Companheiras elogiam a volta da levantadora, que aos 41 anos é comparada a Romário por Fabi; Mari aposta que com ela será difícil marcar a equipe
Antes, as queixas se voltavam todas para o pai. Julia não se conformava
com a ausência de Bernardinho em suas festas juninas. Mal sabia que
também não veria mais a mãe nos eventos. De volta às quadras, Fernanda
já ouviu poucas e boas da filha mais velha, que irá fazer sua
apresentação de jazz em meados de dezembro, mas apenas para os outros
integrantes da família. Os pais terão compromisso na Superliga, diante
do Sesi, no dia 10. Se Julia reclama, as jogadoras do Rio de Janeiro
agradecem. Acreditam que com a ajuda da experiente levantadora, a vida
das adversárias ficará mais difícil e o caminho da equipe até o oitavo
título mais curto.
Com a experiência de quem já levou os puxões de orelhas de Fernanda nos tempos em que ainda era juvenil, Mari não se esquece até hoje das palavras que ouviu da ex-companheira de seleção brasileira. Apesar da dureza de muitas delas, sabe que todas foram ditas para seu crescimento.
- Temos uma levantadora experiente, que vai fazer nosso time jogar e
será muito complicado nos marcar. É uma jogadora extraordinária, que tem
o jeito dela. É uma pessoa fria como eu em quadra, mas que você percebe
que está ali se dando para o jogo. Vai falar o que você não quer ouvir,
vai colocar o dedo na ferida e, se não quiser, pede para sair. Acho
isso bom nela. Fernanda é sem frescura, resolve todo o problema ali.
Joguei com ela quando era juvenil e depois como adulta. E ela podia me
esculachar. Falava: "Vou te dar um choque pra você acordar". O bom é
que bate, mas também assopra. E isso é sinal de que se importa com você.
Porque quando não gosta, deixa de lado mesmo - diz Mari.
Fernanda gosta da fama de exigente. Abre um sorriso e diz que dá bronca mesmo sempre que sente alguém fazendo corpo mole. Já percebeu que algumas companheiras ainda estão sentindo dificuldades para se adaptar ao jogo mais veloz que ela se propõe a fazer e que Mari, Sheilla e Juciely tanto gostam. Se à beira da quadra Bernardinho era a voz firme, dentro das quatro linhas ganhará eco com a esposa.
- Nessa volta encontrei meninas mais fortes, saltando mais. O Brasil deu uma crescida fisicamente. O resto é tudo igual. Eu tenho acelerado o jogo e a Juliana vem sofrendo. Eu fico falando que com balão não se vai a lugar nenhum. O time vai ser rápido e jogar no estilo que gosto. Mari não é mais a mesma de cinco anos atrás, com Sheilla nunca joguei, assim como com Natália e Juciely. Temos uma potência de ataque muito grande. Acho muito legal fazer parte do crescimento delas. Tenho que dar força para todas e não tantas broncas - sorri a levantadora.
Aos 41 anos, ela vem se preparando para aguentar a maratona de jogos. O problema no joelho é controlado, assim como os treinos também. Encarar 2h30m de treinamento com a intensidade exigida por Bernardinho é algo que não está nos planos. Fernanda fará um pouco menos para poder aguentar a pedreira, como ela mesma diz.
- A experiência ajuda muito, e o que eu preciso agora é de jogar para ter mais precisão. Já fiz três partidas pelo Carioca, mas estou apreensiva para que chegue logo a Superliga. Odeio treinar. Se pudesse só jogar seria perfeito - diverte-se.
Com um quê de Romário, Fernanda é comparada ao Baixinho por Fabi. Mesmo
no período em que ficou fora do país com a seleção - no Pan de
Guadalajara e na Copa do Mundo do Japão -, a líbero recebeu informações
de que a levantadora anda mostrando a mesma eficiência dos velhos
tempos.
- Já disseram que ela está colocando a bola no mesmo lugar. Ter Fernanda como reforço é uma motivação para nós este ano, assim como a chegada da Natália. Muitas não tiveram a oportunidade de jogar com ela ou até de vê-la em quadra. Fomos companheiras de equipe em 2001 (no Vasco) e na Superliga 2005/2006, quando se despediu. É legar ver essa integração e ver que é possível voltar aos 41 anos. Ela sempre se cuidou, teve poucas lesões, e é como o Romário para bater um pênalti hoje: vai saber o que está fazendo. A eficiência dela torna jogadas simples em espetaculares. E isso não vai mudar - elogia.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/11/exigente-e-durona-fernanda-e-uma-das-motivacoes-do-rio-de-janeiro.html
Com a experiência de quem já levou os puxões de orelhas de Fernanda nos tempos em que ainda era juvenil, Mari não se esquece até hoje das palavras que ouviu da ex-companheira de seleção brasileira. Apesar da dureza de muitas delas, sabe que todas foram ditas para seu crescimento.
Mari e Fabi apostam na experiência de Fernanda para ajudar na conquista do octa (Foto: Luiz Doro / adorofoto)
Fernanda gosta da fama de exigente. Abre um sorriso e diz que dá bronca mesmo sempre que sente alguém fazendo corpo mole. Já percebeu que algumas companheiras ainda estão sentindo dificuldades para se adaptar ao jogo mais veloz que ela se propõe a fazer e que Mari, Sheilla e Juciely tanto gostam. Se à beira da quadra Bernardinho era a voz firme, dentro das quatro linhas ganhará eco com a esposa.
- Nessa volta encontrei meninas mais fortes, saltando mais. O Brasil deu uma crescida fisicamente. O resto é tudo igual. Eu tenho acelerado o jogo e a Juliana vem sofrendo. Eu fico falando que com balão não se vai a lugar nenhum. O time vai ser rápido e jogar no estilo que gosto. Mari não é mais a mesma de cinco anos atrás, com Sheilla nunca joguei, assim como com Natália e Juciely. Temos uma potência de ataque muito grande. Acho muito legal fazer parte do crescimento delas. Tenho que dar força para todas e não tantas broncas - sorri a levantadora.
Aos 41 anos, ela vem se preparando para aguentar a maratona de jogos. O problema no joelho é controlado, assim como os treinos também. Encarar 2h30m de treinamento com a intensidade exigida por Bernardinho é algo que não está nos planos. Fernanda fará um pouco menos para poder aguentar a pedreira, como ela mesma diz.
- A experiência ajuda muito, e o que eu preciso agora é de jogar para ter mais precisão. Já fiz três partidas pelo Carioca, mas estou apreensiva para que chegue logo a Superliga. Odeio treinar. Se pudesse só jogar seria perfeito - diverte-se.
Fernanda com suas novas companheiras: Natália, Sheilla e Juciely (Foto: Daniele Rocha / Globoesporte.com)
- Já disseram que ela está colocando a bola no mesmo lugar. Ter Fernanda como reforço é uma motivação para nós este ano, assim como a chegada da Natália. Muitas não tiveram a oportunidade de jogar com ela ou até de vê-la em quadra. Fomos companheiras de equipe em 2001 (no Vasco) e na Superliga 2005/2006, quando se despediu. É legar ver essa integração e ver que é possível voltar aos 41 anos. Ela sempre se cuidou, teve poucas lesões, e é como o Romário para bater um pênalti hoje: vai saber o que está fazendo. A eficiência dela torna jogadas simples em espetaculares. E isso não vai mudar - elogia.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/11/exigente-e-durona-fernanda-e-uma-das-motivacoes-do-rio-de-janeiro.html
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