domingo, 29 de abril de 2012

Por final, dérbi do século revive era de protagonistas de Guarani e Ponte

Após eliminarem Palmeiras e Corinthians, dupla de Campinas faz semifinal neste domingo, às 18h30. Quem passar enfrenta São Paulo ou Santos

Por GLOBOESPORTE.COM Campinas, SP

Jogadores de Guarani e Ponte comemoram vaga (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Jogador
es de Guarani e Ponte comemoram vagana semi (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
 
A maior rivalidade do interior do futebol brasileiro volta à ativa neste fim de semana. Se muitos colocavam como certas as classificações de Palmeiras e Corinthians e a reedição do dérbi paulistano na semifinal do Campeonato Paulista, Guarani e Ponte Preta mostraram a todos que o domingo pode até ter clássico, mas será campineiro. Mais vivos do que nunca – após anos de decepções, más campanhas e rebaixamentos –, bugrinos e pontepretanos irão neste domingo ao Brinco de Ouro com o peito estufado de orgulho como há muito tempo não se via. Numa reedição moderna dos duelos de 1979 e 1981, os times confrontam suas diferenças, apostam em seus trunfos e disputam o “dérbi do século”, que vale uma vaga na decisão do Paulistão. A 
partida será no Estádio Brinco de Ouro, às 18h30.

É o segundo encontro das equipes na temporada. Na 15ª rodada do Estadual, a Macaca saiu na frente com o zagueiro Diego Sacoman, mas o Bugre buscou o 1 a 1 nos acréscimos, graças ao pênalti convertido por Fumagalli. Se naquela altura o placar igual acabou como positivo para os dois times, que se aproximaram da classificação à fase decisiva, neste fim de semana o empate é o resultado a ser evitado. Apesar da melhor campanha do Guarani, não há vantagem para nenhum dos times. Caso o tempo normal termine empatado, a decisão será nos pênaltis. O vencedor pega São Paulo e Santos.
Anfitrião neste domingo, o Guarani tenta aproveitar a única vantagem que a melhor campanha nas duas fases lhe deu: atuar no Brinco de Ouro. Em dez partidas como mandante no Paulistão, o time venceu nove jogos e perdeu somente para o Santos. Além disso, o Bugre conta com os números positivos de seus principais nomes. O técnico Oswaldo Alvarez, por exemplo, nunca perdeu um dérbi (quatro vitórias e quatro empates), assim como os meias Fumagalli (duas vitórias e dois empates) e Danilo Sacramento (quatro empates). Empolgado por eliminar o Palmeiras nas quartas, a equipe tenta também quebrar um jejum de quase dois anos sem bater o arquirrival.

Fumagalli e Renato Cajá são as armas de Guarani e Ponte nas bolas paradas (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Fumagalli e Cajá são as armas de Guarani e Ponte nas bolas paradas (Foto: Arte / Globoesporte.com)
 
O passado e o presente também são armas da Macaca para acreditar na classificação à final. As vitórias nos jogos decisivos dos anos 70 e 80 e o tabu favorável animam os comandados de Gilson Kleina, técnico que também não conhece o gosto de derrota em dérbi (duas vitórias e um empate). Orquestrado por Renato Cajá, outro cuja invencibilidade está mantida pelo menos até a bola rolar no Brinco, a Ponte conquistou nas quartas de final o resultado mais expressivo, ao eliminar o líder Corinthians em pleno Pacaembu.
Este será o 189º dérbi entre Guarani e Ponte, com ligeira vantagem do time alviverde: 65 vitórias bugrinas, 60 triunfos da Macaca e 62 empates – o resultado do primeiro clássico ainda é desconhecido. Flávio Rodrigues Guerra é o responsável pelo apito neste domingo, auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse e Marcio Luiz Augusto. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em tempo real, com vídeos. O SporTV transmite a partida ao vivo.

