terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Reportagem confirma apoio secreto da Lava Jato aos Estados Unidos



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/reportagem-confirma-apoio-secreto-da-lava-jato-aos-estados-unidos






Jornal GGN - A assessoria do ex-presidente Lula identificou numa reportagem do Estadão a confissão de que a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba atua de maneira irregular em apoio aos Estados Unidos.
Segundo reportagem publicada no blog do Fausto Macedo no dia 6 de dezembro, pelo menos oito delatores da Lava Jato não negaram que foram procurados e já estão em tratativas para colaborar com investigações nos Estados Unidos, na esteira do que foi apurado, no Brasil, em relação à Petrobras.
O objeto dos Estados Unidos, de acordo com o jornal, é identificar empresas ou pessoas físicas que tenham participado dos pagamentos de propina do esquema na Petrobras em seu território.
O elo suspeito entre a Lava Jato e autoridades dos EUA foi levantado pela defesa de Lula durante audiências do caso triplex, com Sergio Moro. O juiz vem atendendo aos apelos do Ministério Público Federal para que os delatores não sejam obrigados a revelar detalhes dessas tratativas com agentes estrangeiros.
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Para os advogdos de Lula, a força-tarefa comete irregularidades ao cooperar com os EUA sem transparência. Ou seja, sem atender aos tratados de cooperação que obrigam o Estado brasileiro, via Ministério da Justiça e Procuradoria Geral da República, a participar das trocas de informações.
No dia 9 de dezembro, o GGN revelou que a secretaria responsável por cuidar de acordos de cooperação admitiu que não participa das negociações com os EUA e disse que essa é uma questão que deve ser cobrada exclusivamente da "força-tarefa de Curitiba". Ou seja: os procuradores atuam à revelia até mesmo do comando do MPF.
Ao GGN, o advogado Cristiano Zanin levantou a suspeita de que a Lava Jato também tem aceitado ajuda de autoridades estrangeiras, em solo brasileiro, para concluir procedimentos contra o ex-presidente Lula. Ele questionou, por exemplo, que tipo de tecnologia foi usada para gravar as conversas de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff. 
A reportagem do Estadão apontou que além dos EUA, a Lava Jato auxilia investigações na Itália, Suíça e Peru.
No caso dos EUA, as conversas foram feitas diretamente com cada delator, sem passar pelo Estado brasileiro, com base em um "acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, de cooperação, que permite que o Departamento de Justiça norte-americano busque individualmente os investigados, que podem evitar serem alvo de processo naquele país."
"Em troca da colaboração com investigadores do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os delatores garantem o benefício de não serem processados pelos crimes cometidos no país. A Lei Anticorrupção dos Estados Unidos estipula que a Justiça norte-americana pode responsabilizar e punir executivos de empresas estrangeiras envolvidas em fraudes, praticadas em seu território."
O Estado ainda informou que os delatores não foram questionados sobre Lula.
Abaixo, a lista de delatores:
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento
Nestor Cerveró, ex-diretor de Internacional
Eduardo Musa, ex-gerente de Internacional e ex-Sete Brasil
Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia
Augusto Mendonça, dono do Grupo Setal
Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa
Alberto Youssef, doleiro
Julio Camargo, lobista

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