domingo, 3 de abril de 2016

Djokovic bate Nishikori, se torna hexa em Miami e supera Federer e Becker



Vitória do sérvio garante não só o sexto título do torneio Masters 1000, mas também o posto de tenista com maior premiação na história e 11º em número de vitórias




Por
Direto de Miami, EUA




Djokovic campeão Masters 1000 Miami (Foto: Lynne Sladky/AP)Djokovic "voa" para comemorar mais 
uma a taça (Foto: Lynne Sladky/AP)


Assim como fizeram Roger Federer e Rafael Nadal nos últimos 10 anos, Novak Djokovic vai consolidando seu nome como um ídolo do esporte. Neste domingo, na final do Masters 1000 de Miami, eram dezenas de bandeiras da sérvia e gritos de incentivo. Alguns conterrâneos, é verdade, mas muitos apenas fanáticos pelo tenista. A ovação pré e pós partida dão a dimensão de que ele se tornará um dos maiores, e os resultados apenas ratificam essa idolatria. Com 2 sets a 0, com duplo 6/3, sobre Kei Nishikori, Djokovic conquistou o hexacampeonato do torneio, aumentou sua coleção de troféus em Masters Series para 28, e ainda superou números de Roger Federer, em premiação, e Boris Becker, em vitórias.

- Eu tenho uma conexão muito especial com esse torneio. Tenho que voltar em 2007, quando venci pela primeira vez. Eu espero que essa conexão continue nos próximos anos, quando estiver por aqui. Eu espero que o torneio continue aqui por muito tempo. Então, vejo vocês na próxima vez - afirmou o sérvio ainda na quadra, na comemoração do título.

Novak Djokovic vence Kei Nishikori na final do masters 1000 de Miami (Foto: Getty Images)Novak Djokovic vence Kei Nishikori na final do masters 1000 de Miami (Foto: Getty Images)


O título em Miami garantiu a Djokovic a premiação de US$ 1.028.300, aumentando seu montante para US$ 98.199.548 em toda a carreira. Com isso, ele supera o recorde que até então pertencia a Roger Federer, com US$ 97.855.881, mas com cinco anos a menos de tênis profissional. Além disso, ele chegou a sua vitória de número 714 na carreira, superando em uma o ex-jogador e seu atual treinador, Boris Becker. Ainda assim, ele está longe de outros dois jogadores em atividade, Rafael Nadal (779) e Roger Federer (1067), oitavo e terceiro maiores vencedores de todos os tempos. Jimmy Connors, com 1257 triunfos, é o recordista absoluto.

É curioso como o estilo de jogo de Novak Djokovic parece se moldar de acordo com cada adversário e isso ficou claro durante sua campanha em Miami. Diante de Dominic Thiem, o sérvio precisou se mostrar mais defensivo e correr mais para conter a agressividade do jovem austríaco, que teve 14 break points no jogo. Contra Goffin, Djokovic protagonizou um duelo sem tanta força, tirando mais o peso da bola para dificultar as trocas com o belga. E, diante de Nishikori, que costuma dar boas devoluções, um ritmo mais intenso e com mais força no fundo da quadra para dificultar a variação do japonês. Um cartel que mostra porquê o sérvio é o atual melhor do mundo no momento.


O jogo
Se alguém imaginou que Djokovic começaria atropelando, acabou vendo Nishikori quebrar o saque do sérvio logo de cara. Bem postado no fundo da quadra e acertando bem as devoluções, ele variou bem as jogadas para abrir 1/0 na disputa. Porém, Djokovic deu o troco na mesma moeda no game seguinte e, aproveitando os erros não forçados do japonês, igualou a disputa em 1/1. A partir daí, o número 1 do mundo encaixou o saque, que tem sido uma de suas melhores armas nos últimos tempos e dava poucas chances ao rival, enquanto continuava firme nas devoluções.

Kei Nishikori na final do masters 1000 de Miami (Foto: Getty Images)
Kei Nishikori teve dificuldades com o 
serviço de Djokovic em todo o 
confronto (Foto: Getty Images)


Antes do início do sexto game, a torcida sérvia sentiu o momento, gritou "Nole, Nole" em peso e, em seguida, Djokovic quebrou Nishikori mais uma vez para chegar ao 4/2. A variação do jogo, no entanto, não permitia conclusões apressadas. Com dois break points, o Samurai pulou para uma linda devolução no saque do sérvio e acertou uma cruzada em que bola até foi para fora, mas nem o juiz de linha viu, nem Djokovic pediu o desafio eletrônico. O que poderia ser uma reação, novamente deu gás para o número 1, que contou com uma "madeirada" do rival para chegar a um novo break e sacar para o set em 5/3. Desta vez não teve jeito: saques precisos para definir o período.

Sair atrás de Djokovic no jogo e ver que suas melhores jogadas não funcionam contra o sérvio é algo que acaba dificultando as coisas para qualquer tenista no aspecto psicológico. E assim foi com Nishikori. Mesmo sendo um jogador muito estável e frio, o japonês voltou um pouco desligado, somou erros no serviço e foi quebrado logo no primeiro game, vendo o sérvio abrir 2/0 na sequência sem maiores problemas. Depois de salvar um break no sétimo game, que deixou o jogo em 4/3, Nishikori pediu a presença do fisioterapeuta, talvez para esfriar um pouco o confronto.

No game seguinte, surgiu o grupo de gaivotas no céu. De forma sincronizada, pairaram sobre o estádio logo antes do sérvio sacar. O público aplaudiu a cena, e Djokovic até acenou para os pássaros. Nada parecia desconcentrá-lo do jogo, tanto é que, com um ace, ele fez 5/3 e ficou perto da vitória. Nishikori ainda tentou crescer, protagonizou longas trocas de bola, mas a supremacia do melhor do mundo ficou clara quando ele resolveu um dos pontos em um belo top spin (bola batida com efeito) no contrapé do japonês. Em seguida, Nishikori cometeu duas duplas faltas e jogou a raquete no chão, em um momento raro de sua personalidade. O Samurai ainda salvou dois match points, mas em um erro não forçado acabou vendo Djokovic garantir mais um título


FONT:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2016/04/djokovic-bate-nishikori-se-torna-hexa-em-miami-e-supera-federer-e-becker.html

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