Na Turquia, técnico deixou oposta da seleção na reserva e preferiu escalar Slöetjs, sua pupila na seleção holandesa. Neste sábado, seleções duelam pelo Grand Prix
Sheilla
abre um sorriso sem graça e tenta fugir do assunto.
Rumo à Olimpíada, não quer criar polêmicas ao pensar no passado. Admite,
porém,
que não teve a temporada que esperava na preparação para os Jogos. No
Vakifbank, da Turquia, precisou se adaptar à reserva. Técnico do time, o
italiano Giovanni Guidetti preferiu dar a vaga de titular a Lonekke
Slöetjs,
sua pupila também na seleção holandesa. A decisão gerou teorias de que a
escolha já teria sido feita com o pensamento nos Jogos do Rio. Sheilla
tenta não pensar muito nisso. Neste sábado, as duas opostas se enfrentam
pela primeira vez. Brasil e Holanda fazem a semi do Grand Prix, às 5h
(horário
de Brasília), com transmissão do SporTV. Na outra chave, EUA e Rússia
brigam
pela segunda vaga na final.
Zé vê fatores positivos ao enfrentar a Holanda. Possível
rival em um cruzamento na Olimpíada, a equipe europeia foi elogiada pelo
técnico.
- É um jogo difícil. A Holanda é um time que tem crescido. Conta com uma oposta (Slöetjes) de força, bem interessante, tanto no bloqueio quanto no ataque. É ela quem resolve os problemas nas bolas altas e nos momentos críticos do time. E é um time que vai jogar solto, tranquilo. É lógico que é um grande perigo. A responsabilidade é nossa. E quando jogamos com a responsabilidade, a pressão é maior, a questão de não poder errar. A gente, na realidade, não está visando aqui. O Grand Prix é uma trajetória da Olimpíada. Não adianta ficar segurando. Foi um treino pesado. Tem de ser dessa maneira. Queremos chegar bem nos Jogos Olímpicos. Não é o momento de segurar. É momento de criar lastro, de corrigir os erros. E, para isso, repetir, corrigir as jogadas. Tem que conversar, ajustar os movimentos. Depois, na Olimpíada, seguramos. Já não vai ter muita coisa para fazer.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2016/07/preterida-por-rival-no-clube-sheilla-ignora-teorias-e-tenta-guiar-brasil-final.html
Ao chegar à seleção ainda longe de sua forma ideal, Sheilla
precisou ter paciência para evoluir. Cresceu com o time e teve sua melhor
partida justamente antes da semifinal contra as holandesas. Diante da Rússia, a
oposta foi a principal referência da equipe e fundamental para a vitória por 3 sets
a 0. O passado, ela diz, já não importa.
Sheilla fez sua melhor partida no ciclo contra
a Rússia (Foto: Divulgação/FIVB)
- Isso (a decisão do técnico de escalar a holandesa no
Vakifbank) não é comigo. Ele tinha motivos, claro. Nem gosto de tocar no
assunto. Prefiro nem tocar. Muitas coisas que acontecem e ficam nos bastidores.
Eu gosto dela – afirmou.
A brasileira reconhece as qualidades da companheira de clube e prevê muito trabalho para a defesa neste sábado:
- A oposta é uma atacante de força, posso dizer. As
holandesas são muito na força física. Elas estão chegando no nível das seis
seleções que vão disputar o título. Temos de estar preparadas para o jogo. Vai
ser um jogo difícil. A Lonne (Lonnecke Slöetjes) pega a bola muito alto, está
aprendendo a confiar mais nela. Que é uma coisa que ela não estava fazendo.
Temos de ter uma defesa boa – completou.
A seleção tem larga vantagem contra as holandesas no histórico do
confronto pelo Grand Prix. Em 11 jogos, o Brasil venceu dez. O único triunfo das rivais foi em 2007
Slöetjes justifica a escolha com seus números pela seleção.
