Decisão em julgamento faz coro com o presidente do órgão, que indeferira pedido de impugnação do jogo contra Atlético-PR, por conta da briga entre torcidas, duas vezes
A decisão saiu depois de horas de julgamento dos outros casos, que confirmaram o rebaixamento da Portuguesa, livrando o Fluminense, e sustentou a perda dos pontos pelo Flamengo, que permanece na Série A. Ambos foram punidos por escalação de jogadores suspensos. Caso o Vasco obtivesse êxito, seria substituído no Z-4 justamente pelo rival rubro-negro.
- Acredito que o Vasco foi a vítima, e a vítima está sendo julgada, não tem direito de defesa e está indo para a Segunda Divisão, fato que é muito ruim para o clube. Agora vamos conversar com os nossos advogados, ver e buscar fazer o nosso melhor para permanecer na Primeira Divisão - afirmou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, sem deixar claro se se referia a recorrer à Justiça comum.
Roberto Dinamite acompanha o julgamento em
que o Vasco saiu derrotado no STJD (Foto:
Wilton Junior/Agência Estado)
A alegação era que o Furacão, como mandante do confronto, tinha a responsabilidade de garantir a segurança e não o teria feito. Não havia policiais militares na arquibancada, o que facilitou a briga entre torcedores dos dois times.
A defesa, comandada pela advogada Luciana Lopes, ressaltou que os atleticanos originaram o grave incidente, que interrompeu a partida por 73 minutos, com a operação de socorro aos feridos e a devida separação do público. O regulamento da CBF recomenda que o árbitro opte pela suspensão da partida diante da falta de condições depois de ultrapassados 60 minutos.
O julgamento começou com a leitura do processo protocolado pelo Vasco pelo auditor-relator Ronaldo Botelho Piacente. Em seguida, o presidente Flávio Zveiter passou a palavra a Luciana Lopes ao não receber objeções dos presentes para que houvesse as argumentações.
A advogada usou a tese de que a parte psicológica dos atletas estava afetada por causa do ocorrido e, principalmente, de que a Arena Joinville não poderia abrigar o jogo, já que "nem mesmo extintor possuía" e "não havia área de escape para os torcedores". Ela também citou que a torcida do Furacão proibiu a presença de mulheres e crianças, prevendo um confronto.
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O
procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, não concordou com a ação
vascaína e, em seguida, enfatizou que o árbitro mineiro Ricardo Marques
Ribeiro foi absolvido no plenário, no dia 13, e sequer houve recurso
contra isto. Ele afirmou que talvez o jogo não devesse ter se iniciado,
mas o reinício foi correto. O advogado do Furacão, Domingos Moro, disse
que não havia amparo jurídico para a tentativa e ressaltou que a
partida, disputada até o fim, acabou 5 a 1, e o adversário buscava a
inversão do placar para 0 a 3, algo, em sua visão, sem cabimento.Em seguida, um a um, os relatores mantiveram a posição de Zveiter ao apontar como improcedente a solicitação do Vasco. O primeiro a votar foi o leitor do processo, Ronaldo Botelho Piacente, que se baseou em documentos e relatórios provenientes do julgamentos dos mandos de campo, da polícia e dos autos do processo. Foi possível notar que Roberto Dinamite balançava a cabeça negativamente à medida em que as frases eram proferidas. Ele estava ao lado do vice geral, Antônio Peralta, e recebeu reverência dos auditores presentes.
Os recursos de Vasco e Atlético-PR a respeito das perdas de mando de campo (oito e 12, respectivamente) e das multas (R$ 80 mil e R$ 140 mil), por causa das brigas, serão julgados apenas em janeiro, em dia ainda não determinado.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/12/pleno-do-stjd-rejeita-recurso-do-vasco-e-mantem-resultado-do-jogo.html
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