segunda-feira, 6 de junho de 2011

Viçosa, duas vezes 9, dá vitória ao Grêmio: 2 a 0 sobre o Bahia

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A


Jogador segue ensinamentos de Renato Gaúcho e marca dois gols típicos de centroavante contra um adversário de rendimento pobre



Por Alexandre Alliatti Porto Alegre

junior viçosa  grêmio x bahia (Foto: Wesley Santos/Pressdigital)Aplausos para Viçosa: Grêmio vence no Olímpico
(Foto: Wesley Santos/Pressdigital)

Júnior Viçosa leva às costas o número 29, como se quisesse ser duas vezes 9, duas vezes centroavante. E foi. Pelo menos neste domingo, foi um duplo: duas vezes na frente do gol, duas bolas na rede, duas comemorações. Com o atacante em tarde de um brilho não exatamente habitual, o Grêmio foi superior ao Bahia, venceu por 2 a 0 no Olímpico e saltou na tabela, já de olho na zona de classificação para a Libertadores.
O inverso da moeda é a situação dos tricolores baianos. Ainda esperançoso de que medalhões como Carlos Alberto e Ricardinho resolvam a pobreza técnica da equipe, o Bahia teve mais insistência do que competência. Mereceu perder e, como consequência, começou a ser sufocado pela tabela: tem apenas um ponto, na área de queda para a Série B.
Os dois gols de Júnior Viçosa foram marcados ainda no primeiro tempo. O jogo marcou a estreia de Marquinhos pelo Grêmio. Ele foi a campo na etapa final.
Os gaúchos voltam a campo no sábado. Encaram o São Paulo no Morumbi. O Bahia, no domingo, recebe o Atlético-MG.

Renato ensina, Viçosa aprende: 2 a 0 no primeiro tempo
Manhã de sábado, Olímpico, tradicional treino recreativo de vésperas de partidas. Bola alçada na área. Renato Portaluppi, dois quilômetros à frente do última zagueiro (mas desde quando chefe fica impedido?), desvia de cabeça. Bola na rede. Imediatamente, o técnico olha para Júnior Viçosa e aponta para o gol, como quem diz: “Viu como se faz?”.
Viu, sim. Pois foi justamente Júnior Viçosa, com dois gols no primeiro tempo, o desenhista da vitória azul. Ainda longe de ter com a bola o mesmo relacionamento que o treinador tinha nos tempos de boleiro, o atacante teve oportunismo. Fez dois gols típicos de centroavante: um de cabeça, outro com o pé, ambos a poucos centímetros do gol.
Foi justo o resultado final do primeiro tempo. E muito mais pela fraqueza do Bahia do que pela qualidade do Grêmio, em tarde competente, mas não mais do que isso. O time gaúcho teve a bênção do relógio: pulou na frente cedo, com cinco minutos, após toque de calcanhar de Fernando, cruzamento de Mário Fernandes e desvio de cabeça de Viçosa.
O time nordestino ainda não teve suas duas principais contratações, Carlos Alberto e Ricardinho, em processo de condicionamento físico. Contando com a criação de Lulinha, a correria de Jobson e algum surto produtivo de Souza, o Tricolor de Salvador ficou a ver navios no gramado do Olímpico. Teve uma chance com Jobson, em boa defesa de Marcelo Grohe, e outra com Souza, em cabeceio fraco. Só.
O Grêmio foi mais produtivo. Escudero, no losango do meio-campo, ocupou o lugar de Lúcio, vetado, com dores nas costelas. Foi bem o argentino. Na direita, Mário Fernandes contribuiu com chegadas fortes ao ataque. Chamou a atenção o desempenho dissonante de Lins. Depois de muito bater boca com a bola, ele participou da jogada do segundo gol de Júnior Viçosa. Pela esquerda de ataque, tabelou com Escudero e acionou o artilheiro da tarde, que só completou para a rede.

Crescimento inútil do Bahia; Marquinhos estreia
O Bahia voltou melhor para o segundo tempo. O time de René Simões conseguiu se apossar do campo de ataque, rondou a área gremista, colecionou escanteios. Mas foi pouco efetivo. A contrapartida foi o perigo do Grêmio nos contra-ataques. O resultado ficou em vias de engordar. Mas não aconteceu.
Foi curiosa a postura do treinador do Tricolor de Salvador. Com sua equipe perdendo o jogo e apresentando soluções quase nulas, ele só mexeu em sua equipe depois dos 30 minutos. As entradas de Maranhão e Rafael estiveram longe de resolver os problemas dos visitantes. O melhor momento do Bahia no segundo tempo (e em toda a partida) foi uma cobrança de falta de Ávine, no travessão de Grohe.
O Grêmio, na base da velocidade, poderia ter ampliado. Viçosa teve sua chance, em pancada cruzada. Lins também, mas o desvio foi fraco. Para os quase 20 mil gremistas que foram ao Olímpico, a maior atração da etapa final foi a estreia de Marquinhos.
O reforço azul, buscado no Avaí, demonstrou o bom toque de bola que fez o Grêmio contratá-lo. Mas não teve tempo para produzir nada de excepcional. Afinal, o jogo estava praticamente garantido para os gaúchos, na vitória desenhada por Júnior Viçosa, duas vezes 9, duas vezes centroavante.
GRÊMIO 2 X 0 BAHIA
Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Saimon, Rafael Marques e Neuton; Fábio Rochemback, Fernando, Escudero (Gabriel) e Douglas; Lins (Leandro) e Júnior Viçosa (Marquinhos). Marcelo Lomba, Gabriel, Danny Morais, Titi e Ávine (Marcos); Fahel, Marcone, Camacho e Lulinha (Maranhão); Jobson e Souza (Rafael).
T: Renato Gaúcho T: René Simões
Local: Olímpico, em Porto Alegre (RS). Data: 05/06/2011. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ). Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ).
Gols: Júnior Viçosa, aos cinco e aos 32 minutos do primeiro tempo;
Cartões amarelos: Souza, Camacho (Bahia); Fernando (Grêmio).
Público: 18.693. Renda: R$ 277.682,00

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/06/vicosa-duas-vezes-9-da-vitoria-ao-gremio-2-0-sobre-o-bahia.html

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