalhista de bronze nas duplas mistas no Pan de Guadalajara e 437ª do ranking da WTA, Ana Clara Duarte mostra empolgação, mas também pede paciência com as expectativas.
Ana Clara Duarte acredita que competição abre portas para o tênis feminino (Foto: Celso Pupo / Fotoarena)
Uma das promessas da nova geração, Carolina Meligeni, de 16 anos, também encara a situação de forma otimista.
- Eu acho que é um incentivo para a gente trabalhar e melhorar ainda mais. Para tentar fazer nosso melhor nisso, aproveitar da melhor maneira e ter uma brasileira boa jogando. Acho que não é pressão nenhuma, é um incentivo a mais para a gente que quer chegar no alto nível - afirmou Carol Meligeni.
Teliana durante o Prêmio Tênis, onde foi eleita a
melhor do país (Foto: Celso Pupo / Fotoarena)
melhor do país (Foto: Celso Pupo / Fotoarena)
- É um momento muito positivo. Mas o que eu sempre falo é que é muito legal eles fazerem um WTA, só que melhor ainda seria se eles conseguissem dar uma sequência ainda em 2013. Só com o WTA você ainda não vai conseguir ver o tênis feminino brasileiro dar aquele pulo. Com certeza vai ter pressão, mas tem que saber lidar com isso. Tem que encarar de uma maneira que quem está ali está torcendo e gosta de estar ali te vendo jogar - destacou Teliana.
Ex-número 1 do mundo e bicampeão do Aberto do Brasil, Gustavo Kuerten acredita que a competição na sua cidade natal acontece no momento certo para o tênis feminino brasileiro e trará um evolução para a modalidade no país.
- Quem mais se beneficia são as nossas jogadoras que vão aqui do lado já ter um parâmetro de experiência, de exemplo, de análise de treinamento, procedimento. Tudo isso que só se encontraria teoricamente na Europa. E trazendo um nível competitivo alto, acho que elas vão ter que correr atrás de alguma forma. Não serve para fazer uns pontinhos e se acomodar, mas sim o contrário, já enfrentar as que já estão no topo - alertou Guga.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/tenistas-ignoram-pressao-e-encaram-volta-de-wta-como-chance-de-crescer.html
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