sábado, 9 de janeiro de 2016

Em noite de casa cheia, Brasília perde para o Praia Clube


Bom início das brasilienses não foi suficiente para parar as agora líderes da Superliga Feminina, que chegaram a cinco jogos de invencibilidade




Por
Taguatinga, DF



O técnico Manu Arnaut avisara, na véspera da partida diante do Praia Clube que o time do Triângulo Mineiro não fazia parte do grupo de adversários diretos do Brasília. O discurso de cautela contrastou com a postura de suas comandadas na noite desta sexta-feira. O time da capital federal teve um início arrasador, mas, a partir do segundo set, não conseguiu manter o mesmo ímpeto ofensivo da parcial inicial e perdeu, de virada, para o Praia Clube por 3 x 1 (22/25, 25/18, 25/18 e 25/16). Com o resultado, as mineiras alcançaram a liderança da Superliga Feminina, enquanto as brasilienses deram adeus à série de cinco jogos de invencibilidade.

Para a central Walewska, a mudança de postura de sua equipe após o primeiro set foi fundamental para a conquista do resultado positivo no primeiro jogo do ano.

- A gente passa esse tempo sem jogar e fica um pouco sem ritmo. O Brasília está numa crescente, mas a partir do segundo set a gente conseguiu "arrumar a casa". As coisas estavam muito bagunçadas, ainda bem que conseguimos consertar as coisas - afirmou.

Brasília x Praia Clube, Superliga (Foto: Lucas Magalhães)
Bloqueio foi uma das chaves para a vitória do 
Praia Clube (Foto: Lucas Magalhães)


No primeiro set, o Brasília mostrou que não estava disposto a abrir mão da série de cinco jogos de invencibilidade. O bom ritmo defensivo da ponteira Kasiely contagiou o time. Com os levantamentos precisos de Macris, Paula Pequeno dominou as ações ofensivas das donas da casa e deixou o Praia Clube perdido em quadra. Para se ter uma ideia do domínio do Brasília, apenas no primeiro ponto, quando a central Roberta errou o saque e deixou as mineiras em vantagem, o Praia Clube esteve à frente na parcial. Depois, uma avalanche de pontos do Brasília desnorteou as visitantes. Foram nada menos que dez pontos consecutivos, que obrigaram o técnico Ricardo Picinini a parar o jogo duas vezes. Nervosas com a consistência candanga, as mineiras erravam muito. Sobretudo nos saques, que teimavam a sequer entrar em quadra. A vantagem, que parecia confortável para o Brasília, passou a ser diminuída pelo Praia Clube. O prejuízo no marcador chegou a ser de apenas dois pontos, quando as donas da casa venciam por 24/22. Com mais tranquilidade, apesar da reação mineira, o Brasília fechou a parcial por 25/22.

O bom momento conquistado na reta final do primeiro set motivou o Praia Clube para o segundo. As donas da casa começaram a parcial vencendo, mas tomaram a virada e viram as mineiras abrirem quatro pontos de vantagem. A quarto ponto consecutivo, aliás, foi seguido de um pedido de tempo do Brasília. No retorno, o time deu a impressão de que se reencontraria em quadra, mas mesmo as variações dos ataques brasilienses não foram suficientes para encurtar a distância no placar. Do outro lado, o Praia Clube se esforçava para ampliar o domínio na parcial. A vantagem da equipe do Triângulo Mineiro chegou a ser de oito pontos, mas quando o set se encaminhava para o fim, foi a vez do Brasília demonstrar poder de reação. O time chegou a cortar o prejuízo no placar para quatro pontos, quando o marcador apontava 21/17 para o Praia Clube. Nesse momento, foi a vez das mineiras mostrarem frieza para fechar a parcial em 25/18 e empatarem o jogo em um set a um.

O terceiro set teve dois momentos distintos. No início da parcial, o Praia Clube teve mais êxito nas ações ofensivas, chegando a abrir 8/3. Na volta do tempo técnico, o Brasília tentou complicar a vida das visitantes, que abusavam das jogadas pelas pontas. Seguras em quadra, as mineiras tinham oito pontos de vantagem (19/11) quando o Brasília cresceu no jogo. Com três pontos seguidos, as donas da casa obrigaram o Praia Clube a parar o jogo com um tempo, que não diminuiu o ímpeto ofensivo do time. A desvantagem chegou a ser de quatro pontos (20/16), quando as mineiras brecaram a reação do Brasília. Implacáveis no ataque, as atuais líderes da Superliga feminina conseguiram segurar as investidas ofensivas das brasilienses e fecharam o set por 25/18.

O quarto set foi o mais disputado da partida. As duas equipes praticamente alternaram pontos até o primeiro tempo técnico, quando o Praia Clube vencia por 8/5. A pausa mexeu com os brios do Brasília que, por duas vezes, chegou a ficar a apenas um ponto de distância das adversárias antes mesmo da segunda parada técnica. Bem marcada, Paula Pequeno, uma das melhores do Brasília na partida, passou a ser hostilizada por parte dos torcedores, que pediam a saída da bicampeã de quadra.

A jogadora respondeu às provocações com um pedido de silêncio ao setor da arquibancada de onde se originavam os apupos. O "troco" foi a chave para que o técnico Manu Arnaut sacasse a jogadora, para lançar à quadra a jovem Kasiely. Àquela altura, o Praia já contava com 22 pontos no marcador, distância suficiente para não se preocupar com tentativas de reação das donas da casa. Por fim, com um bloqueio firme, o Praia Clube fechou o set por 25/16 e o jogo em 3 sets a 1, alcançando a quinta vitória consecutiva e encerrando série idêntica do Brasília.

As duas equipes voltam à quadra na terça-feira. O Brasília recebe o Minas, novamente no Ginásio do Sesi de Taguatinga, às 20h, enquanto o Praia Clube tem confronto marcado com o Pinheiros, no mesmo dia, às 19h30, em Uberlândia.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/df/volei/noticia/2016/01/em-noite-de-casa-cheia-brasilia-perde-para-o-praia-clube.html

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