sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Lava Jato agora cobra da Odebrecht lista de doações ilegais desde FHC



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/lava-jato-agora-cobra-da-odebrecht-lista-de-doacoes-ilegais-desde-fhc






Jornal GGN - A Odebrecht será obrigada a entregar aos procuradores de Curitiba uma lista com todas as doações eleitorais, inclusive via caixa dois, feitas desde 2000 pela empresa a partidos e políticos. Isso significa que quatro eleições presidenciais e de governadores e cinco disputas municipais, desde FHC, entrarão na mira da Lava Jato.
Segundo reportagem do Estadão, a condição foi imposta à Odebrecht no acordo de leniência que a empresa pretende fechar com anuência da Vara Federal comandada por Sergio Moro. O documento foi protocolado nesta sexta-feira (20).
O inciso XIV, da cláusula 6ª, estipula as obrigações da Odebrecht no acordo fechado com o Ministério Público Federal. O termo de leniência estipula que “no prazo de 60 dias a contar da assinatura” da leniência, seja entregue “uma lista consolidada de cada uma das doações eleitorais feitas pelo Grupo Odebrecht nos últimos 16 anos, com a indicação mínima de valor, data, beneficiário e autorizados do pagamento, devendo indicar eventual indisponibilidade desses dados”.
O grupo tem que entregar também “uma lista consolidada com beneficiários de pagamentos de vantagens indevidas que tenham atualmente prerrogativa de foro por função". Na lista, estão nomes do PT, do PMDB e do PSDB, como o de ministros do governo do presidente, Michel Temer, governadores, prefeitos, senadores e deputados, destacou o jornal.
Com os dados dados sobre irregularidades nas campanhas, a Lava Jato poderá preparar ações cíveis para acionar os partidos pelo prejuízo causado à Petrobras.
Além disso, os dados podem impactar no julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, que corre no Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico na campanha de 2014.
Odebrecht terá de apresentar à força-tarefa relatórios detalhados dos ilícitos, com nomes das pessoas e empresas envolvidas, “inclusive agentes políticos, funcionários públicos, sócios, diretores e funcionários de outras empresas”, descrevendo seus papeis do atos.
A Lava Jato aponta desvio de mais de R$ 40 bilhões na Petrobras, entre 2004 e 2014, por empreiteiras que, na visão dos procuradores, beneficiavam em especial do PT, PMDB e PP.
GGN mostrou, em setembro de 2016, que o empresário Eike Batista tentou colaborar entregando uma lista recheada de nomes de vários partidos, inclusive do PSDB, que teriam recebido doações oficiais e "particulares" - sugerindo caixa 2 - à Lava Jato, mas os procuradores devolveram o documento sem fazer perguntas. Leia mais aqui.


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