Depois de quatro anos e meio atuando na Europa, levantadora de 1,73m atende ao chamado de Zé Roberto e quer aproveitar a oportunidade
Fernandinha ganha uma chance na seleção de
vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Nesta semana, Fernandinha se juntou às outras 17 jogadoras que estão em fase de preparação para o Pré-Olímpico e o Grand Prix. Após quatro anos e meio fora do país, defendendo clubes da Itália e do Azerbaijão, chegou para brigar por uma das duas vagas na posição, juntamente com Fabíola e Dani Lins. Por isso mesmo, tinha dúvidas de como seria recebida pela equipe.
- Achei que fosse me sentir fora do grupo, mas estou em casa. Fui muito bem recebida por todas. A minha expectativa é a mais alta possível. Foi uma coisa que esperei por tanto tempo e nem pensava que pudesse mais acontecer. Espero poder ajudar com minha energia e vôlei. Minha chegada aumenta o nível de competitividade. Se puder buscar esse lugar na seleção vai ser excelente - disse.
A firmeza nas palavras não deixa dúvida de que ela vai dar trabalho. Zé Roberto sabe disso. Diz que Fernandinha pode ganhar uma chance por ser guerreira, ter experiência internacional, liderança e personalidade forte.
- Ela é uma levantadora precisa, tem jogo veloz e veio para brigar. E acho que vai ser um briga boa. A carga de Fabíola e Dani foi muito forte para substituir jogadoras longevas como Fernanda e Fofão. A responsabilidade ainda ficou maior por estarem num time campeão olímpico. Sei que tenho que dar tempo a elas para que se sintam mais em casa no âmbito internacional. Mas estão se dedicando e evoluindo - elogia o técnico.
Fernandinha, Fabíola e Dani Lins, as levantadoras da seleção brasileira (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
- Vamos ver se vou conseguir me encaixar na seleção. O que me tira do sério é o ego feminino, isso nunca pode estar à frente o objetivo maior, da equipe. Quando fui para fora do país, não pensei que pudesse dar tão certo. Só que quando eu coloco uma coisa na cabeça, vou fundo. Nem assinava as TVs nacionais para não pensar em voltar. No Brasil tem essa coisa de ser baixa, de não poder jogar. A Lo Bianco (levantadora da seleção italiana) é mais baixa do que eu, mas eles sempre adoraram o jogo veloz dela.Lá fora, fui valorizada e ganhei reconhecimento como nunca tive aqui. Mas acredito que estarei de volta.
A presença de mais uma concorrente nos treinos é vista com bons olhos por Fabíola. Eleita a MVP da final da Superliga, a levantadora do Osasco teve só três dias de descanso. Não queria perder o condicionamento físico e estava animada para dar início ao novo trabalho.
- O Zé deixou claro que a posição de levantadora está aberta. Cabe a cada uma conquistar seu espaço. Fernandinha e uma grande levantadora e vem para somar. A disputa é sadia e é um desafio para mim e para a Dani. Se a gente já trabalhava, agora isso vai ser triplicado (risos). Eu acho bom, isso nos faz crescer. O fato de ter sido a melhor jogadora da final da Superliga não me dá a titularidade na quadra. Tenho que trabalhar e estou muito dedicada e animada - garantiu Fabíola.
FONTE
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/04/fernandinha-chega-selecao-com-fama-de-guerreira-e-cheia-de-vontade.html
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