segunda-feira, 22 de setembro de 2014

“Foi definida nos detalhes”, afirma Gilson Kleina sobre derrota no Ba-Vi

Bahia sai na frente do Vitória na Fonte Nova, mas sofre a virada e volta para o Z-4. Ao fim do confronto, Gilson Kleina reconhece que o Rubro-Negro foi mais competente


Por Salvador


Uma derrota “definida nos detalhes”. Essa foi a avaliação do técnico Gilson Kleina após o Ba-Vi disputado na tarde deste domingo, na Arena Fonte Nova, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bahia até saiu na frente logo no início do jogo, com Kieza, mas cedeu o empate, em gol marcado por Kadu, e logo depois a virada, através de Luiz Gustavo. E o placar ficou assim: 2 a 1 para o Vitória (confira os melhores momentos no vídeo acima).


O primeiro gol marcado pelo Rubro-Negro saiu de uma bola parada. No lance, Kieza estava fora do campo recebendo atendimento médico. Kleina lamentou o ocorrido e lembrou que o atacante é importante nesse tipo de jogada.

- Foi um clássico definido nos detalhes, como os clássicos costumam ser. Começamos bem, saímos na frente. No gol que tomamos, o Kieza estava fora, com um problema no tornozelo. Eles empataram no momento certo. A minha leitura do jogo e do Ney [Franco, técnico do Vitória] foram iguais. No segundo tempo, nós viemos com a proposta de abrir mais o campo. Só que eles encaixaram um arremate de longa distância. Eles foram mais competentes, marcaram melhor, e nós vivemos mais de bola parada - afirma o treinador.

A derrota no clássico fez o Bahia despencar duas casas e voltar para a zona do rebaixamento. O Tricolor, agora na 18ª posição, tem 23 pontos. Na próxima rodada, o time de Gilson Kleina enfrenta o Sport, às 21h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova.


Confira outros trechos da entrevista coletiva de Kleina.

queda de rendimento após o 2º gol do vitória

- Não teve queda de rendimento. Quando você está na frente, é mais fácil defender e sair no contra-ataque. Nós não conseguimos reagir. Tentei trazer velocidade no segundo tempo, com o Maxi para dentro, e para ter a passagem do Railan. No lance do gol, não diminuímos o espaço. Foi esse segundo gol que fez com que tivéssemos que mudar o jeito de jogar. Se conseguíssemos administrar o tempo, acho que nosso time sairia vitorioso. Não conseguimos repetir o que fizemos nos outros jogos: fazer as penetrações, principalmente do meio para o ataque.
escalação de marcos aurélio

- Nós temos que colocar jogadores experientes e dar ritmo no jogo. É o que pensamos. Marcos Aurélio tem uma bola parada, que ele treina muito bem. Não posso culpar um só jogador pelo resultado. Ele precisa evoluir. Estamos dando confiança para ele, assim como para o Emanuel e o Branquinho. Ele está tendo dificuldade, mas vai ter que pegar o ritmo jogando. A responsabilidade é minha. Está todo mundo chateado, mas optei por um jogador experiente.

substituição de léo gago

- Eu coloquei dois jogadores com saída boa: Uelliton e Rafael Miranda. Opção de tirar o Léo [Gago] foi pelas circunstâncias do jogo. Achei que o Marcinho estava caindo muito por ali. Colocamos um jogador de velocidade e inteligência. Nós tomamos o gol e as coisas mudaram.



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Feliz, Ney minimiza tabus e revela tática espelhada para vencer o Ba-Vi Após vencer seu primeiro Ba-Vi, treinador do Vitória diz que marcas pessoais d

Após vencer seu primeiro Ba-Vi, treinador do Vitória diz que marcas pessoais devem ficar de lado em favor de tirar o Rubro-Negro baiano da zona de rebaixamento


Por Salvador



O primeiro triunfo em clássicos a gente nunca esquece. Ney Franco certamente não esquecerá o Ba-Vi deste domingo, 21 de setembro de 2014: de virada, o Vitória, sob seu comando, bateu o Bahia por 2 a 1(assista aos gols no vídeo ao lado). No entanto, bem ao seu estilo, o treinador preferiu deixar de lado qualquer comemoração pessoal, após conseguir vencer o seu primeiro no clássico baiano depois de seis jogos.

- Estamos num momento onde pouco importa a marca pessoal. Fico mais aliviado é de começar a próxima rodada sem estar na zona do rebaixamento e sem a lanterna. O Vitória está acima de qualquer marca pessoal. E a gente que trabalha no futebol sabe que isso muda muito a todo momento. Neste domingo, conseguimos isso, mas claro que, quando você entra para um clássico, você quer ganhar. Desta vez fomos felizes – disse.

O treinador se mostrou feliz pela atuação da equipe rubro-negra e pelo resultado. Para ele, o importante agora é o Vitória manter a sequência de resultados e não deixar escapar pontos com o seu mando de campo.

- Tenho falado que, nessa reta final, a gente vai ter que, além de jogar, ter controle emocional. E vimos neste domingo uma equipe muito madura. Na minha avaliação, fomos merecedores do resultado. Quando você volta do vestiário, pós-jogo, vitorioso e merecedor do resultado, a gente sai feliz. Esperamos emplacar uma sequência. Nossa proposta é não perder pontos em jogos do nosso mando. Vencemos três jogos em casa nesse turno, e tomara que continue nessa linha – disse.

Na visão de Ney, o Rubro-Negro foi superior na partida. O treinador ainda explicou a escalação da equipe, com a entrada de Roger Carvalho no time para a passagem de Luiz Gustavo para o meio, além da entrada de Vinícius no ataque. Ney disse que se baseou na forma do jogar do Bahia, espelhando a sua equipe em cima do time de Kleina.

- A definição da escalação teve relação direta com a forma que o Bahia joga. Eles vinham jogando bem nos últimos jogos com o meio de campo povoado. Com o Léo Gago e o Rafael Miranda saindo bem, e sempre com um meia, que dessa vez foi o Marcos Aurélio, jogador que nos preocupava, além do Uelliton, protegendo lá atrás. Montei minha equipe da mesma forma que o Bahia joga para neutralizar o lado direito. Além disso, a gente tinha a preocupação de fechar o lado esquerdo com o Pará, que, no último jogo contra nós, fez o gol que empatou no finalzinho. Fizemos bem o encaixe fomos felizes. O primeiro tempo foi equilibrado, mas, no segundo, fomos superiores. Se analisarmos friamente o jogo, tivemos mais controle e oportunidades. Friamente, nosso time foi superior. Além de termos ganhado, os números mostram isso. Saímos felizes, porque o que gente pensou deu certo. Todos jogaram bem, e que entrou entrou bem – disse.



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