Brasil encerra participação nas Olimpíadas da Juventude com 15 medalhas e garante um lugar entre os dez primeiros do quadro de medalhas pelo número de ouros
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Foram 15 medalhas, seis ouros, oito pratas e um bronze. Nas Olimpíadas da Juventude de Nanquim, na China, o Time Brasil "descobriu" novos esportes, reafirmou sua posição de destaque em outras modalidades, e mais que dobrou seu resultado em relação à primeira edição do evento, em 2010, em Cingapura, quando terminou com sete medalhas. O país foi ao pódio no tênis de mesa, tênis, vôlei de praia, natação, ginástica artística, judô, tiro com arco, taekwondo e hipismo de saltos.
Mais do que pódios, o Brasil viu nascer promessas, com Flávia Saraiva, com três medalhas na ginástica artística, algo inédito. Viu também a China aplaudir estrelas como Matheus Santana, recordista mundial júnior dos 100m livre e dono de três medalhas nos Jogos. Em participação histórica, foram conquistadas medalhas inéditas também no tênis, no tênis de mesa e no tiro com arco, além de um ouro nunca antes tido no taekwondo.
- Mais que dobramos o número de medalhas e passamos de seis para nove modalidades com pódios. Tivemos modalidades que, dentro do cenário olímpico, nunca tinham tido um resultado, como o tênis de mesa, o tênis, a ginástica. Foram conquistas inéditas e expressivas. E outras modalidades que continuamos, dentro do histórico, medalhando, como o judô, o vôlei de praia e a natação - explicou Adriana Behar, chefe de missão do Time Brasil.
Flavia, de 1,31m de altura, e Matheus,
1,83m, somaram três medalhas cada
um (Foto: Wander Roberto/
Inovafoto/COB)
- Para brigar por medalha não vai ser fácil em 2016. Quando se coloca junto do adulto, com 240 e poucos países, é complicado. Pelos resultados, o Matheus bateu de novo o recorde, a Flávia está sendo preparada para 2016, e depois você tem a garotada que está bem no juvenil, mas quando chega no adulto, é mais complicado, como o Marcus Vinícius, do tiro com arco, o Hugo Calderano, do tênis de mesa. E o tempo é muito curto - explicou Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes do COB.
Edival, Layana, Flavia, Matheus, Duda
e Paty, os dourados do Brasil
(Foto: Wander Roberto/
Inovafoto/COB)
O COI não faz um quadro oficial de medalhas dos Jogos da Juventude mas, se contarmos apenas os pódios conquistados pelos países em provas entre nações, sem somar os resultados das equipes intercontinentais, o Brasil aparece na nona posição no quadro geral de medalhas, com seis ouros, seis pratas e um bronze. O país líder é a China, seguida de Rússia e Estados Unidos.
Obs: Este quadro de medalhas leva em
conta o número de ouros para a classificação
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Taekwondo: campeão mundial confirma status de promessa
Edival venceu com golpe noúltimo segundo(Foto:WanderRoberto/Inovafoto/COB)
Na final diante do mexicano Jose Ruben Nava, Edival contou com a ajuda do recurso eletrônico para confirmar a vitória no peso até 63kg. Na sua cidade, ele não conta com a estrutura necessária para seguir competindo em alto nível entre os adultos, por isso, vai mudar para Piracicaba, em São Paulo, mas seguirá competindo pelo seu estado.
- Lá na Paraíba a gente sofre um pouco com a falta de estrutura. Então, vou me mudar para Piracicaba. Vou já pensando no adulto, na seletiva do final do ano da seleção adulta. Quero um lugar nas Olimpíadas de 2016 e preciso fazer essa transição entre o juvenil e o adulto da forma correta - disse Edival.
02
Tênis de mesa conquista medalha histórica
Calderano comemora o bronze em Nanquim (Foto: Divulgação)
- É uma sensação muito boa vir de um país sem tradição e ganhar deles. Meu objetivo é ganhar deles. Eles são frios, mas também tenho um foco muito bom e consigo me igualar a eles nesse aspecto. Torcida não me afeta, então jogo da mesma forma - frisou o brasileiro.
