Volante, que nunca ficou fora de um jogo oficial por causa de indisciplina em campo, pede atenção aos clubes com a formação de seus jogadores na base
Trinta e dois anos, dezesseis de carreira e nenhuma suspensão. A
disciplina de Renato impressiona, ainda mais levando-se em consideração
que o jogador do Botafogo atua em uma posição de marcação. Em um futebol
recheado de faltas (a média do Brasileiro é de 35,7 por jogo), o
volante se destaca não só pela qualidade técnica apregoada pelo técnico
Caio Júnior e por seus colegas, mas também pelo jogo limpo. Em 17 jogos
na atual edição do torneio nacional, o jogador cometeu apenas 24 faltas
(média de 1,3 por jogo).
A média parece ainda melhor se comparada com jogadores que atuam na mesma posição e foram recentemente convocados para a Seleção. Ralf, do Corinthians, em 25 jogos cometeu 44 faltas (média de 1,7); Rômulo, do Vasco, fez 39 em 24 duelos (média de 1,6); e Renato Abreu, do Flamengo, cometeu 49 infrações em 26 jogos (média de 1,8). Do trio, apenas o volante vascaíno tem o mesmo número de amarelos de Renato (dois). Os outros já foram advertidos cinco vezes cada um.
Os números mostram a filosofia que o jogador sempre deixou clara: marcar sem fazer faltas. Parece uma teoria simples, mas na pratica nem sempre é fácil de executar. Por isso, Renato revela alguns segredos que o ajudam em campo.
- Tem que ter calma. Muitas faltas são cometidas na afobação, principalmente pelo pessoal que joga mais na frente e não tem tanto o hábito de marcar. Mesmo quando é necessário fazer falta, tem que ser sem violência. Não adianta dar carrinho na ânsia de tirar a bola porque pode acabar machucando o colega. E tem que se posicionar bem.
Renato rechaça a hipótese de que alguns jogadores possam cometer propositalmente faltas mais duras sobre seus adversários para intimidá-los. Para o volante, as jogadas mais ríspidas são resultado de outros fatores.
- Às vezes, há imprudência. No calor do jogo, a pessoa faz alguma coisa sem pensar. Mas não acredito que ninguém entre em campo para machucar o companheiro de profissão. Acredito no respeito entre as pessoas acima de tudo.
Para o jogador, as divisões de base dos clubes têm o dever de ensinar
aos seus pequenos atletas as noções corretas de marcação e respeito ao
adversário.
- Eu jogava como meia na base e depois fui recuado. Acho que por isso que não peguei aquela coisa de ter que roubar a bola de qualquer jeito. Mas os treinadores das categorias inferiores têm que ter a preocupação de ensinar o jogo limpo e o respeito aos colegas. Contato no futebol sempre vai existir, as faltas também, mas o mais importante é que isso seja natural e sem desrespeito. Quanto menos faltas um jogo tiver, melhor.
À beira da primeira suspensão
Apesar do seu histórico, Renato está perto de ficar suspenso pela
primeira vez na carreira. Com dois cartões amarelos, o jogador terá que
se esforçar muito para não ser punido até a ultima rodada do Brasileiro.
O volante, entretanto, diz que está preparado para ficar fora pela
primeira vez.
- Vai ser muito ruim, mas é uma coisa normal, não é? Se acontecer, vou fazer o quê? Mas espero que não aconteça.
Com Renato em campo, o Botafogo encara o Bahia, neste sábado. O jogo contra o Tricolor será disputado a partir das 18h (horário de Brasília). Por conta do show do cantor Justin Bieber, a partida será realizada em São Januário.
Em 16 anos de carreira, Renato nunca foi suspenso (Foto: Thiago Fernandes/Globoesporte.com)
A média parece ainda melhor se comparada com jogadores que atuam na mesma posição e foram recentemente convocados para a Seleção. Ralf, do Corinthians, em 25 jogos cometeu 44 faltas (média de 1,7); Rômulo, do Vasco, fez 39 em 24 duelos (média de 1,6); e Renato Abreu, do Flamengo, cometeu 49 infrações em 26 jogos (média de 1,8). Do trio, apenas o volante vascaíno tem o mesmo número de amarelos de Renato (dois). Os outros já foram advertidos cinco vezes cada um.
Os números mostram a filosofia que o jogador sempre deixou clara: marcar sem fazer faltas. Parece uma teoria simples, mas na pratica nem sempre é fácil de executar. Por isso, Renato revela alguns segredos que o ajudam em campo.
- Tem que ter calma. Muitas faltas são cometidas na afobação, principalmente pelo pessoal que joga mais na frente e não tem tanto o hábito de marcar. Mesmo quando é necessário fazer falta, tem que ser sem violência. Não adianta dar carrinho na ânsia de tirar a bola porque pode acabar machucando o colega. E tem que se posicionar bem.
Renato rechaça a hipótese de que alguns jogadores possam cometer propositalmente faltas mais duras sobre seus adversários para intimidá-los. Para o volante, as jogadas mais ríspidas são resultado de outros fatores.
- Às vezes, há imprudência. No calor do jogo, a pessoa faz alguma coisa sem pensar. Mas não acredito que ninguém entre em campo para machucar o companheiro de profissão. Acredito no respeito entre as pessoas acima de tudo.
Os números de Renato no Brasileirão | |
---|---|
Jogos | 17 |
Faltas cometidas | 24 |
Faltas recebidas | 16 |
Assistências | 5 |
Cartões amarelos | 2 |
Cartões vermelhos | 0 |
- Eu jogava como meia na base e depois fui recuado. Acho que por isso que não peguei aquela coisa de ter que roubar a bola de qualquer jeito. Mas os treinadores das categorias inferiores têm que ter a preocupação de ensinar o jogo limpo e o respeito aos colegas. Contato no futebol sempre vai existir, as faltas também, mas o mais importante é que isso seja natural e sem desrespeito. Quanto menos faltas um jogo tiver, melhor.
À beira da primeira suspensão
Renato conquistou colegas com jeito simples
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
- Vai ser muito ruim, mas é uma coisa normal, não é? Se acontecer, vou fazer o quê? Mas espero que não aconteça.
Com Renato em campo, o Botafogo encara o Bahia, neste sábado. O jogo contra o Tricolor será disputado a partir das 18h (horário de Brasília). Por conta do show do cantor Justin Bieber, a partida será realizada em São Januário.
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