A CRÔNICA
por
Marcelo Hazan
Era o primeiro jogo após a venda de Paulo Henrique Ganso para o São
Paulo. Mas a ausência mais sentida pelo Santose foi a de sempre: Neymar.
Carente de seu maior craque, suspenso, o time foi presa fácil para a
Portuguesa. A Lusa impôs seu jogo, dominou e fez 3 a 1 até com certa
facilidade - o time do Canindé ainda teve um gol, marcado por
Rodriguinho, anulado pela arbitragem, em lance discutível. O goleador
Bruno Mineiro, duas vezes, e Léo Silva fizeram os gols da vitória, e
André descontou para o apático Alvinegro. Com 11 gols em 13 jogos, Bruno
encosta em Fred, do Fluminense, que lidera a tabela de artilheiros do
Brasileirão com 12.
Mesmo ausente, Neymar foi lembrado pelos santistas com faixas, em um movimento para defender o craque das vaias sofridas na Seleção. Dentro de campo, o futebol do Peixe mostrou por que time e fãs sentem tanto a falta do jogador. Sem Neymar, o Santos disputou 51 pontos neste Brasileirão e só ganhou 18: aproveitamento de 25,49%. Abaixo dos 26,7% dos pontos conquistados pelo lanterna Atlético-GO. Com a derrota, o Peixe fica com 33 pontos, momentaneamente na 11ª posição.
A Lusa, que não tem nada com os problemas do Santos, aproveitou o jogo para se reabilitar no Brasileirão e seguir como "pedra no sapato" dos quatro grandes paulistas. Agora, são sete jogos, com três vitórias, três empates e só uma derrota. Sua torcida, em minoria no Pacaembu, comemorou a vitória com gritos de "olé" e "festa na padoca". O time do Canindé, com 32, está em 12º, dando um salto para longe do Z-4.
Agora, o Santos volta suas atenções para a Recopa Sul-Americana. O time enfrenta o Universidad de Chile, nesta quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu, pelo título da competição internacional - no jogo de ida, empate sem gols - a decisão não tem critério de gols feito na casa do aversário, portanto, em caso de novo empate a disputa irá para os pênaltis.
No Brasileirão, a equipe enfrenta o Grêmio no próximo domingo, dia 29, às 18h30m, no estádio Olímpico. Já a Lusa recebe o Atlético-MG, no sábado, às 18h30m, no Canindé.
Lusa é prejudicada, mas abre vantagem
O Santos começou se impondo sobre a Lusa, trocando bons passes e chegando ao ataque. Com a camisa 11 de Neymar, Victor Andrade bem que tentou imitar o ídolo e amigo. Pela esquerda, fez linda jogada e deu passe na medida para Pato Rodriguez. O argentino furou, e a bola sobrou livre para André, que perdeu de forma incrível aos seis minutos. Em vez de finalizar de esquerda, o centroavante preferiu ajeitar o corpo para o pé direito e isolou.
A pressão inicial santista ainda provocou um lance discutível. Aos
nove, Gerson Magrão arrancou em contra-ataque e foi parado com falta por
Valdomiro, quase na grande área. Os santistas pediram cartão vermelho,
considerando que o jogador da Lusa interrompeu de forma ilegal um lance
claro de gol a favor do Peixe. No entanto, o árbitro Raphael Claus optou
pelo cartão amarelo.
A partir desse lance, a Portuguesa começou a se animar. Percebendo a fragilidade da zaga alvinegra, Moisés, Rodriguinho e Bruno Mineiro passaram a articular boas jogadas. A pressão deu resultado aos 32, quando Rodriguinho recebeu na área e fuzilou para a rede, mas o árbitro Raphael Claus assinalou impedimento bastante duvidoso - o atacante Lusa parecia estar na mesma linha da zaga alvinegra.
A pequena torcida presente ao Pacaembu mostrava revolta com a arbitragem, mas a persistência da Lusa foi recompensada. Em escanteio da esquerda, Marcelo Cordeiro cruzou, Luis Ricardo desviou, e Bruno Mineiro, livre, fez aos 37.
A Portuguesa sequer deu tempo para o Santos respirar e logo ampliou. Cinco minutos depois, em bonita troca de passes, o volante Léo Silva recebeu de Rodriguinho e só deslocou Rafael, para irritação dos torcedores do Peixe, que perderam a paciência e vaiaram o time no fim do primeiro tempo. O número de desarmes da etapa inicial, 23 da Lusa contra oito do Alvinegro, mostrava a superioridade do visitante no clássico.
Portuguesa segue melhor e amplia
Muricy Ramalho voltou para o segundo tempo como o meia Bernardo no lugar do lateral-esquerdo Juan, que foi vaiado pelos santistas na etapa inicial. Com isso, Gerson Magrão foi deslocado do meio para o setor. As mudanças não alteraram o panorama da partida. A Lusa continuou em cima para liquidar o clássico.
Em lance digno de Neymar, Moisés fez linda jogada. O camisa 10 da Lusa roubou a bola no meio de campo, passou entre os zagueiros Bruno Rodrigo e Durval, driblou Rafael, mas mandou na trave. Isso com apenas dois minutos de jogo.
