sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

De virada, Grêmio perde fora de casa para o Junior Barranquilla-COL

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2011


Borges marcou primeiro, mas colombianos alcançaram a vitória por 2 a 1

por Eduardo Cecconi
 O Grêmio saiu na frente mas não conseguiu manter o resultado. De virada, os tricolores gaúchos perderam para o Junior Barranquilla-COL por 2 a 1, na madrugada de quinta para sexta-feira, pela segunda rodada do Grupo 2 da Taça Libertadores . A partida, disputada no Estádio Metropolitano, em Barranquilla, na Colômbia, quase ficou marcada por um gol antológico do zagueiro Rodolfo, em chute de antes do meio do campo, um minuto antes de o Grêmio sofrer o segundo gol. No fim, o árbitro deu apenas um minuto e meio de acréscimo.
Borges abriu o placar para o Grêmio. Hernández e Viáfara marcaram os gols colombianos. O Junior Barranquilla-COL agora isola-se na liderança da chave, com 6 pontos. O Grêmio, pelo saldo de gols, é o segundo colocado, com 3 - ao lado do León de Huánuco-PER. O Oriente Petrolero-BOL está na lanterna, sem nenhum ponto.
Início promissor
Minutos antes do início da partida, Renato Gaúcho se viu obrigado a modificar o time do Grêmio. Com dores no joelho direito, Lúcio não passou no derradeiro teste físico, e deu lugar a Adilson no meio-campo. Carlos Alberto já estava confirmado.
Com as novas camisas azuis celestes o Grêmio jogou da forma como gosta seu treinador. Mesmo fora de casa, contra aproximadamente 30 mil torcedores adversários, os gaúchos posicionaram-se de início no campo de ataque.
Víctor Cortes Juniors Barranquilla x Grêmio (Foto: EFE)Víctor Cortéz tenta o gol diante Roldofo, que voa tentando cortar a bola, André Lima e Victor (Foto: EFE)
E assim surgiu o primeiro gol. Trocando passes, o Grêmio cercou a área do Junior Barranquilla-COL. E quando perdeu a posse, não recuou. Pelo contrário. Fábio Rochemback adiantou-se, roubou a bola, e deu origem à combinação finalizada pelo disparo de canhota do centroavante Borges, aos 4 minutos. A bola ainda tocou o travessão antes de entrar: 1 a 0.
Dez minutos depois os colombianos responderam, acertando o poste esquerdo defendido por Victor. Mas a sorte acompanhou o Grêmio no lance e, ao invés de passar a linha, a bola voltou para a área, e foi afastada pelo bico do pé esquerdo de Rodolfo.
Pressão aérea
Com jogadores altos, o time da casa investiu nos cruzamentos. Houve uma sequência de cinco escanteios, todos anulados pela defesa tricolor. O Grêmio já esperava por isso, e o combate à bola alta foi estudado em vídeos, e treinado em campo.
Mas foi pelo chão que saiu o empate do Junior Barranquilla. Aos 28, o ágil Giovani Hernández apanhou um rebote rasteiro na área gremista, e com categoria empatou.
Borges gol Grêmio (Foto: EFE)Borges comemora o seu gol (Foto: EFE)
Aquele início promissor do Grêmio não mais se repetiu. Embretado pela pressão colombiana, o time gaúcho passou a cometer faltas. Carlos Alberto, amarelado, colocava sua permanência em campo sob risco iminente:
- Mais uma falta e ele vai expulsar o Carlos Alberto - disse Renato, à beira do campo.
Sete minutos depois do empate o treinador gremista substituiu Carlos Alberto, colocando o lateral-esquerdo Bruno Collaço no meio-campo - à exemplo do modelo de jogo elaborado a partir da presença do titular Lúcio no setor. Evitou a expulsão do camisa 22, e conseguiu arrefecer o ímpeto do Junior.
Pé no freio
Do vestiário, o Grêmio saiu mais tranquilo. Voltou a valorizar a posse de bola, trocando passes na intenção de retirar do Junior Barranquilla-COL a velocidade de suas transições ofensivas.
Bem posicionado, e articulado, o Grêmio recomeçou melhor o jogo. E teria a chance de passar à frente se o árbitro mexicano Marco Rodríguez tivesse marcado pênalti no centroavante Borges. Lançado na área, ele foi puxado pelo zagueiro, mas o juiz ignorou o lance.
A estratégia tricolor, entretanto, deu certo. Não se repetiram a pressão, a insistência ou a rapidez de movimentos ofensivos dos anfitriões. Pelo contrário. Com boas atuações de Rochemback e Douglas, o Grêmio controlou o segundo tempo com passes curtos, tabelas e marcação eficiente.
Incrível é pouco
Em um minuto, o jogo incendiou-se novamente. Aos 28 o zagueiro Rodolfo quase marcou um gol antológico no Estádio Metropolitano. Do meio-campo ele percebeu o goleiro Rodríguez adiantado, e bateu forte.
A bola tomou a direção certa, mas bateu no chão dentro da pequena área, subiu e encobriu o travessão. Durante frações de segundos o público silenciou completamente. E todos, atônitos, assistiram à salvação do goleiro. Rodolfo já corria para comemorar, e ajoelhou-se lamentando o azar. Incrível.
E aos 29, o Junior virou a partida. Após cruzamento, o volante Viáfara completou uma linha de passes aéreo e antecipou-se ao goleiro Victor: 2 a 1. Placar que persistiu até o final.
Próximos jogos
Pela Taça Libertadores, o Grêmio volta a jogar às 20h15m da próxima quinta-feira, dia 03 de março. Será no Estádio Olímpico, contra o Léon de Huánuco-PER, pela terceira rodada do Grupo 2.
Antes, às 16h de domingo, o Grêmio encara o Cruzeiro-Poa pela semifinal da Taça Piratini - o primeiro turno do Campeonato Gaúcho - também no Olímpico.
Junior BARRANQUILLA-COL 2 X 1 GRÊMIO
Rodríguez; Gómez, De Almeida, Macías e Fawcett; Viáfara, Páez (Valencia), García e Giovane Hernández; Bacca e Cortéz (Cárdenas, depois Barahona). Victor; Gabriel, Paulão, Rodolfo e Gilson (Vinicius Pacheco); Fábio Rochemback, Adilson, Carlos Alberto (Bruno Collaço) e Douglas; Borges e André Lima (Júnior Viçosa).
Técnico: Óscar Quintabani. Técnico: Renato Gaúcho.
Data: 24 de fevereiro de 2011. Local: Estádio Metropolitano, em Barranquilla, na Colômbia. Árbitro: Marco Rodríguez, auxiliado por Marvin Torrentera e José Luiz Camargo (trio mexicano).
Gols: Borges (Grêmio), aos 4m; Hernández (Junior Barranquilla-COL) aos 28m, no primeiro tempo. Viáfara (Junior Barranquilla-COL), aos 29m do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cortéz (Junior Barranquilla-COL); Adilson, Carlos Alberto (Grêmio).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2011/24-02-2011/atletico-junior-gremio.html

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