domingo, 1 de maio de 2016

Janio: Temer estimula a voracidade dos oportunistas




Dallagnol, por que você é um coelhinho com o PSDB? - PHA




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/janio-temer-estimula-a-voracidade-dos-oportunistas




bessinha sou temer
De artigo de Janio de Freitas, na Fel-lha:
Temer, o verbo, é uma obrigação cívica à vista do que se pode esperar dos citados, quase todos, para compor um governo Temer, o nome. A voracidade com que os oportunistas se lançam em disputa por um bom pedaço do governo só se equipara, em despudor, à ostensiva incitação desse ataque felino como expediente do próprio Temer –um modo de se fazer visto como presidente.

Michel Temer está tão entregue a três ou quatro pessoas como esteve em sua longa presidência do PMDB. Combinação de fraqueza natural e pose artificial, Temer deu oportunidade e cobertura a que as piores correntes internas proliferassem no partido, situação da qual Eduardo Cunha e o mercantil PMDB da Câmara são dois dos vários efeitos. Foi a fraqueza, aliás, a razão das suas reeleições na presidência. Não haveria motivo para esperar algo diferente de Temer na passagem de uma presidência para outra. Até por já estar constituída, de sua parte e à sua volta, a mesma situação.

Albert Fishlow, o mais conceituado dos brasilianistas, e agora uma das muitas vozes internacionais que a imprensa brasileira não divulga, tem uma visão a ser anotada: "O impeachment não será o fim da crise. Será o começo".

Temer, o verbo por causa do nome, pelo que será dado ao Brasil é como um estigma, uma sina. Uma tristeza sempre repetida.

OS PREOCUPADOS

O procurador Deltan Dallagnol dá notícia da preocupação na Lava Jato, da qual é coordenador, com a visão de que "a mudança de governo e mesmo a Lava Jato [são] meio caminho contra a corrupção. Não concordamos com essa visão. A corrupção não é privilégio do partido A ou do partido B".

A preocupação se justifica e fica bem que integrantes da Lava Jato a tenham. Mas pede um complemento. Não sendo a corrupção exclusividade de um ou de outro, não seria o caso de a Lava Jato interessar-se também pela corrupção do outro? Os doleiros informantes da Lava Jato não serviram só ao "partido A". E as empreiteiras não atuaram apenas durante governos do mesmo "A".

O complemento não precisa ser verbal. É mesmo preferível que seja em atos. 










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