Camisa 10 iniciou sua história na seleção há dez anos pelas mão do hoje treinador adversário. Equipes badaladas disputam nesta sexta-feira uma vaga na semifinal
Messi comemora o gol contra Sérvia na Copa de 2006: banco na eliminação para Alemanha (Getty)
A Argentina de Messi, atual vice-campeã mundial, tenta seguir viva na luta pelo fim do jejum de 22 anos sem títulos. A Colômbia, eliminada nas quartas de final da última Copa do Mundo, quer coroar com a taça uma das melhores gerações de sua história. O vencedor do duelo pega Brasil ou Paraguai na próxima fase, terça, em Concepción. Chile e Peru farão a primeira semi na segunda-feira, em Santiago.
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Mas ainda falta um título. Poderia ter sido em 2006. Nas quartas de final da Copa do Mundo, a albiceleste enfrentava a Alemanha, dona da casa. Tinha uma geração talentosíssima, de Tevez, Aimar, Riquelme, Sorín, Crespo. Pékerman, ao substituir o centroavante, teve a chance de pôr Messi. Preferiu Julio Cruz, preocupado com a bola aérea. O jogo foi para os pênaltis e acabou com derrota e pedido de demissão horas depois. Messi, um prodígio em evolução, assistiu a tudo do banco de reservas.
Para seguir na busca pela Copa América, a Argentina do camisa 10 aposta na ofensividade do esquema de Gerardo Martino. Contra a Colômbia, Agüero volta ao time após se recuperar das dores no ombro esquerdo. Além de Messi, agora intocável, o ataque é completado por Pastore e Di María. Poupado diante da Jamaica, o zagueiro Otamendi também retorna.
- Ainda temos coisas a melhorar, como a quantidade de jogadores na área do rival em nossos ataques. Por vezes chegamos bem pelos lados e temos pouca presença pelo meio. Na defesa, temos que ser mais coordenados na hora de voltar para que as saídas rápidas do rival não nos tragam muitos danos. Já enfrentamos outras equipes de qualidade e sempre tomamos cuidados. Sabemos que corremos alguns riscos por nossa forma de jogar para frente - lembrou o técnico.
José Pékerman foi o treinador daquela Argentina
e o responsável por "segurar" Messi
(Foto: Getty Images)
A hora de James e Falcao
A Colômbia tem Pékerman. O técnico idolatrado no país cafetero tem a chance – e obrigação, diga-se – de transformar uma seleção sem ideias, de futebol paupérrimo na primeira fase, naquela que fez ótima campanha no Mundial do Brasil. Fora Messi, ele foi o responsável por lançar o zagueiro Martín Demichelis e o lateral Pablo Zabaleta, ambos do Manchester City. Tem o olfato para grandes promessas e levou a Argentina a conquistar três Mundiais Sub-20.
Para o confronto desta noite, no entanto, o conhecimento não chega a ser uma grande vantagem, na verdade, já que são todos atletas desenvolvidos e com uma década de carreira nas costas. Seus esforços, como ele sabe, devem estar concentrados na Colômbia de James Rodríguez e Falcao García. Em como fazê-los recuperar o jogo bonito de outrora.
A dupla ainda deve futebol nesta Copa América. Falcao não foi à Copa por lesão, vem de temporada escassa pelo Manchester United, mas ganhou a braçadeira de capitão com a saída de Yepes. É, por consequência, titular ainda incontestável. Mas não se espantem se Jackson Martínez receber uma chance nesta sexta. James chegou com credenciais de quem fez sucesso com a camisa 10 do Real Madrid, mas parece com peso nos ombros e nas pernas. Tem errado passes bobos, custa a dar sequência às jogadas no campo ofensivo. Passa longe de ser um Messi, o grande assunto do dia no fim das contas.
Falcao e James ainda estão devendo futebol
nesta Copa América (Foto: Reuters)
- Todos os times que jogam contra a Argentina ou o Barcelona fazem essa pergunta. Como parar Messi? É o melhor jogador do mundo, imprevisível, tem um talento genial. É preciso estar atento a todos os seus movimentos, e também aos que estão perto dele. Ninguém pode se distrair, pois é um jogador que muda uma partida a cada momento. Vamos prestar muita atenção nele. Sabemos que toda a Argentina tem jogadores que desequilibram, mas a individualidade de Lionel é primordial. Estaremos muito perto dele – prometeu o treinador.
O encarregado da missão ainda é desconhecido. Certo é que Álex Mejía será o único volante com características de marcação após a suspensão de Sánchez e a lesão de Valencia. Pékerman tem algumas possibilidades para substituí-los - a mais comentada delas é a entrada do meia Cardona por aquele setor, com o retorno de Zúñiga à lateral. Pedir para Messi “pegar leve” parece ser uma saída mais simples...
- Diria a ele que nós temos que ganhar (risos). E que sempre sonhei que fosse o que é hoje, que consolidaria o que pensávamos quando tinha 18 anos – encerrou.
FICHA TÉCNICA
ARGENTINA:
Romero, Zabaleta, Otamendi, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia e Pastore; Messi, Di Maria e Agüero. Técnico: Gerardo Martino.
COLÔMBIA:
Ospina, Zúñiga, Zapata, Murillo e Armero; Mejía, Cardona (Arias), Cuadrado e James; Teo e Falcao (Jackson). Técnico: José Pékerman
Data: 26/06/2015 Horário: 20h30 (de Brasília) Local: Estádio Sausalito, Viña del Mar (Chile) Árbitro: Roberto Garcia (MEX) Auxiliares: José Camargo e Marvin Torrentera (MEX) Transmissão: o GloboEsporte.com e o SporTV transmitem a partida ao vivo.
FONTE:
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