Não foi a estreia que o Brasil esperava. Nem tanto pelo placar, um 3 a 1
com mais sofrimento do que o normal. Mas pelo susto com uma das
principais jogadoras deixando a quadra de maca, direto para o hospital.
Na vitória sobre a República Dominicana, com parciais de 25/22, 21/25,
25/16 e 25/20, a ponteira Jaqueline bateu de cabeça com a líbero Fabi e
levou a pior. Aos prantos, saiu com o pescoço imobilizado, e no ginásio
em Gauadalajara as meninas jogaram por ela. Garantiram o resultado e
superaram o primeiro obstáculo no caminho para o ouro dos Jogos
Pan-Americanos.
Jaqueline saltou para um bloqueio no início do segundo set e, na
quadra, se desequilibrou. Bateu com a nuca na cabeça de Fabi, que
mergulhava para dar um peixinho. Chorando, a ponteira não chegou a ficar
desacordada, mas deixou a quadra de maca e foi levada à ambulância. No
hospital Real San Jose, foi submetida a uma tomografia computadorizada,
uma ressonância magnética e testes de sensibilidade.
- As primeiras informações são de que ela está bem e consciente. O que ela teve foi um choque no local, uma concussão cerebral. Ainda não sabemos o que ocorreu, mas vamos avaliar novamente em 24 horas. É possível a recuperação antes do fim do Pan, mas tudo que eu estou falando não é objetivo, são só suposições. Precisamos avaliar o estado dela - afirmou o médico da seleção, Julio Nardelli.
No início da madrugada, o Comitê Olímpico Brasileiro informou, pelo twitter, que a jogadora "está lúcida e conversa com a equipe médica brasileira". O dirigente Marcus Vinicius Freire foi para o hospital e acompanhou o atendimento à jogadora. A líbero Fabi afirmou que, ainda na quadra, as jogadoras foram informadas de que a companheira estava bem.
- Ouvir que ela está bem tranquiliza o time inteiro. Foi uma jogada bem
inusitada. Ela estava de costas, e eu de frente. Nem ela me viu, nem eu
a vi. Foi uma pancada forte, eu também senti um enjôo. De repente, para
ela, foi mais pesado, porque ela é mais sensível. Esperamos encontra-la
na Vila para saber se está tudo bem - disse a jogadora.
Jogo equilibrado
Na quadra, o primeiro set começou equilibrado, mas o Brasil conseguiu abrir 8/4 num ataque de Sheilla. Explorando o bloqueio brasileiro, as dominicanas conseguiram empatar em 10/10. Mas foi nos erros das rivais que a equipe verde-amarela retomou o controle do set. Ainda sofreu uma pressão na parte final, mas fechou em 25/22, quando Nuñez sacou para fora.
Veio o segundo set, e com ele a pane. O Brasil errou muito no ataque, e a Dominicana fez 4/0. Quando o placar estava 5/1, o susto. Jaqueline subiu para um bloqueio e, na queda, se desequilibrou. A ponteira bateu a nuca na cabeça de Fabi, que tentava salvar a bola com um peixinho. As duas levaram as mãos às cabeças, com muita dor, e Jaqueline levou a pior. Com o pescoço imobilizado, ela deixou a quadra de maca, acompanhada pelo técnico José Roberto Guimarães.
O episódio poderia ter desanimado as brasileiras, mas elas buscaram força para reagir. Igualaram o placar e mantiveram o set equilibrado até o fim. No fim das contas, no entanto, os erros voltaram a aparecer, e as dominicanas fecharam em 25/21, igualando a partida.
Na terceira parcial, as meninas do Brasil entraram dispostas a resolver
a parada. Chegaram a abrir 10/1. No ritmo da líbero Castillo, que
defendia todas as bolas, a Dominicana reagiu e carregou com ela a
torcida. A diferença caiu para 21/16, e Zé Roberto foi obrigado a pedir
tempo. Fernanda Garay levou um pisão de uma rival que invadiu por baixo
da rede e torceu o tornozelo direito. Foi a senha para Paula Pequeno
fazer sua estreia no Pan. Àquela altura, o Brasil já comandava o placar
de novo e, num ataque para fora das adversárias, fechou em 25/16.
O quarto set não teve moleza. O Brasil só conseguiu garantir um certo conforto depois da metade da parcial, quando abriu 16/12. As dominicanas, só para não perder o hábito, ameaçaram de novo uma reação, mas não deu. As meninas de Zé Roberto mantiveram a cabeça no lugar e fecharam a parcial em 25/20.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/meninas-do-volei-vencem-mas-jaqueline-bate-cabeca-e-assusta.html
Jaqueline deixa a quadra com o pescoço imobilizado (Foto: Luis Pires/Vipcomm/Divulgação)
- As primeiras informações são de que ela está bem e consciente. O que ela teve foi um choque no local, uma concussão cerebral. Ainda não sabemos o que ocorreu, mas vamos avaliar novamente em 24 horas. É possível a recuperação antes do fim do Pan, mas tudo que eu estou falando não é objetivo, são só suposições. Precisamos avaliar o estado dela - afirmou o médico da seleção, Julio Nardelli.
No início da madrugada, o Comitê Olímpico Brasileiro informou, pelo twitter, que a jogadora "está lúcida e conversa com a equipe médica brasileira". O dirigente Marcus Vinicius Freire foi para o hospital e acompanhou o atendimento à jogadora. A líbero Fabi afirmou que, ainda na quadra, as jogadoras foram informadas de que a companheira estava bem.
Fabi e Jaqueline na hora do choque, no início do
2º set (Foto: Luis Pires/Vipcomm/Divulgação)
2º set (Foto: Luis Pires/Vipcomm/Divulgação)
Jogo equilibrado
Na quadra, o primeiro set começou equilibrado, mas o Brasil conseguiu abrir 8/4 num ataque de Sheilla. Explorando o bloqueio brasileiro, as dominicanas conseguiram empatar em 10/10. Mas foi nos erros das rivais que a equipe verde-amarela retomou o controle do set. Ainda sofreu uma pressão na parte final, mas fechou em 25/22, quando Nuñez sacou para fora.
Veio o segundo set, e com ele a pane. O Brasil errou muito no ataque, e a Dominicana fez 4/0. Quando o placar estava 5/1, o susto. Jaqueline subiu para um bloqueio e, na queda, se desequilibrou. A ponteira bateu a nuca na cabeça de Fabi, que tentava salvar a bola com um peixinho. As duas levaram as mãos às cabeças, com muita dor, e Jaqueline levou a pior. Com o pescoço imobilizado, ela deixou a quadra de maca, acompanhada pelo técnico José Roberto Guimarães.
O episódio poderia ter desanimado as brasileiras, mas elas buscaram força para reagir. Igualaram o placar e mantiveram o set equilibrado até o fim. No fim das contas, no entanto, os erros voltaram a aparecer, e as dominicanas fecharam em 25/21, igualando a partida.
Mari ataca contra o bloqueio dominicano: vitória brasileira na estreia (Foto: Luis Pires/Vipcomm/Divulgação)
O quarto set não teve moleza. O Brasil só conseguiu garantir um certo conforto depois da metade da parcial, quando abriu 16/12. As dominicanas, só para não perder o hábito, ameaçaram de novo uma reação, mas não deu. As meninas de Zé Roberto mantiveram a cabeça no lugar e fecharam a parcial em 25/20.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/meninas-do-volei-vencem-mas-jaqueline-bate-cabeca-e-assusta.html
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