Com formato de pontuação criticado, Superliga feminina é lançada em SP

Edição 2011/2012 adotará sistema usado pela Federação Internacional nas últimas competições. Campeonato terá rodada de estreia no dia 9 de dezembro

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo

 

No salão de entrada, estátuas vivas faziam a alegria das jogadoras. No palco, o lançamento teve direito a números de mágica, com a ponteira Natália, do Rio de Janeiro, em um truque de cartas, e o técnico Luizomar de Moura, do Osasco, mostrando coragem ao encarar a guilhotina. Assim, com festa, a Superliga feminina de vôlei 2011/2012 foi apresentada com a promessa de ser a edição mais forte dos últimos anos, com a chegada de uma nova equipe, o Sesi, e o retorno de Fernanda Venturini, levantadora do Rio de Janeiro, atual campeão. A mudança da fórmula de pontuação do campeonato, que começa no dia 9 de dezembro, no entanto, gerou reclamações de algumas jogadoras durante o evento, em São Paulo.

No novo formato, que segue as últimas competições da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), como a Copa do Mundo, uma vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 vale três pontos, enquanto um trinfo por 3 sets a 2 vale dois pontos para o time vencedor e um para o perdedor. De volta às quadras, Fernanda Venturini foi uma das jogadoras que não concordaram com a mudança.

Jogadoras e técnicos posam para foto no lançamento da Superliga (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)

 

- Talvez seja uma questão de adaptação. Eu sou a favor do ganhar e do perder. Ganhou, leva três pontos. Perdeu, não leva nada. Não deveria ser assim. Mas, já que é assim, temos de nos adaptar.
Presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça defendeu a nova fórmula.

- É uma tendência no mundo inteiro. Só vai funcionar a longo prazo. A curto prazo, não vai ser fácil. Então, tem de ter paciência.

Algumas jogadoras foram pegas de surpresa com a mudança. Dani Lins, do Sesi e da seleção brasileira, por exemplo, só foi avisada na festa de lançamento.

Luizomar de Moura, do Osasco, participa de truquede mágica (Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)

 

- É um campeonato complicado. Vamos ter que trabalhar bastante. Eu fiquei sabendo da mudança hoje. Eu não gosto desse tipo de formato. Mas se está vindo de fora, temos de nos adaptar. Eles que mandam – brincou a levantadora.

Apesar do formato, as equipes apostam em um campeonato equilibrado. Serão 151 jogos no total, com 12 equipes. Na fase de classificação, com turno e returno, oito equipes avançam aos playoffs, definidos em três jogos. A final está marcada para o dia 14 de abril, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

- Depois de todas as dificuldades e problemas no ano passado e neste ano, espero um ano melhor em 2012. E quero ser campeã, já está na hora – brincou Jaqueline, uma das principais jogadoras do Osasco, atual vice-campeão da Superliga.

A líbero Fabi, do Rio de Janeiro, diz que a Superliga será uma forma de se preparar para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. Para ela, o alto nível da competição vai ajudar na preparação para o Pré-Olímpico Sul-Americano, em maio de 2012. Com a queda na Copa do Mundo, a seleção feminina ainda não tem vaga garantida nos Jogo

- Vai ser uma Superliga diferente por causa da proximidade com os Jogos. Muitas jogadoras vindo de fora do país também, vai ser bom para ficar de olho em todas. As Olimpíadas começam na Superliga.

Confira as equipes participantes:
Rio de Janeiro (atual campeão)
Osasco
Vôlei Futuro
Pinheiros
Minas
Macaé
Praia Clube
São Bernardo
Rio do Sul
Mackenzie
São Caetano
Sesi

Rodada de abertura:
09/12

São Caetano x Osasco (São Caetano)
Mackenzie x Vôlei Futuro (Belo Horizonte)
Rio do Sul x Pinheiros (Rio do Sul-SC)
São Bernardo x Minas (São Bernardo)
Paaia Clube x Macaé (Uberlândia)

10/12

Rio de Janeiro x Sesi (Rio de Janeiro)

 FONTE:
 http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/11/com-formato-de-pontuacao-criticado-superliga-feminina-e-lancada-em-sp.html