Técnico da promessa, Alexandre Carvalho reconhece que, aos 15, ginasta ganha maturidade para manter o foco. Para 2016, esperança é principalmente na trave
Flavia Lopes Saraiva bronze Pan-Americano (Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
Apesar dos 1,33m de altura, o xodó Flavinha já está entrando na fase da adolescência. A atleta diz que tem uma rotina normal, mas com mais treinos e concentração do que outras meninas de sua idade. O técnico, que a acompanha desde os 12 anos, reconhece que será um momento de atenção especial.
- É uma fase que o técnico tem que tomar bastante cuidado. A família é muito importante, a dela apoia muito e acredita no trabalho. Realmente é um ponto de cuidado na carreira do atleta. A Flávia entende o quanto isso é importante. Porque as meninas da idade dela querem sair, passear, e ela tem que estudar e treinar - explicou o treinador.
Veja mais:
Veja agenda completa dos Jogos Pan-Americanos
Saiba como está o quadro de medalhas do Pan
O bronze no individual geral (prova que reúne os quatro aparelhos) não foi o primeiro de Flavia Saraiva no Pan de Toronto. Um dia antes, no domingo, havia conquistado também a terceira posição com a equipe feminina do Brasil. A pequena ainda pode subir no pódio no solo e na trave. Por mais que tenha evoluído na prova mais completa, seu técnico aponta a trave como sua maior preocupação, sobretudo para os Jogos do Rio 2016. Para Alexandre Carvalho, é neste aparelho que a atleta pode surpreender ainda mais.
Flavia Lopes Saraiva bronze Pan-Americano
(Foto: Eric Bolte/Reuters)
Sucesso de simpatia
Na briga pelo individual geral, Flavinha travou uma boa disputa com duas americanas. Madison Desch ficou com a prata. Mas Amelia Hundley nao pôde alcançá-la e terminou em quarto. Mesmo fora do pódio, a atleta dos Estados Unidos elogiou e declarou que é difícil não se encantar ao ficar perto da brasileira.
- Ela é tão fofa! Estávamos aquecendo juntas e, quando ela parou, me senti gigante ao seu lado. Ela é incrível, tem grande forma e execução. Parece ter muita disciplina e treinar pesado - disse.
Flavia confessa que até as rivais se rendem, e Alexandre reconhece que isso é normal no cotidiano da ginasta, que está na seleção adulta há um ano. Mas o técnico acredita que o principal é usar sua "simpatia" com naturalidade.
- A Flavia é muito nova e acaba levando tudo com naturalidade. Ela é pequenininha, todos acham bonitinha. Ela tem que saber usar bem isso. É natural, nada forçado. Tem que continuar com essa simpatia.
As finais por aparelhos na ginástica artística do Pan de Toronto começam nesta terça-feira. O destaque do dia será o campeão olímpico Arthur Zanetti. Nas argolas, o brasileiro busca a medalha de ouro inédita em Jogos Pan-Americanos.
Madison Desch Ellie Black e Flavia Lopes Saraiva
Pan-Americano (Foto: Ezra Shaw/Getty Images)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário