Número 2 do mundo bate algoz de Federer em sets diretos na primeira final de Grand Slam em que é favorito. Britânico está 100% desde retomada de parceria com Lendl
Quis o destino que Andy Murray voltasse a ganhar um Grand Slam apenas quando tivesse a companhia de Ivan Lendl novamente. Bastou um mês da retomada da parceria com o ex-número 1 do mundo para o britânico conquistar Wimbledon pela segunda vez na carreira. O vice-líder do ranking entrou em quadra como pleno favorito na decisão deste domingo contra o canadense Milos Raonic (7º) e conseguiu segurar o saque potente do adversário. Três temporadas após quebrar um jejum de 77 anos da Grã-Bretanha no All England Club (à época treinado por Lendl), o tenista da casa venceu por 3 sets a 0, nas parciais de 6/4, 7/6(3) e 7/6(2), e voltou a levantar a taça do tradicional torneio. Depois do ponto da vitória, Murray até tentou enxugar as lágrimas de felicidade, mas por diversas vezes não conseguiu conter a emoção.
Murray é bicampeão de Wimbledon três anos
após quebrar longo jejum britânico
(Foto: Getty Images)
- A vitória é extra especial por causa das duras derrotas, então estou muito orgulhoso de botar minhas mãos neste troféu de novo. Eu joguei bem hoje, mas Milos tinha tido boas semanas na grama e vitórias inacreditáveis. A partida dele contra Roger Federer foi um grande jogo, ele é um dos que dão duro por aí - comentou o tenista britânico.
Essa foi a 11ª final de Murray em Grand Slams, mas a primeira em que poderia ser considerado o grande favorito ao caneco. Em todas as anteriores, ele enfrentou ou o suíço Roger Federer ou o sérvio Novak Djokovic. O título do britânico neste domingo se junta às conquistas do US Open em 2012 e de Wimbledon em 2013, todas elas sob a batuta de Lendl. Ele foi treinado pela francesa Amélie Mauresmo, também ex-número 1 do mundo, entre junho de 2014 e maio de 2016, período no qual ganhou os dois primeiros títulos no saibro (ATP 250 de Munique e o Masters 1000 de Madri, ambos em 2015).
Murray se emociona com o segundo título de
Wimbledon (Foto: EFE)
Raonic alcançou a primeira decisão de Grand Slam da carreira ao eliminar Federer na semifinal. Derrotado, o canadense perdeu a chance de subir ao posto de número 5 do mundo. Ele manterá a sétima colocação na atualização do ranking na próxima segunda-feira, assim como Murray seguirá na vice-liderança, atrás apenas de Djokovic.
- É um desafio difícil (ganhar o título). Andy vem jogando bem e merece vencer aqui pela segunda vez. Essa vai doer, então vou me assegurar de que, enquanto essas quadras continuarem verdes, estarei de volta para uma outra oportunidade - declarou Raonic.
o jogo
Murray abafou saque de Raonic com boas devoluções (Foto: Getty Images)
Apesar de agredir cada vez mais o segundo serviço do oponente, Murray não soube aproveitar as chances de quebra que teve no segundo set. Foram três no total, uma no sétimo game e duas no nono, e o britânico só definiu a situação no tie-break. E como definiu. Após Raonic perder dois pontos de serviço, Murray abriu 6 a 1 e aguardou a próxima vez de sacar para fechar o game de desempate.
Na pausa para o terceiro set, Raonic se dirigiu ao vestiário para tentar esfriar o número 2 do mundo.
Demorou um pouco, mas ele assustou o rival. No quinto game, o canadense montou na devolução de segundo serviço e chegou a ter dois break points consecutivos, mas Murray conseguiu salvá-los. Com ambos os tenistas sacando bem, um novo tie-break foi necessário. E, depois de fazer 5 a 0 e 6 a 1, mais uma vez o britânico levou a melhor. Com cinco match points a defender, Raonic chegou a salvar um antes de Murray sacramentar o bicampeonato de Wimbledon forçando a bola do adversário na rede.
Raonic cumprimenta Murray após ser derrotado
em sua primeira decisão de Grand Slam
(Foto: Getty Images)
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