terça-feira, 14 de julho de 2015

Zanetti confirma favoritismo, ganha o ouro e fecha tríplice coroa nas argolas

Campeão olímpico e mundial no aparelho, brasileiro fecha quadro de metas com título no Pan-Americano. Com 15.725, deixa americano com a prata e cubano com o bronze 


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Direto de Toronto


Arthur Zanetti ginástica ouro Pan-Americano (Foto: Thiago Bernardes/Frame/Estadão Conteúdo) 
Zanetti fica com a medalha de ouro no Pan-Americano (Foto: Thiago Bernardes/Frame/Estadão Conteúdo)


Se aquele pulo sutil ao descer das argolas pudesse emitir mais barulho, soaria como a batida de um martelo decretando que, agora, não falta mais nada. Campeão olímpico e mundial no aparelho, Arthur Zanetti manteve a sua frieza na execução e, com os tradicionais punhos cerrados, celebrou o término de sua série. Ergueu os braços porque sabia que estava dando o risco final em seu quadro de metas. Com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, após o 15.725 na final, ampliou ainda mais seu domínio das argolas e se mantém firme entre os melhores do mundo.

- Estou feliz demais. Muito, muito, muito. Essa faltava para minha coleção. tem que agradecer a todos profissionais, os patrocinadores, a equipe, o povo brasileiro, estava lotado o ginásio. Só agradecer a eles, acho que resultado não é só meu.


- Estava engasgado, era um resultado que queria, dava para ter conquistado em 2011, mas não consegui, agora é só comemorar. Quando você quer, você se cobra mais, eu estava me cobrando, e acho que deu certo - disse Zanetti, já com a medalha no peito.

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Zanetti foi o último a se apresentar. Antes, viu os sete oponentes não passarem de 15.525 em suas pontuações. Era só fazer o que sabe, e bem. Com a saída praticamente perfeita, estufou o peito e abriu o sorriso assim que tocou o solo. Recebeu os aplausos dos presentes e o abraço do treinador: 15.725. Deixou o americano Donnel Whitenburg (15.525) com a prata e o cubano Manrique Larduet (15.450) com o bronze.

- Era o único título que faltava. Esse resultado sela e coroa uma carreira brilhante. Para o Mundial, devemos manter a mesma série, mas o nosso objetivo é a classificação por equipe - diz Marcos Gotto, técnico de ginasta, logo após a conquista.

Prata no Pan de Guadalajara 2011, Zanetti foi campeão olímpico das argolas nos Jogos de Londres 2012. Um ano depois, se manteve no topo do pódio no Mundial de Ginástica da Antuérpia, na Bélgica. No ano passado, porém, foi prata no Mundial da China. Em casa, coube ao chinês Yang Liu frear seu reinado no aparelho. Esse ano ele ainda disputará, em outubro, o Mundial de Glasgow, na Escócia.

No sábado, Arthur Zanetti já havia subido no pódio do Pan de Toronto. Ao lado da equipe formada também por Caio Souza, Arthur Nory, Francisco Barreto e Lucas Bitencourt, só viu os americanos à frente. O grande objetivo deste time é conseguir classificar o conjunto pra os Jogos do Rio 2016, e Zanetti abraçou a causa. Para ajudar, também havia feito séries de solo e salto.

Brasileiros disputam finais, Dani é quarta

Arthur Nory mostrou tranquilidade na final masculina do solo. A cada salto bem concluído, aplausos vinham da torcida presente no Coliseu de Toronto. Na última pirueta, deu um pequeno passo para trás e saiu fora do limite do tablado, o que lhe tirou pontos preciosos. Com rivais fortes na briga, ganhou 14.700 e ficou na quinta colocação. O ouro ficou com o atleta da Guatemala Jorge Vega Lopez, com 15.150 pontos. A prata foi de Donnell Whittenburg, dos Estados Unidos, com 14.975 pontos, e o bronze acabou com o outro americano, Samuel Mikulak, com 14.925.

No salto Dani Hypolito imprimiu velocidade em sua primeira performance, mas acabou se desequilibrando na aterrissagem. No segundo salto, a brasileira foi melhor, cresceu sua pontuação, e ficou com 14.062. Depois, esperou pelas rivais e quase conseguiu um bronze, que acabou ficando com a canadense Ellie Black com 14.087. A prata foi de Yamilet Peña Abreu, com 14.250, e o ouro com a cubana Marcia Jimenez Videaux, com 14.737.

A final dos saltos feminina foi marcada por erros de várias atletas. Paula Mejias perdeu a passada e não conseguiu saltar, zerando a primeira tentativa. Makarena Pinto, do Chile, quase queimou a primeira tentativa também, mas não chegou a tocar o aparelho e pôde saltar.

Além dela e de Nory, as finais da manhã ainda tiveram os brasileiros Lucas Bittencourt e Francisco Júnior na decisão do cavalo com alças. Francisco ficou em sexto lugar, com 14.450. Lucas foi o oitavo, com 12.825. O ouro ficou com Jossimar Calvo, da Colômbia, com 15.025. Ele dividiu a medalha com Marvin Kimble, dos EUA, que teve a mesma pontuação. O bronze foi de Daniel Corral Barron, do México, com14.825.



FONTE:
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