Mulheres de todas as idades encaram a dança como uma forma de exercício
As roupas curtas são para não agarrar no corpo. A maquiagem pesada é apenas por conta da equipe que filma o ensaio. Os pés descalços revelam: não é mais preciso salto alto para correr atrás do reconhecimento do pole dance como prática esportiva. Em uma academia na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a sensualidade fica em segundo plano. O mais importante é garantir que todas as alunas aprendam as manobras que misturam movimentos de dança e ginástica artística em um espetáculo lúdico.
A idade das praticantes do esporte varia dos 18 aos 46 anos, e a academia recebe desde aquelas que nunca vestiram sapatilhas até mulheres com vasta experiência em dança. Alessandra Amorim compõe o segundo grupo. Praticando pole dance há quatro anos, a fisioterapeuta é uma das mais experientes da turma, com 16 anos de balé profissional anotados no currículo.
- Eu nunca vou render a mesma coisa que uma menina de 16, por conta da minha idade. É óbvio que a maturidade te ajuda na expressão corporal, mas atrapalha na força e na flexibilidade. Mas por enquanto, não está atrapalhando em nada – brincou.
Garotas assistem demonstração (Foto: Divulgação)
- Eu tenho uma memória corporal diferente de quem começou agora, eu tenho a consciência corporal de quem treinou seis horas por dia. Isso ajuda numa postura bonita, numa ponta de pé bonita, num giro, agora, as acrobacias são treino mesmo – explicou a fisioterapeuta.
Já a mais nova do grupo é aquela que nunca tinha entrado em uma aula de dança antes. Bianca Santane foi a melhor brasileira do mundial de pole dance, que aconteceu em julho, no Rio de Janeiro.
- Eu vim para trabalhar como recepcionista, a professora estava viajando levando outra atleta para competir. Eu me interessei, comecei a praticar sozinha na sala e, quando ela voltou, eu já conseguia executar diversas acrobacias. Fui autodidata – revelou a instrutora.
A professora e dona da academia, Vanessa Costa, é quem incentiva as meninas a correr atrás dos seus objetivos como atletas.
- Hoje os brasileiros conseguem enxergar o pole dance de uma forma diferente. Nos últimos cinco anos, a distância entre as atletas do Brasil e da Europa diminuiu significativamente. Hoje estamos entre as sete melhores do mundo. E podemos melhorar – garantiu a professora.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2011/12/ee-de-bolsa-esporte-toma-frente-da-seducao-em-academia-de-pole-dance.html
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