terça-feira, 17 de maio de 2016

Vilaça tem o sonho do Temer nas mãos





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Temer merece ser saudado por um especialista em mesóclise!

publicado 17/05/2016
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O fazedor de imortais, na posse, Vilaça de terno claro. E Adelita
A única ligação do Mendoncinha – o Ministro que foi recebido sob vaias - com a Educação e a Cultura é o sogro.

Trata-se de Marcos Vilaça, ex-ministro do Tribunal de Contas da União e ocupante da cadeira #26 da Academia Brasileira de Letras.

Na cerimônia de “posse”, enquanto liam o nome dos ministros capturados pela Lava Jato, Michel Temer se deslocou para a plateia e fez questão de cumprimentar, com entusiasmo, um senhor de terno claro, amarelo-pimenta, que contrastava com a pseudo-formalidade daquele conjunto brega de ternos escuros.

O personagem tentou se levantar, mas Temer o empurrou para baixo, pelo ombro, para que não tivesse trabalho.

E trocaram saudações calorosas.

Era o Vilaça!

Vilaça é um king maker.

É um fazedor de imortais.

Foi ele quem levou para a Academia o Sarney, o Marco Maciel – pernambucano como ele e o Mendoncinha - e o FHC Brasif!

Ataulpho Merval e o Zuenir Ventura - o mestre em mesóclise – certamente devem parte da sua imortalidade ao Vilaça.

Ninguém entra ali se o Vilaça não quiser. 

Como se sabe, além de informante do cônsul americano, Temer tem outra singularidade: é um poetastro:

Embarque 
Embarquei na tua nau
Sem rumo. Eu e tu.
Tu, porque não sabias
Para onde querias ir.
Eu, porque já tomei muitos rumos
Sem chegar a lugar nenhum.

A obra-prima faz parte do livro “Anônima Intimidade”, que exibe prefácio do Big-Ben de Propriá, outro poetastro.

Vilaça levará Temer à Academia das Letras com o precedente de outros ilustres governantes brasileiros; FHC Brasif, Sarney (patrono da carreira de Vilaça) e o general golpista de 1964 Lyra Tavares, que ocupou a cadeira #20.

O general usava o pseudônimo “Adelita”, quando cometia suas agressões à Lira!

É o ambiente propício à chegada do Temer.

Conversa Afiada sugere que o novo imortal seja saudado pelo Zuenir Ventura.

Como dizia o Claudio Bueno Rocha, notável jornalista e contemporâneo do Zuenir, quando os dois trabalhavam na Tribuna da Imprensa do Carlos Lacerda, o Zuenir só entende, mesmo, de uma coisa: do emprego da mesóclise!

Porque, como diz o Mino, Zuenir não é jornalista, romancista, professor, cronista nem imortal!

O Temer merece um Zuenir!


Paulo Henrique Amorim

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