Tricolor joga pela segunda vez na história em um dos estádios mais tradicionais do futebol, palco de duas finais de Copas e da ‘Mano de Diós’
A distância do Rio de Janeiro e o pequeno número de torcedores podem até deixar clara a postura de visitante do Fluminense na partida contra o América do México, nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), pela terceira rodada do Grupo 3 da Libertadores. Entretanto, o simples fato de ser do Brasil é capaz de fazer com que o Tricolor se sinta em casa no palco onde foi escrita uma das mais belas páginas da história do futebol brasileiro: o Azteca.
Considerado um dos mais tradicionais do mundo, o estádio mexicano nasceu com a vocação para a eternidade. Sede principal de duas Copas do Mundo, foi ele quem deu adeus a Pelé e boas vindas a Maradona no cenário mundial. E os feitos da dupla estão marcados na gigantesca estrutura que é capaz de receber 105.064 torcedores – o terceiro maior do planeta atualmente.
Foi nele que o Rei do Futebol se despediu de Mundiais, no dia 21 de junho de 1970. Esta, inclusive, foi a única exibição brasileira no estádio na história das Copas. Mas quem disse que precisava de mais? Com o 4 a 1 sobre a Itália, a equipe canarinho conquistou o tricampeonato mundial com aquela que é considerada a melhor seleção de todas. Como se não bastasse, foi no Azteca, a esquerda das cabines de imprensa, que Carlos Alberto Torres marcou aquele que também é considerado um dos gols mais bonitos de todos os tempos, o quarto contra os italianos.
No elenco tricolor, apenas Souza já teve a experiência de pisar no gramado do estádio mexicano, pelo São Paulo, na semifinal da Libertadores de 2006, contra o Chivas. A partida acabou 1 a 0 para os brasileiros, e nunca mais saiu da mente do apoiador.
- É a mesma coisa que acontece quando os caras vão jogar no Maracanã. Há estádios que por si só criam um nome, uma história. Tive esta oportunidade, está guardada na minha cabeça, e graças a Deus venci. Espero que não só como o Maradona, Carlos Alberto e o Brasil, o Fluminense também possa ter muita sorte neste estádio.
Se para Souza retornar ao Azteca é especial, para os debutantes a emoção é ainda maior. Diguinho, por exemplo, deixou claro que reviverá seus momentos de torcedor antes de começar a partida.
- É diferente. Como temos o Maracanã, eles têm o Azteca. É sempre bom fazer espetáculo em um palco desses. Fico feliz por pisar pela primeira vez neste estádio. Vai dá até para dar uma tietada, tirar uma foto, marcar a lembrança. Não é qualquer um que joga aqui.
O sentimento é o mesmo de Marquinho. Mais uma vez titular de Muricy Ramalho, o apoiador se disse privilegiado por jogar onde o Brasil fez história.
- Fico muito honrado com isso. Sou muito feliz por estar em um grande clube, vestindo uma camisa que tem tradição, e por jogar em estádios onde muita gente queria ao menos ter entrado. Vai ser algo grandioso. Muitos craques passaram por lá. Espero fazer a minha história também.
Honra dos tricolores por pisarem no Azteca. Honra dos mexicanos pela história que os brasileiros construíram por lá. Nos corredores do estádio, lembranças em verde amarelo são vistas facilmente. Desde imagens de Pelé comemorando a conquista de 1970, até autógrafo do Rei do Futebol no piso de corredores. Há ainda citações a todos os clubes estrangeiros que passaram no local. A dupla Fla-Flu, curiosamente, está marcada lado a lado.
Maradona e Argentina também eternizados
Além do Brasil de 70, outra seleção sul-americana marcante fez do Azteca palco de seus espetáculos: a Argentina de 1986. Como protagonista (e solista): Diego Armando Maradona. Fenômeno nos gramados de todo o mundo, o “zurdo” argentino precisava se consolidar como um dos maiores craques de todos os tempos. E o fez na “cancha” mexicana.
Espécie de templo histórico em seu país, o Azteca foi construído por uma rede de televisão para o Mundial de 70 e para abrigar partidas das equipes da capital. Cruz Azul, Necaxa, Atlante e Atlético Español fizeram do estádio sua casa, mas atualmente o América é o usuário exclusivo. O fato gerou até mesmo uma medida curiosa, com a criação de uma estátua de um torcedor americanista, escolhido em sorteio, em um dos assentos.
Imponente, o Azteca tem sua história marcada não somente pelos Mundiais, Pelé e Maradona. Espetáculos musicais e lutas do ídolo do boxe Julio Cezar Chaves também tomam conta de sua biografia, escritas pelas paredes.