03
Layana faz dobradinha no judô
Layana Colman comemora o ouro, o
primeiro do Brasil em Nanquim
(Foto: Thierry Gozzer)
Depois disso, ainda conquistou uma medalha de prata na competição por equipes, vencendo suas lutas nas semifinais e final. O sucesso em Nanquim, porém, ainda é o começo do caminho para Layana, que para conseguir uma vaga na seleção brasileira adulta de judô, terá uma longa estrada, já que seu peso tem nomes fortes como Érika Miranda, que acabou de medalhar no Mundial da Rússia.
- Eu penso nos Jogos de 2020, em Tóquio. Sei que a seleção brasileira de judô está bem servida e, no meu peso, a briga é boa. Tenho a Érika e várias outras atletas de nível - lembrou Layana, feliz com o resultado na China.
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Matheus Santana confirma expectativas com três pódios
Matheus Santana levou três medalhas (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
- Viemos com uma grande delegação e várias atletas de referência em nível mundial. A mentalidade é de ganhar medalha sempre, e todos estão de parabéns por terem cumprido o seu objetivo aqui - disse Matheus.
O nadador de 18 anos é talvez o nome mais forte da juventude do país para 2016. Com o quinto melhor tempo do mundo nos 100m livre, ele é cotado para o revezamento 4x100m livre no Rio de Janeiro, e também briga por vaga nas provas individuais. Em 2014, ainda terá um Sul-Americano e o Troféu José Finkel, em setembro.
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Tênis conquista medalhas históricas
Orlando é o terceiro do ranking mundial juvenil, e Zormann, o sétimo. Classificados para Nanquim, eles passaram a jogar juntos para se entrosarem para os Jogos, em uma dupla que deu certo, mas nem por isso tem futuro garantido. Cada um joga com um parceiro normalmente e ambos focam nas chaves de simples, como no US Open, que jogam na próxima semana.
Orlando Luz e Marcelo comemoram o
ouro (Foto: Wander Roberto
/ Inovafoto / COB)
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Flavinha vive conto de fadas na ginástica artística
Cheia de medalhas, Flavia Saraiva desfila pelas ruas de Nanquim (Foto: Thierry Gozzer)
Agora, ela mira os Jogos de 2016, quando estará com 16 anos, idade mínima para competir na ginástica artística nas Olimpíadas. E garante que depois do que fez em Nanquim, tudo é possível.
- Se eu treinar muito, me esforçar e corrigir meus erros, posso conseguir uma vaga no Rio de Janeiro e também conquistar uma medalha. Tenho certeza que isso é possível - garantiu Flávia.
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Duda e Paty confirmam vôlei de praia como fábrica de medalhas
Duda e Paty comemoram vitória
(Foto:WanderRoberto/Inovafoto/COB)
(Foto:WanderRoberto/Inovafoto/COB)
- Cada coisa tem o seu tempo. Claro que quero ir para as Olimpíadas. Mas sei que para 2016 o tempo é curto. Não quero atropelar nada, tudo está vindo em seu tempo certo - disse Duda.
Apesar do ouro das meninas, o time masculino decepcionou. Atuais campeões mundiais sub-19, George e Arthur perderam nas quartas de final e não foram ao pódio.
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Medalha inédita no tiro com arco
Marcus Vinicius conquista a medalha de prata(Foto: Wander Roberto/Inovafoto/COB)
Após Nanquim, Marcus vai para a Suíça, onde disputa a última e decisiva etapa da Copa do Mundo, com apenas os oito melhores das quatro primeiras etapas da Copa. Faltando menos de dois anos para 2016, a revelação sonha não apenas com vaga, mas também com medalha.
- Eu acredito que dá para brigar por medalha em 2016. Quero buscar minha vaga e tenho três chances no Rio de Janeiro, no masculino, no time masculino e no time misto. Se treinar e seguir bem, posso chegar lá brigando por pódio - garantiu.
09
Bianca Rodrigues prata no hipismo de saltos por equipes
Bianca competiu no hipismo (Foto: Thierry Gozzer)
Na competição por equipes intercontinentais, Bianca esteve no time da América do Sul e ficou com a prata, perdendo apenas para o time da Europa.
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