Com Dorival Júnior no mercado, pressão nos bastidores do clube pela demissão do treinador após a humilhante derrota em Mirassol é grande
A era Gilson Kleina no Palmeiras terá um dia decisivo nesta quinta-feira, 28 de março. Após a histórica derrota sofrida em Mirassol, por 6 a 2 (veja os lances no vídeo ao lado), a diretoria do Palmeiras vai discutir a permanência do treinador no comando da equipe. O motivo da reavaliação do trabalho é bem claro: o péssimo desempenho do time na humilhante goleada no interior.
O único representante da diretoria alviverde que acompanhou a delegação em Mirassol foi o gerente de futebol Omar Feitosa - Paulo Nobre estava na Europa com a seleção brasileira e José Carlos Brunoro permaneceu em São Paulo para compromissos particulares. Ainda nos vestiários, após a partida, ele disse que não tinha como garantir a permanência do treinador.
Antes da derrota em Mirassol, o Palmeiras estava há 11 jogos sem perder no Paulistão. A única derrota na competição havia sido por 3 a 2 diante do Penapolense, na terceira rodada, no Pacaembu. Na Taça Libertadores da América, porém, a situação é mais complicada. A equipe vem de duas derrotas seguidas na competição – 2 a 0 contra o Libertad, do Paraguai, e 1 a 0 diante do Tigre, da Argentina – e soma apenas três pontos.
Gilson Kleina foi contratado em 22 de setembro de 2012 em um momento complicado. O time estava na zona de rebaixamento. Com o treinador, a equipe chegou a esboçar uma reação, mas não conseguiu se manter na Série A do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, a diretoria achou por bem mantê-lo no cargo. Naquele momento, o presidente ainda era Arnaldo Tirone, que foi seguido por Paulo Nobre, eleito em janeiro. Kleina já soma 33 jogos no Verdão, com 12 vitórias, nove empates e 12 derrotas e tem contrato com o clube até dezembro de 2013.
Os números de Gilson Kleina | ||||
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Ano | J | V | E | D |
2012 | 15 | 5 | 2 | 8 |
2013 | 18 | 7 | 7 | 4 |
TOTAL | 33 | 12 | 9 |
12 |
A favor de Kleina pesa o argumento de que ele é "o menos culpado" pela fase ruim do time, já que os jogadores que tem à disposição são poucos e de baixa qualidade. O elenco demorou a ser montado, já que a eleição de Nobre ocorreu apenas no fim de janeiro. Além disso, houve a saída de Barcos, principal ídolo do time, e as diversas e importantes ausências nas últimas rodadas - Henrique, Vilson, Leandro Amaro, Souza, Maikon Leite, Kleber e Valdivia, todos no departamento médico.
Com o retorno de Paulo Nobre ao Brasil, uma reunião da alta cúpula acontecerá nesta quinta-feira. O dirigente aproveitou sua passagem pela Europa, onde chefiou a delegação brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, para fazer uma visita ao Benfica, em Lisboa.
A delegação alviverde chegou à capital paulista durante a madrugada - a viagem de 467 quilômetros de volta de Mirassol foi feita de ônibus. A reapresentação do elenco está marcada para o período da tarde, na Academia de Futebol.
Kleina viu o time levar 6 a 2, resultado que pode custar seu cargo (Foto: José Luis Silva / Agência Estado)
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