Nesta quarta, porém, o Fluminense (que só jogou no estádio em derrota por 3 a 0 para o América em amistoso em 91) se restringirá aos seus personagens mais famosos para buscar inspiração e seguir firme na Libertadores. Muricy acredita no trabalho, mas uma forcinha extra de Pelé para os brasileiros e Maradona para Darío Conca é mais do que bem-vinda.
Imponente estádio Azteca, um dos mais tradicionais do futebol mundial (Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
Foi nele que o Rei do Futebol se despediu de Mundiais, no dia 21 de junho de 1970. Esta, inclusive, foi a única exibição brasileira no estádio na história das Copas. Mas quem disse que precisava de mais? Com o 4 a 1 sobre a Itália, a equipe canarinho conquistou o tricampeonato mundial com aquela que é considerada a melhor seleção de todas. Como se não bastasse, foi no Azteca, a esquerda das cabines de imprensa, que Carlos Alberto Torres marcou aquele que também é considerado um dos gols mais bonitos de todos os tempos, o quarto contra os italianos.
No elenco tricolor, apenas Souza já teve a experiência de pisar no gramado do estádio mexicano, pelo São Paulo, na semifinal da Libertadores de 2006, contra o Chivas. A partida acabou 1 a 0 para os brasileiros, e nunca mais saiu da mente do apoiador.
- É a mesma coisa que acontece quando os caras vão jogar no Maracanã. Há estádios que por si só criam um nome, uma história. Tive esta oportunidade, está guardada na minha cabeça, e graças a Deus venci. Espero que não só como o Maradona, Carlos Alberto e o Brasil, o Fluminense também possa ter muita sorte neste estádio.
Se para Souza retornar ao Azteca é especial, para os debutantes a emoção é ainda maior. Diguinho, por exemplo, deixou claro que reviverá seus momentos de torcedor antes de começar a partida.
Painel relembra Copa de 70
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
O sentimento é o mesmo de Marquinho. Mais uma vez titular de Muricy Ramalho, o apoiador se disse privilegiado por jogar onde o Brasil fez história.
- Fico muito honrado com isso. Sou muito feliz por estar em um grande clube, vestindo uma camisa que tem tradição, e por jogar em estádios onde muita gente queria ao menos ter entrado. Vai ser algo grandioso. Muitos craques passaram por lá. Espero fazer a minha história também.
Honra dos tricolores por pisarem no Azteca. Honra dos mexicanos pela história que os brasileiros construíram por lá. Nos corredores do estádio, lembranças em verde amarelo são vistas facilmente. Desde imagens de Pelé comemorando a conquista de 1970, até autógrafo do Rei do Futebol no piso de corredores. Há ainda citações a todos os clubes estrangeiros que passaram no local. A dupla Fla-Flu, curiosamente, está marcada lado a lado.
Maradona e Argentina também eternizados
Além do Brasil de 70, outra seleção sul-americana marcante fez do Azteca palco de seus espetáculos: a Argentina de 1986. Como protagonista (e solista): Diego Armando Maradona. Fenômeno nos gramados de todo o mundo, o “zurdo” argentino precisava se consolidar como um dos maiores craques de todos os tempos. E o fez na “cancha” mexicana.
Placa lembra golaço de Maradona contra a Inglaterra em 1986 (Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
Foi no Azteca, por exemplo, que “El Pibe” assombrou o planeta com o golaço em que driblou quase toda a equipe da Inglaterra, pelas quartas de final do Mundial, e, principalmente, marcou com “La Mano de Diós”, no triunfo albiceleste por 2 a 1, o gol mais polêmico do futebol. Este, inclusive, é lembrado com (muito) carinho pelos mexicanos, tendo virado placa e um painel. No mesmo local, a Argentina bateu em sequência Bélgica e Alemanha para confirmar o bicampeonato do mundo. Exato momento da "Mano de Diós"
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
Imponente, o Azteca tem sua história marcada não somente pelos Mundiais, Pelé e Maradona. Espetáculos musicais e lutas do ídolo do boxe Julio Cezar Chaves também tomam conta de sua biografia, escritas pelas paredes.
Nesta quarta, porém, o Fluminense (que só jogou no estádio em derrota por 3 a 0 para o América em amistoso em 91) se restringirá aos seus personagens mais famosos para buscar inspiração e seguir firme na Libertadores. Muricy acredita no trabalho, mas uma forcinha extra de Pelé para os brasileiros e Maradona para Darío Conca é mais do que bem-vinda.
Torcedor do América escolhido em sorteio para ser eternizado no Azteca (Foto: Cahê Mota / Globoesporte)
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