Perdido, o Santos praticamente só assistia à partida. E a Lusa continuava assustando. De falta, Marcelo Cordeiro obrigou Rafael a fazer boa defesa. Também em bola parada, a Portuguesa chegou ao terceiro e acabou com qualquer chance de virada alvinegra. Bruno Mineiro, sempre ele, aproveitou levantamento na área e completou para o gol, aos 17.
O Peixe chegou a descontar aos 29, com André. O centroavante desviou de cabeça para a rede de Dida o cruzamento de Bernardo, em jogada de bola parada. Mas nada que evitasse as vaias dos santistas. Nada que representasse a esperança de uma reação. O Peixe voltou a mostrar sua preocupante dependência de Neymar. Melhor para a Lusa.
Mesmo ausente, Neymar foi lembrado pelos santistas com faixas, em um movimento para defender o craque das vaias sofridas na Seleção. Dentro de campo, o futebol do Peixe mostrou por que time e fãs sentem tanto a falta do jogador. Sem Neymar, o Santos disputou 51 pontos neste Brasileirão e só ganhou 18: aproveitamento de 25,49%. Abaixo dos 26,7% dos pontos conquistados pelo lanterna Atlético-GO. Com a derrota, o Peixe fica com 33 pontos, momentaneamente na 11ª posição.
A Lusa, que não tem nada com os problemas do Santos, aproveitou o jogo para se reabilitar no Brasileirão e seguir como "pedra no sapato" dos quatro grandes paulistas. Agora, são sete jogos, com três vitórias, três empates e só uma derrota. Sua torcida, em minoria no Pacaembu, comemorou a vitória com gritos de "olé" e "festa na padoca". O time do Canindé, com 32, está em 12º, dando um salto para longe do Z-4.
Agora, o Santos volta suas atenções para a Recopa Sul-Americana. O time enfrenta o Universidad de Chile, nesta quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu, pelo título da competição internacional - no jogo de ida, empate sem gols - a decisão não tem critério de gols feito na casa do aversário, portanto, em caso de novo empate a disputa irá para os pênaltis.
No Brasileirão, a equipe enfrenta o Grêmio no próximo domingo, dia 29, às 18h30m, no estádio Olímpico. Já a Lusa recebe o Atlético-MG, no sábado, às 18h30m, no Canindé.
Lusa é prejudicada, mas abre vantagem
O Santos começou se impondo sobre a Lusa, trocando bons passes e chegando ao ataque. Com a camisa 11 de Neymar, Victor Andrade bem que tentou imitar o ídolo e amigo. Pela esquerda, fez linda jogada e deu passe na medida para Pato Rodriguez. O argentino furou, e a bola sobrou livre para André, que perdeu de forma incrível aos seis minutos. Em vez de finalizar de esquerda, o centroavante preferiu ajeitar o corpo para o pé direito e isolou.
Bruno Mineiro deixa o Santos a seus pés no Pacaembu (Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado)
A partir desse lance, a Portuguesa começou a se animar. Percebendo a fragilidade da zaga alvinegra, Moisés, Rodriguinho e Bruno Mineiro passaram a articular boas jogadas. A pressão deu resultado aos 32, quando Rodriguinho recebeu na área e fuzilou para a rede, mas o árbitro Raphael Claus assinalou impedimento bastante duvidoso - o atacante Lusa parecia estar na mesma linha da zaga alvinegra.
A pequena torcida presente ao Pacaembu mostrava revolta com a arbitragem, mas a persistência da Lusa foi recompensada. Em escanteio da esquerda, Marcelo Cordeiro cruzou, Luis Ricardo desviou, e Bruno Mineiro, livre, fez aos 37.
A Portuguesa sequer deu tempo para o Santos respirar e logo ampliou. Cinco minutos depois, em bonita troca de passes, o volante Léo Silva recebeu de Rodriguinho e só deslocou Rafael, para irritação dos torcedores do Peixe, que perderam a paciência e vaiaram o time no fim do primeiro tempo. O número de desarmes da etapa inicial, 23 da Lusa contra oito do Alvinegro, mostrava a superioridade do visitante no clássico.
Portuguesa segue melhor e amplia
Muricy Ramalho voltou para o segundo tempo como o meia Bernardo no lugar do lateral-esquerdo Juan, que foi vaiado pelos santistas na etapa inicial. Com isso, Gerson Magrão foi deslocado do meio para o setor. As mudanças não alteraram o panorama da partida. A Lusa continuou em cima para liquidar o clássico.
Em lance digno de Neymar, Moisés fez linda jogada. O camisa 10 da Lusa roubou a bola no meio de campo, passou entre os zagueiros Bruno Rodrigo e Durval, driblou Rafael, mas mandou na trave. Isso com apenas dois minutos de jogo.
Perdido, o Santos praticamente só assistia à partida. E a Lusa continuava assustando. De falta, Marcelo Cordeiro obrigou Rafael a fazer boa defesa. Também em bola parada, a Portuguesa chegou ao terceiro e acabou com qualquer chance de virada alvinegra. Bruno Mineiro, sempre ele, aproveitou levantamento na área e completou para o gol, aos 17.
O Peixe chegou a descontar aos 29, com André. O centroavante desviou de cabeça para a rede de Dida o cruzamento de Bernardo, em jogada de bola parada. Mas nada que evitasse as vaias dos santistas. Nada que representasse a esperança de uma reação. O Peixe voltou a mostrar sua preocupante dependência de Neymar. Melhor para a Lusa.
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