A oposta é a principal jogadora de seu país. Na fase final do Grand Prix,
lidera as estatísticas de pontuação: são 46 pontos no total, sendo 38 de
ataque, seis de bloqueio e dois de saque. Contra o Brasil, ela é a principal
aposta na briga por um lugar na final.
Na Turquia, a falta de ritmo de jogo era compensada pelos
treinos. Em um elenco recheado de boas jogadoras, Sheilla conseguia manter o
nível mesmo sem jogar. Agora, ao evoluir na seleção, espera estar pronta para
atingir sua melhor forma na Olimpíada.
- Talvez tenha sido (seu melhor jogo contra a Rússia). Não
sei nem falar em números se foi ou se não foi, não acompanho muito. Mas a
seleção inteira está jogando mais solta. É natural essa evolução, ir se
soltando. E eu estou ganhando mais ritmo, com certeza. Ainda preciso evoluir em
tudo. Potência de ataque, que é uma coisa que o Zé fica tocando na tecla. Comigo
e com todo mundo. Preciso realmente soltar o braço em todas as bolas. Acho que,
individualmente, preciso melhorar em tudo.
Ataque, defesa, tudo. Estamos
melhorando nosso sistema defensivo. O Brasil sempre cresceu em cima disso.
Quanto mais a equipe melhorar nisso, o Brasil cresce - afirmou.
+ Fora
dos holofotes, Jaque se adapta a novo papel, mas tenta voltar a brilhar
+ Vitória anima, postura agrada, mas Zé Roberto quer mais: "É daí para cima"
+ Perfeito, Brasil se agiganta, embolsa a Rússia e vai à semifinal do Grand Prix
+ Vitória anima, postura agrada, mas Zé Roberto quer mais: "É daí para cima"
+ Perfeito, Brasil se agiganta, embolsa a Rússia e vai à semifinal do Grand Prix
- Eu deixei de jogar alguns jogos. E, lá, meu treino era de
um nível muito alto. Eram todas jogadoras muito fortes, que fazem parte das
melhores seleções do mundo. Eu não deixei de estar em alto nível em hora
nenhuma. O negócio é realmente ganhar ritmo de jogo, sentir o momento que
devemos apertar o adversário, segurar. O Zé está nos matando fisicamente para
que, na Olimpíada, possamos soltar tudo - completou.
Lonnecke Slöetjes desbancou Sheilla na Turquia
(Foto: Divulgação/FIVB)
TREINO PUXADO
No dia sem jogos da seleção, o técnico José Roberto
Guimarães não poupou as jogadoras. Após folga pela manhã, fez um treino puxado
à tarde. Previsto para durar 1h30, passou das duas horas, seguido por trabalho
na musculação. Mesmo com a boa vitória sobre a Rússia, o treinador cobrou
acertos do time talvez de forma ainda mais incisiva. A única baixa foi Dani
Lins, que sentiu um desconforto muscular nas costas, mas não deverá desfalcar a
equipe.
- É um jogo difícil. A Holanda é um time que tem crescido. Conta com uma oposta (Slöetjes) de força, bem interessante, tanto no bloqueio quanto no ataque. É ela quem resolve os problemas nas bolas altas e nos momentos críticos do time. E é um time que vai jogar solto, tranquilo. É lógico que é um grande perigo. A responsabilidade é nossa. E quando jogamos com a responsabilidade, a pressão é maior, a questão de não poder errar. A gente, na realidade, não está visando aqui. O Grand Prix é uma trajetória da Olimpíada. Não adianta ficar segurando. Foi um treino pesado. Tem de ser dessa maneira. Queremos chegar bem nos Jogos Olímpicos. Não é o momento de segurar. É momento de criar lastro, de corrigir os erros. E, para isso, repetir, corrigir as jogadas. Tem que conversar, ajustar os movimentos. Depois, na Olimpíada, seguramos. Já não vai ter muita coisa para fazer.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2016/07/preterida-por-rival-no-clube-sheilla-ignora-teorias-e-tenta-guiar-brasil-final.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário