'Abençoados' por seu preparador, desenhos estilizados no cabelo voltam a fazer sucesso com Jefferson e Renan, avessos a tatuagens e acessórios
A página 1 do manual do boleiro recomenda: brincos, tatuagens e afins
são acessórios decisivos para ser aceito no clube. No próprio elenco do
Botafogo, são mais de 20 seguindo tal cartilha. Na contramão, porém,
estão os dois principais goleiros alvinegros, Jefferson e Renan, que
dispensam o estilo, mas não deixam de reforçar outra moda: a dos
"penteados" estilizados. Nada espalhafatoso como os de Fábio Ferreira.
Desde o início da temporada, eles não deixam passar um fim de semana sem
criar novos riscos na cabeça, feitos pelo cabelereiro Gustavo,
figurinha frequente na então monótona concentração, em General
Severiano.
Tudo é devidamente registrado por fotos e, claro, brincadeiras dos companheiros. Mais importante ainda é ter a aprovação em casa, lembram, e também da comissão técnica. O preparador de goleiros, Flávio Tenius, "abençoa" as cabeças dos pupilos, não vê mal na arte, mas ressalta que o profissionalismo tem de estar acima de tudo. E, quanto a isso, não tem dúvidas.
- É uma iniciativa bacana, une ainda mais o grupo. É coisa do futebol e
do jovem de hoje em dia. Mas o importante é o que eles têm dentro da
cabeça. Não falta juízo ao Jefferson e ao Renan, por isso é bacana.
Qualquer mensagem boa, vale ser passada mesmo - afirmou o "quarentão"
Tenius, em papo com o GLOBOESPORTE.COM ao lado da dupla, que ouvia com
atenção.
- Já eu fico mais na minha, não sou tão criativo. Na minha época não tinha isso. O negócio era gola rolet, sapato cavalo de aço (alto, com a sola branca) e calça boca de sino (risos) - brinca.
- Aquela camisa aberta, com os pelos aparecendo... - rebate Jefferson, arrancando gargalhadas.
A exceção da troca de desenho fica por conta justamente do camisa 1,
que na última vez, há 15 dias, resolveu homenagear a esposa com os
dizeres "Te amo Michele" na parte de trás da cabeça. Segundo ele, o
sucesso e a demora para o cabelo crescer o impediram de tirar tão
rapidamente. Renan, que costuma fazer riscos aleatórios, como batimentos
cardíacos e até um zíper, foi posto em xeque por Thaís, sua esposa, que
se comunica com a do parceiro via internet.
- Quando a Michele falou que gostou, como ficou, a cobrança começou... - revelou Renan, que não sabe nem classificar suas escolhas.
- São mensagens... do além, acho (risos). Não tem muito sentido, mas o gostoso é a hora, a expectativa do que vai ser. Fábio Ferreira, debaixo daquele moicano, Antônio Carlos e Caio também fazem algo parecido de vez em quando - lembrou.
Apesar das ideias curiosas, a dupla é discreta fora dos campos. E transforma a moda - cujo pioneiro foi o zagueiro André Luis, em 2008 - em uma maneira de estar atualizados.
- Não curtimos tatuagens no corpo, por exemplo, aí o jeito foi criar as tatuagens temporárias na cabeça. Lembro que o André Luis, sempre que perguntavam o que siginificava, dizia a mesma coisa: "é o colapso nervoso, tchê" - diverte-se Renan.
Cabeça boa na hora de esperar
A ótima relação maquia o fato de que ambos disputam posição no time. O que jamais foi um problema. Pelo contrário, assegura o camisa 12. O exemplo de Jefferson, constantemente convocado para a Seleção Brasileira a partir dos 27 anos, é observado com atenção.
- Sei que a oportunidade vai voltar a surgir, mas sem pressa, a posição de goleiro é assim. A melhor fase dele começou depois de um tempo, após se afirmar. Tenho a cabeça no lugar, os conselhos do Jefferson me ajudam também e o carinho da torcida do Botafogo tranquiliza - disse Renan, de apenas 22 anos e com mais de 70 partidas pelo profissional.
- A hora dele vai chegar, tudo tem seu tempo. Toda vez que saio para a Seleção, ele faz um grande trabalho. Tenho certeza de que está no caminho certo - atesta Jefferson.
O duelo com o Bonsucesso, neste sábado, no Engenhão, vem precedido de quase 24 horas de concentração. O que será que vai surgir na cabeça da dupla? Nem eles mesmo
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/02/cabeca-feita-goleiros-do-botafogo-se-unem-nos-penteados-e-reforcam-moda.html
Tudo é devidamente registrado por fotos e, claro, brincadeiras dos companheiros. Mais importante ainda é ter a aprovação em casa, lembram, e também da comissão técnica. O preparador de goleiros, Flávio Tenius, "abençoa" as cabeças dos pupilos, não vê mal na arte, mas ressalta que o profissionalismo tem de estar acima de tudo. E, quanto a isso, não tem dúvidas.
Preparador Flávio Tenius 'abençoa' a cabeça dos pupilos (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)
- Já eu fico mais na minha, não sou tão criativo. Na minha época não tinha isso. O negócio era gola rolet, sapato cavalo de aço (alto, com a sola branca) e calça boca de sino (risos) - brinca.
- Aquela camisa aberta, com os pelos aparecendo... - rebate Jefferson, arrancando gargalhadas.
Dois dos últimos cortes de cabelo do goleiro Renan
(Foto: Reprodução / Arquivo pessoal)
(Foto: Reprodução / Arquivo pessoal)
- Quando a Michele falou que gostou, como ficou, a cobrança começou... - revelou Renan, que não sabe nem classificar suas escolhas.
- São mensagens... do além, acho (risos). Não tem muito sentido, mas o gostoso é a hora, a expectativa do que vai ser. Fábio Ferreira, debaixo daquele moicano, Antônio Carlos e Caio também fazem algo parecido de vez em quando - lembrou.
Apesar das ideias curiosas, a dupla é discreta fora dos campos. E transforma a moda - cujo pioneiro foi o zagueiro André Luis, em 2008 - em uma maneira de estar atualizados.
- Não curtimos tatuagens no corpo, por exemplo, aí o jeito foi criar as tatuagens temporárias na cabeça. Lembro que o André Luis, sempre que perguntavam o que siginificava, dizia a mesma coisa: "é o colapso nervoso, tchê" - diverte-se Renan.
Jefferson exibe o ousado corte 'amoroso' em homenagem à esposa (Foto: Arquivo Pessoal)
A ótima relação maquia o fato de que ambos disputam posição no time. O que jamais foi um problema. Pelo contrário, assegura o camisa 12. O exemplo de Jefferson, constantemente convocado para a Seleção Brasileira a partir dos 27 anos, é observado com atenção.
- Sei que a oportunidade vai voltar a surgir, mas sem pressa, a posição de goleiro é assim. A melhor fase dele começou depois de um tempo, após se afirmar. Tenho a cabeça no lugar, os conselhos do Jefferson me ajudam também e o carinho da torcida do Botafogo tranquiliza - disse Renan, de apenas 22 anos e com mais de 70 partidas pelo profissional.
- A hora dele vai chegar, tudo tem seu tempo. Toda vez que saio para a Seleção, ele faz um grande trabalho. Tenho certeza de que está no caminho certo - atesta Jefferson.
O duelo com o Bonsucesso, neste sábado, no Engenhão, vem precedido de quase 24 horas de concentração. O que será que vai surgir na cabeça da dupla? Nem eles mesmo
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/02/cabeca-feita-goleiros-do-botafogo-se-unem-nos-penteados-e-reforcam-moda.html
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