Jogadores perfilados para o hino nacional (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Jogadores perfilados antes do clássico da primeira fase (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
header as escalações 2 (Foto: arte esporte)
Guarani: com uma semana inteira de preparação para o dérbi, Oswaldo Alvarez escondeu ao máximo a sua única dúvida na equipe titular. Sem contar com o volante Willian Favoni, suspenso com três cartões amarelos, o técnico tem três opções para assumir a camisa 5. O favorito a ficar com a vaga é Éwerton Páscoa, zagueiro improvisado no meio nos minutos finais contra o Palmeiras. Rafael Araújo e Bruno Neves correm por fora. No ataque, Fabinho treinou normalmente e vai para o jogo. Assim, o Bugre atuará com: Emerson; Oziel, Domingos, Neto e Bruno Recife; Willian Favoni, Fábio Bahia, Danilo Sacramento e Fumagalli; Fabinho e Bruno Mendes.
Ponte Preta: mistério também tomou conta da preparação da Macaca, que teve o duelo com o São Paulo, pela Copa do Brasil, cancelado por conta da forte chuva. Sem jogar no meio de semana, a Ponte fez de tudo para esconder o time que disputará o dérbi. As novidades devem ser as voltas do zagueiro Diego Sacoman e do volante Xaves, nos lugares de Willian Magrão e Cicinho, suspensos. Assim, Gilson Kleina deve mandar a campo o seguinte time: Bruno Fuso; Guilherme, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Xaves, João Paulo Silva, Gerson, Renato Cajá e Caio; Roger.
header quem está fora (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Guarani: os volantes Wellington Monteiro (que operou o ligamento cruzado do joelho direito) e Willian Favoni (suspenso com três cartões amarelos) e o meia Fabrício (machucado).
Ponte Preta: o zagueiro Willian Magrão e o lateral direito Cicinho (suspensos por três cartões amarelos), além do zagueiro Wescley (que também machucou o joelho e ficará até seis meses fora dos gramados).
header fique de olho 2 (Foto: arte esporte)
Guarani: contratado para liderar a equipe no Paulistão, Fumagalli virou o homem das bolas paradas bugrinas. Dos nove gols marcados no torneio, seis foram de pênalti, um de falta e outro olímpico, contra o Palmeiras - o único gol de bola rolando foi no empate por 1 a 1 com o São Paulo, na 4ª rodada. Capitão desde a lesão de Wellington Monteiro, o meia foi decisivo nos principais jogos do Guarani neste Paulista e sonha em manter o retrospecto. Contra a Ponte, na primeira fase, saiu dos seus pés o empate. Ele é a grande arma do time para este domingo.
Ponte Preta: se Fumagalli é responsável pelas cobranças no Guarani, Renato Cajá é o dono da bola na Macaca. Artilheiro do time no Paulistão, com cinco gols, o camisa 10 é quem deixa os atacantes na cara do gol, o responsável por cadenciar o jogo e também esperança de chutes de longa distância. Com contrato perto do encerramento, ele pode fazer neste domingo uma de suas últimas partidas com a camisa alvinegra. Nada melhor do que deixar o Moisés Lucarelli após uma vitória sobre o arquirrival.
header o que eles disseram (Foto: arte esporte)
Vadão, técnico do Guarani: "O Gilson Kleina chegou no ano passado, subiu com a equipe no Brasileiro, reformulou o elenco para este ano, trouxe novos jogadores. Então, é a continuidade de um trabalho. A Ponte é uma equipe que vem de uma boa sequência, com o mesmo técnico e a filosofia de trabalho. A Ponte Preta é um conjunto. Tem desfalques importantes. Não sei o que Gilson Kleina vai fazer (para escalar o time), mas a Ponte é um todo. Enfrentaremos uma equipe padronizada e muito bem treinada pelo Gilson".
Gilson Kleina, técnico da Ponte Preta: "O dérbi vale muito. Aquele que passar vai para final. O nosso torcedor já é merecedor de ter alguma conquista expressiva. É o jogo da vida".
header números e curiosidades (Foto: arte esporte)
* Quem tem vantagem no clássico? Veja o confronto no Futpédia!
* O aproveitamento em cobranças de pênalti dos dois times é quase o oposto. Se o Guarani converteu todas as cobranças no ano (as seis com Fumagalli), a Ponte perdeu quatro das seis que teve a seu favor - sem contar a disputa de pênaltis contra o Atlético-GO, pela segunda fase da Copa do Brasil.
* A Ponte Preta tem vantagem sobre o Guarani nos últimos dez anos de dérbis disputados no Brinco de Ouro. A Macaca venceu três vezes, contra apenas do Guarani e mais quatro empates. O último triunfo do Bugre em casa foi no dia 26 de setembro de 2009: 2 a 1, com gols de Ricardo Xavier e Bruno Aguiar.
header último confronto v2 (Foto: arte esporte)
 Os dois times duelaram na primeira fase do Campeonato Paulista deste ano, pela 15ª rodada. Fabinho e Wescley foram expulsos ainda no primeiro tempo e os gols só saíram na etapa final. Diego Sacoman, após cobrança de falta de Renato Cajá, abriu o marcador com chute de canhota. Fumagalli, nos acréscimos e em cobrança de pênalti, deixou o dérbi empatado por 1 a 1. Com o resultados, os dois times praticamente sacramentaram a classificação às quartas de final da competição. O Bugre avançou em quarto e a Macaca, em oitavo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/futebol/campeonato-paulista/noticia/2012/04/por-final-derbi-do-seculo-revive-era-de-protagonistas-de-guarani-e-ponte.html

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