quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Derrota complica, e Dal Pozzo pede “honra e dignidade” ao Criciúma

Da possibilidade de sair do Z-4 como motivação, Tigre experimente frustração e lanterna pelo revés por 1 a 0 para o Atlético-PR, no Heriberto Hülse


Por Criciúma, SC



O ritual do Criciúma para seguir com esperanças de permanecer mais um ano na primeira divisão do Campeonato Brasileiro foi quebrado. Costumava ser assim: o Tigre perdia fora e se recuperava em casa. Porém, nesta quarta-feira, no Heriberto Hülse, não saiu do gramado como vencedor, e sim o Atlético-PR, pelo mínimo 1 a 0. Entre as avaliações para explicar o revés, após o apito final, o técnico Gilmar Dal Pozzo foi obrigado a dar um alento ao torcedor.

Por conta do prejuízo como mandante, o Carvoeiro precisa reacender a chama da batalha contra a degola com o triunfo fora da capital do carvão – o que ainda não ocorreu no Brasileirão e apenas uma vez em todo o ano, em março, pelo Catarinense. O treinador do Tigre assegura que não é momento de jogar a toalha.

- O sentimento é de tristeza, mas eu não desisto nunca. Vou continuar na luta e os jogadores também. Vamos nos recarregar outra vez para um confronto direto, contra o Vitória. Temos que recuperar a energia e ter muita força. O futebol é rápido, te tira hoje e no sábado te recoloca (na luta contra a degola). Temos que honrar Criciúma e dignidade para representar este clube e esta camisa. Tem que ter dignidade para buscar forças e ao representar bem o clube – disse Gilmar, na entrevista coletiva após o revés para o Furacão.


Gilmar Dal Pozzo Criciúma (Foto: João Lucas Cardoso)
Gilmar Dal Pozzo pede "honra e dignidade" 
ao time (Foto: João Lucas Cardoso)


Veja os principais pontos da entrevista de Gilmar Dal Pozzo.

Avaliação
- O sentimento é de tristeza pelo resultado. Na análise do jogo, controlamos para buscar o resultado ainda no primeiro tempo, com o Atlético-PR jogando por uma bola, tiveram apenas um contra-ataque na etapa. O Atlético-PR estava muito fechado, diferente de outras equipes que vieram jogar aqui, como o Santo e o Atlético-MG. Encontramos dificuldades por estarem tão fechados, tocamos bola sem objetividade por conta da boa marcação deles. No segundo tempo, tivemos o Giovanni (lateral-esquerdo) apoiando mais, mas não conseguíamos as situações claras, não tivemos bom aproveitamento com boa finalização. Fiz a troca do Martinez pelo Paulo Baier, deixando o Cleber Santana na marcação e entrar a bola com qualidade, com o Paulo na movimentação. Mas não conseguimos fazer com que a bola entrasse, nem situações claras. Em seguida tomamos o gol e ficou mais difícil. Tentamos de todas as formas, deixando de mano atrás, contra a entrada do Michael e, então, com quatro atacantes para tentar o empate ou a virada, e não deu certo.  


Poucas chances
- Foi um dia que não deu nada certo. Tivemos poucos escanteios, chegamos bem na linha de fundo com o Eduardo e não bom aproveitamos do cabeceio, também porque o Atlético-PR estava marcando bem. No segundo tempo jogamos mais com o Giovanni e não tivemos situações claras. Nos outros jogos em casa tivemos bom aproveitamento na bola parada e hoje não tivemos essa capacidade.  

  
Troca de Martinez por Paulo Baier
- Ele (Martineza) estava bem, mas tinha um cartão amarelo e bem na hora fez uma falta que estava sujeito a tomar o segundo e ser expulso. Ele estava há mais de dois meses sem atuar e sentiu o jogo, mas estava bem. Troquei e o Cleber Santana fez bem a função ao lado do Serginho, com o Paulo Baier adiantado. O Paulo entrou bem, mas o time não traduziu as situações claras de gol.


Alteração diferente
- Ocorreu a ideia de povoar mais o meio, mas o Bruno (Lopes) e o Lucca estava fazendo a marcação para trazer por dentro. Tentamos com o Cleber na função de segundo volante. A ideia era de que a bola partisse do Cleber Santana e chegasse com qualidade na frente. Numa avaliação tática do jogo, dificilmente a equipe iria encontrar espaço no sistema do Atlético-PR mais fechado. Eles não fizeram pressão e não encontramos espaço.


Falha de Bruno- É uma posição delicada. Quando substituiu o Luiz (lesionado) vinha como destaque, e agora está tendo a infelicidade. Foi um erro individual no momento que estava bem. Talvez por falta de concentração, porque estava frio, a bola não estava chegando. Não vou crucificar um, uma só pessoa, é injusto. Vivemos uma situação delicada e todos são culpados. Quando o time ganha o mérito não é só pra mim, a culpa é de todos.  


Ausência de Roger Gaúcho- Ele teve problemas particulares e a diretoria o liberou. Alguns membros do clube foram na cidade dele para ajudar a resolver o problema. Ele se apresentou hoje (quarta-feira), treinou e viaja para o jogo (contra o Vitória).  


Tirar o grupo de Criciúma?- Nosso foco é o jogo de sábado, fizemos até a relação da viagem. Os jogadores se reapresentam amanhã (quinta) pela manhã. Quem sabe na semana que vem pensamos nisso.  

 
Necessidade grande de vencer fora - Precisa haver a esperança para  ganhar, lutar e buscar. Temos que acreditar nisso, sei que não temos credito, que é normal, porque o torcedor vê que não ganhamos nenhuma fora. Contra o Vitória é confronto direto, um time que está na briga, e temos que buscar forças e tentar vencer. Estava apostando nas vitórias em casa, mas quando se perde em casa tem que compensar ganhando fora.


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