OLIMPÍADAS RIO 2016
Laura Ludwig e Kira Walkenhorst fazem seu melhor jogo na competição, vencem
por 2 a 0, 21/18 e 21/14, e são as campeãs olímpicas do vôlei de praia no feminino
A força da Alemanha falou mais alto, e o
Brasil ficou com a prata olímpica (Foto:
Adrees Latif/REUTERS)
O vôlei de praia entrou no programa olímpico em Atlanta, nos
Estados Unidos e, logo na primeira edição, o Brasil se tornou potência quando
Jackie Silva e Sandra Pires ficaram com o ouro ao bater na final Mônica
Rodrigues e Adriana Samuel, que levaram a prata, no dia 27 de julho de 1996.
Foi a primeira e única medalha dourada das mulheres na história do país na
Olimpíada. Um momento histórico não só para o vôlei de praia, mas para o
esporte feminino brasileiro. Desde então, nesse naipe, as brasileiras sempre
foram bem, mas bateram na trave, assim como o que acabou acontecendo no Rio de
Janeiro, em 2016.
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Ágatha e Bárbara Seixas caem diante
das alemãs (Foto: Reuters)
Em Sydney 2000, Adriana Behar/Shelda perdeu de Nathalie
Cook/Kerri Pottharst, donas da casa. De Atenas 2004 a Londres 2012, houve a era
Walsh/May. Foram três ouros para os Estados Unidos em sequência. Walsh não
sabia o que era perder na Olimpíada até os Jogos do Rio. Das terras
brasileiras, sai com o bronze ao lado de Ross ao bater Larissa/Talita na
disputa de terceiro lugar. Resta ao Brasil torcer por Alison e Bruno Schmidt,
que fazem a final masculina nesta quinta-feira, às 23h59, contra Nicolai e
Lupo, da Itália.
O JOGO
Ágatha e Bárbara tentaram de todo jeito,
mas não foi possível bater as alemãs
(Foto: Adrees Latif/REUTERS)
Laura fez o nono ponto na deixadinha, e o Brasil empatou com
a carioca de largadinha. O jogo seguiu disputado, mas a Alemanha abriu dois
pontos. A paranaense empatou. Num erro de levantamento de Walkenhorst, as
rivais viraram. Faltou força para Ágatha, e as alemãs se aproveitaram: 15 a 13.
Bloqueando muito, Kira ampliou. Babi falhou na largadinha, mas Laura fez o
mesmo. O Brasil reagiu, e as alemãs acusaram um erro próprio em um ato de fair
play. Mas a Alemanha foi quem teve o primeiro set point, só que Kira mandou o
serviço fora. Laura fechou em 21 a 18 num toquinho na rede sem dar chance às
brasileiras.
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+ O DNA Time Brasil
Ágatha tenta bloquear Laura em Copacabana
(Foto: Adrees Latif/REUTERS)
A
Alemanha começou arrasadora na segunda parcial e chegou a
abrir 6 a 1. A derrota no primeiro set, que foi disputado, abalou as
estruturas de Ágatha e Bárbara Seixas. O
público acreditou e empurrou. Elas reagiram e conseguiram chegar perto,
mas o
time adversário estava mesmo em um grande dia e, logo, retomou seu
domínio. Laura e Kira se revezavam entre bloqueios, defesas e ataques
espetaculares. As brasileiras
tentavam, só que estava difícil de se conectar como aconteceu nos outros
jogos do torneio e,
principalmente, como aconteceu na semifinal contra Walsh e Ross. Dessa
forma, o time europeu fechou a parcial em 21/14 e o confronto em 2 a 0,
garantindo sua medalha de ouro.
Quanto às
estatísticas, Laura marcou 12 pontos, sendo dois aces e 10 ataques, mas
fez ainda sete defesas. Kira, por sua vez, brilhou no bloqueio. Ela
marcou 21 vezes, sendo sete nesse fundamento, um no serviço e 13 em
ataques. As brasileiras cederam nove pontos em erros. Ágatha marcou 13
pontos, sendo um de bloqueio, e fez cinco defesas. Babi terminou o duelo
com 26, e um deles foi no bloqueio. A Alemanha falhou poucas vezes,
apenas seis.
Ágatha abraça Bárbara no pódio do vôlei de
praia feminino (Foto: Tony Gentile/REUTERS)
Depois do jogo, Bárbara disse que o resultado foi justo e falou do orgulho de ocupar um lugar no pódio.
-
Esse meu desabafo é porque a gente jogou menos hoje. Elas aproveitaram
melhor o vento e elas mereceram a vitória. Por outro lado, estou muito
feliz e orgulhosa por nossa trajetória e por tudo que a gente fez.
Sensação de dever cumprido. Sou muito agradecida a tudo que a gente
viveu e construiu.
a trajetória de ágatha e bárbara no rio
Vitória sobre Walsh ficará para sempre na
memória das brasileiras (Foto: Reuters)
Na primeira fase do mata-mata, vitória fácil sobre Wang e
Yue, da China, por 2 a 0 (12/21 e 21/16). Nas quartas, jogão contra Ukolova e
Birlova, da Rússia: 2 a 0 (23/21 e 21/16). Na semi, a inesquecível vitória
sobre a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, por 2 a 0
(20/22 e 18/21), em uma verdadeira aula de energia, de determinação, de técnica
e de voleibol. Na decisão, não repetiram a atuação do jogo anterior e perderam
para Ludwig/Walkenhorst. Dessa forma, conquistaram a medalha de prata.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/volei-de-praia/noticia/2016/08/agatha-e-barbara-nao-resiste-forca-da-alemanha-e-fica-com-prata-no-rio.html
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