Ato do atacante contra o Vila Nova foi descaracterizado pelo STJD de agressão física, e punição, que poderia ser de 12 jogos, foi mais branda. Clube pede efeito suspensivo
Por GloboEsporte.com
Rio de Janeiro
A partida em questão foi realizada no dia 19 de agosto, no Mané Garrincha, pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Na saída do campo para o intervalo, o jogador vascaíno deu um tapa no rosto do adversário - os dois já haviam se estranhado durante o primeiro tempo.
O ato foi considerado reincidente pela Quarta Comissão Disciplinar do STJD, já que Kleber atuava diante do Vila Nova sob efeito suspensivo para dois jogos de outra acusação: lance na vitória por 1 a 0 sobre o Paraná, em São Januário, por ato hostil, artigo 250-A. A Comissão considerou a conduta grave, mas mesmo assim optou por uma pena mais branda.
Kleber compareceu ao julgamento no STJD nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro (Foto: Globoesporte.com)
Na tentativa de diminuir a possível punição de Kleber, o advogado do Vasco, Osvaldo Sestário, mostrou vídeos de dois lances de Fred (contra Vasco e Grêmio) e um de Sheik (também contra o Tricolor gaúcho) em que os atacantes dos times cariocas protagonizaram lances polêmicos que não foram caracterizados como agressão física.
Em seu depoimento, Kleber explicou o lance e afirmou que não houve a intenção de agredir fisicamente o adversário Gustavo Geladeira.
- Nós estávamos caminhando para o vestiário na saída para o intervalo. Um menino do Vila Nova veio me pedir desculpas por algum lance do jogo. Chegou o Gustavo e disse que não era para o menino pedir desculpas. Ele me xingou, eu respondi. Ele veio na minha direção, e eu empurrei o rosto dele. Em momento algum eu tive a intenção de agredir. Empurro para afastá-lo de mim.
Em seu depoimento, Kleber explicou o lance e afirmou que não houve a intenção de agredir fisicamente o adversário Gustavo Geladeira.
- Nós estávamos caminhando para o vestiário na saída para o intervalo. Um menino do Vila Nova veio me pedir desculpas por algum lance do jogo. Chegou o Gustavo e disse que não era para o menino pedir desculpas. Ele me xingou, eu respondi. Ele veio na minha direção, e eu empurrei o rosto dele. Em momento algum eu tive a intenção de agredir. Empurro para afastá-lo de mim.
Perguntado por um dos integrantes da Comissão se é perseguido pelo STJD, o atacante negou.
- Não me sinto perseguido pelo STJD. O que eu já disse é que dentro de campo, realmente, a arbitragem tende a tomar mais cuidado com certos jogadores, e eu me incluo nesse caso.
Já fora da sala de julgamento, o Gladiador lamentou o fato de desfalcar o Vasco em três partidas e disse que tentará evitar esse tipo de conduta nos próximos compromissos com a camisa da equipe carioca.
- Infelizmente vou ficar um tempo sem ajudar o Vasco. Uma pena, porque eu gostaria de estar em campo. São momentos decisivos da competição. É difícil você se manter frio o tempo todo. É meu jeito de ser, de me entregar sempre. Às vezes, isso acaba prejudicando. Agora é manter a calma e tentar evitar esse tipo de situação - finalizou.
O Vasco já encaminhou pedido de efeito suspensivo para a punição. Caso seja acatado, Kleber estará apto a jogar neste sábado, com o Avaí, em São Januário, mas o tempo é curto. O técnico Adilson Batista, já pensando na possível ausência do Gladiador, realizou treinamento o desta sexta-feira com Guilherme Biteco e Thalles no ataque.
* Por Sofia Miranda, estagiária, sob a supervisão de Renata Domingues.
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