Equipe responde na bola frase de técnico senegalês de que país não era o mesmode Pelé, Ronaldinho e Zico. Sérvia será o adversário da final, no próximo sábado
Este não é o Brasil de Pelé, Ronaldinho e Zico. Mas ainda é
o Brasil. De Marlon, Danilo, Gabriel Jesus, Marcos Guilherme e outros 17
meninos. Suficientemente forte para golear Senegal por 5 a 0, com extrema
facilidade, nesta quarta-feira, em Christchurch, e se classificar para a final
do Mundial Sub-20. Joseph Koto, treinador da seleção africana, responsável pela
frase que, mesmo sem ser provocativa, inflamou os brasileiros, deve ter se
arrependido de ter falado aquilo.
A seleção brasileira sobrou em campo e carimbou
com estilo a vaga na final do Mundial (Foto: AP)
O Brasil, que vinha de duas prorrogações em quatro dias e
não marcava há dois jogos, foi impecável nos primeiros 45 minutos. Nos seis
primeiros, já vencia por 2 a 0, gols de Correa (contra) e Marcos Guilherme, que marcaria outro no segundo tempo.
Manteve o ímpeto, tomou alguns sustos na defesa, mas controlou o jogo –
Boschilia e Jorge completaram o placar. Uma resposta à altura. Mais importante:
uma injeção de confiança para a decisão, que acontecerá no próximo sábado, às
2h (de Brasília), em Auckland, contra a Sérvia, que venceu Mali por 2 a 1, na prorrogação.
A condição física, uma preocupação antes do jogo, virou o
menor dos problemas. Com o ótimo primeiro tempo, o Brasil pôde diminuir o ritmo
na segunda etapa e descansar para chegar bem à decisão. Um possível cansaço na
etapa final, num eventual jogo mais parelho, virou uma lembrança distante para
os jogadores.
Gabriel Jesus foi bem na armação e Marcos
Guilherme deu o recado com dois gols
(Foto: AP)
Tudo o que não funcionou nos jogos anteriores fluiu contra
Senegal. Jean Carlos, mais adaptado à função de centroavante, deu sequência a
todas as jogadas. Pela direita, pela esquerda, pelo meio... As tabelas saíam em
cada pedaço do gramado, e o time invadia com facilidade a área rival. Ora com
Gabriel Jesus e João Pedro de um lado, ora com Jorge e Marcos Guilherme do
outro.
Senegal, entregue no jogo, ainda teve o
zagueiro Cissé
expulso no fim do primeiro tempo. Mas seria injusto dizer que isso
facilitou a
vida do Brasil. A seleção já tinha construído a vitória. Depois disso,
só
precisou administrar o resultado. Na etapa final, após muita troca de
passes, Marcos Guilherme definiu o placar, com assistência de
Boschilia.
Os meninos brasileiros deram uma resposta
convincente ao treinador senegalês e estão
na decisão (Foto: AP)
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