Time derrotou o Ypiranga por 2 a 0, em partida com lance polêmico, e vai enfrentar Brusque ou Atlético-GO Lycio Vellozo Ribas
Rafinha passa pela marcação do Ypiranga, no jogo de ontem, no Couto Pereira: meia fez um gol e deu o passe para o outro (foto: Franklin de Freitas)
Por ter vencido o primeiro jogo, o Coritiba jogava por um empate qualquer. E quem esperava um ímpeto ofensivo igual ao visto diante do Atlético, no último domingo, viu a equipe coxa-branca esbarrar em um adversário bem postado. “A verdade foi que pegamos uma marcação muito forte, como no primeiro jogo”, justificou o técnico Marcelo Oliveira, sobre as dificuldades da equipe na partida.
O momento crucial da partida aconteceu aos 27 minutos do segundo tempo. Foi quando o árbitro Mílton Etsuo Ballerini voltou atrás na marcação de um pênalti para o time da casa. O lance mudou o panorama da partida. Só a partir daí os coxas-brancas cresceram e conseguiram matar o jogo, em dois contra-ataques. “É que no segundo tempo eles tiveram que sair (para o jogo) e cansaram”, afirmou o treinador. “Fica o aprendizado de que Copa do Brasil é difícil”.
O jogo - O Coritiba começou a partida no 4-2-3-1 das ultimas partidas. Do outro lado, o Ypiranga tinha o mesmo 4-2-3-1 – com Giovani de articulador, Jeovan pelo lado direito, Tiago Pereira na esquerda e Rafael Santiago (ex-Coritiba) como referencia na área – e conseguiu anular os coxas-brancas. Como os gaúchos precisavam de uma vitória, foram para cima nos primeiros minutos.
Mesmo com a constante inversão de Rafinha e Davi pelos lados do campo, o time da casa so conseguiu tocar na bola dentro da área adversária aos 21 minutos (com Emerson, sem perigo), só deu o primeiro chute a gol aos 17 (com Léo Gago, para fora) e só exigiu a primeira defesa do goleiro Luiz Carlos (ex-Paraná) aos 33, em falta cobrada por Marcos Aurélio. Nos 10 minutos finais, os coxas brancas tiveram mais chances de gol, mas não aproveitaram.
Para o segundo tempo, Marcelo Oliveira desfez o 4-2-3-1, colocando Tcheco no lugar de Davi e adiantando Marcos Aurélio para o ataque – a formação ficou no 4-4-2. A estratégia não deu resultado. A partir dos 25 minutos, o 4-2-3-1 foi reformatado, com Tcheco pelo meio e Marcos Aurélio e Rafinha pelas pontas.
Além dessa mudança, dois outros fatores ajudaram o Coritiba. Um foi o cansaço de um adversário que precisava vencer a partida. O outro, por incrível que pareça, foi um pênalti cometido pelo zagueiro Glauco, que o árbitro marcou e, depois de conversar com um dos auxiliares, voltou atrás e cancelou. O lance, em vez de representar uma possível vantagem no placar, caso o pênalti fosse convertido, funcionou como efeito psicológico. Os coxas-brancas se encheram de brios e passaram a contra-atacar com grande vontade. Nesse tipo de jogada, Eltinho abriu o placar, aos 33 minutos, e Rafinha marcou 2 a 0, aos 39. O Coritiba só não fez mais gols porque Bill perdeu duas chances incríveis. Mas, no fim das contas, não fizeram falta. O time paranaense estava classificado.
Coritiba
Edson Bastos; Jonas, Pereira, Émerson e Eltinho (Lucas Mendes); Leandro Donizete (Willian), Léo Gago, Rafinha, Marcos Aurélio e Davi (Tcheco); Bill. Técnico: Marcelo Oliveira
Ypiranga
Luiz Carlos; Thiago Gasparino, Glauco, Mateus e Branco (Cassiano); Pansera (Elcimar), João Paulo e Giovani; Jeovan (Silvestre), Rafael Santiago e Tiago Pereira. Técnico: Agenor Piccinin.
Gols: Eltinho (33-2º) e Rafinha (39-2º)
Cartões amarelos: Tiago Gasparino, Glauco, João Paulo, Rafael Santiago, Eltinho
Árbitro: Milton Etsuo Ballerini (SP)
Renda: R$ 97,140
Público: 8.640 (pagante), 10.188 (total)
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba, ontem
FONTE:
http://www.bemparana.com.br/index.php?n=173051&t=com-gols-no-fim-coritiba-vence-e-avanca-na-copa-do-brasil
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