A CRÔNICA
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Leonardo ganha pelo alto e cabeceia para fazer o gol da vitória atleticana (Foto: Bruno Cantini)
O Atlético-MG segue absoluto como mandante no Campeonato Brasileiro.
Sem perder em casa na competição, o Galo venceu o São Paulo nesta
quarta-feira, no Independência, com um gol de Leonardo. Apesar da
pressão, o lance salvador só chegou depois de muitas investidas contra a
defesa tricolor e após uma decisão polêmica do árbitro Sandro Meira
Ricci - o juiz expulsou ainda na primeira etapa o lateral Douglas, do
Tricolor. Melhor para os mineiros, que com o triunfo continuam na briga
pelo título.Apesar de o adversário da noite ser o São Paulo, único time a superar os alvinegros no primeiro turno, o Galo entrou em campo pressionado. Horas antes, o Fluminense havia vencido a Portuguesa, no Canindé, e ampliado vantagem na liderança do torneio. Para se manter perto da primeira colocação, o time de Cuca foi para o ataque e fez valer a força de sua torcida.
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O resultado positivo contra os paulistas levou o Atlético, aos 51
pontos, na vice-liderança, dois atrás do Fluminense. O Galo, que tem um
jogo a menos na tabela, tenta retomar a ponta na próxima rodada, quando
encara o Náutico, às 16h do domingo, nos Aflitos. Além de vencer fora de
casa, os mineiros também precisam de um tropeço do Fluminense diante do
Atlético-GO, em Volta Redonda, no sábado.O Tricolor, por outro lado, vê o G-4 ficar mais distante. A derrota mantém a equipe nos 36 pontos e na sexta colocação. O problema é que a distância para o Vasco – último do G-4 – agora é de seis pontos. Para voltar a sonhar com uma vaga na Libertadores, o time conta com dois jogos diante de seu torcedor: o primeiro será contra a Portuguesa, às 18h30m do sábado. No fim de semana seguinte, o adversário será o Cruzeiro.
Guilherme, do Atlético-MG, disputa com Cortez, do São Paulo (Foto: Paulo Fonseca / Futura Press)
Invicto em casa, o Atlético não demorou para mostrar sua força. Explorando as bolas levantadas na grande área, os mineiros exigiram muito da defesa tricolor, que havia ensaiado bem o adversário. Os são-paulinos tiveram de recuar, mas conseguiram frear as investidas atleticanas. E quando a defesa falhou, aos 13 minutos, lá estava Rogério Ceni para evitar que Leonardo recebesse cruzamento de Guilherme. Os visitantes se dedicavam, afinal, pontos fora de casa – artigo raro para o Tricolor neste Brasileiro – podem ser fundamentais para chegar ao G-4.
A partida caminhava para um jogo burocrático, com os donos da casa agredindo mais, mas parando na concentrada zaga tricolor. Até que o primeiro protagonista da noite entrou em cena: o árbitro Sandro Meira Ricci.
Aos 25 minutos, o técnico Ney Franco já aprontava o atacante Ademilson para deixar o São Paulo mais ofensivo. Teve de mudar de ideia por causa de uma decisão polêmica da arbitragem. Ao tentar roubar a bola de Leandro Donizete, Douglas escorregou e acabou dando um carrinho no volante atleticano. Sandro Meira Ricci expulsou o lateral tricolor, que não tinha cartão amarelo.
O lance gerou muitos protestos dos tricolores. Ronaldinho Gaúcho havia dado um carrinho semelhante em Casemiro minutos antes, e o árbitro só sinalizou a falta. As reclamações de nada adiantaram. Ney Franco teve, então, de colocar o zagueiro Edson Silva em campo no lugar de Maicon, e Ademilson voltou para o banco. O jogo, a partir daí, passou a ser apenas o ataque do Galo contra a defesa tricolor.
Com um a menos, na casa do vice-líder do Brasileiro, o São Paulo não encontrou forças para atacar. Lucas, que voltou da Seleção, mal apareceu na partida. Bernard e Ronaldinho, por outro lado, puxaram a artilharia atleticana. O anfitrião tentou de todos os jeitos. Na bola parada de R49, na velocidade de Bernard no contra-ataque. No entanto, a defesa tricolor e principalmente Rogério Ceni garantiram o 0 a 0 no primeiro tempo, apesar da pressão atleticana.
Gol e alívio para os donos da casa
Como o Galo não conseguiu converter os 64% de posse de bola em vantagem no placar no primeiro tempo, o técnico Cuca decidiu trocar uma peça de ataque: sacou Guilherme para a entrada de Neto Berola. Só que foi o setor ofensivo tricolor que cresceu – ainda que pouco. Aproveitando a velocidade de Osvaldo pelas pontas, o visitante enfim conseguiu chutar em gol no início da etapa complementar, mas nada que assustasse o goleiro Victor. As investidas perigosas continuavam sendo do Atlético.
O Galo cercou a defesa tricolor na grande área. Leandro Donizete, Neto Berola e até o zagueiro Réver, de cabeça, chegaram perto do gol. Ceni e os beques são-paulinos se defendiam como podiam, até que, aos 16 minutos do segundo tempo, não foi mais possível parar a artilharia atleticana. Apareceu o segundo protagonista do jogo: Leonardo. Mesmo cercado por três são-paulinos, o atacante subiu mais que a defesa para completar o cruzamento de Bernard. O cabeceio à queima-roupa não deu chances a Rogério Ceni, que apenas assistiu à bola alçada dentro da pequena área. Foi o primeiro gol de Leonardo pelo Galo.
A vantagem no placar, conquistada depois de tantas tentativas, fez o Galo se acalmar. O time do técnico Cuca recuou e permitiu o crescimento do São Paulo. Nada, porém, que ameaçasse a vitória atleticana. Os mineiros ainda desperdiçaram diversas chances. Neto Berola chegou a carimbar a trave de Rogério Ceni, aos 33 minutos do segundo tempo, mas a vitória por 1 a 0, vendida a preço caro pela defesa paulista, já deu o alívio necessário ao Atlético para continuar na briga pelo título nacional.
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