quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pinheiros aponta "projetos distintos" para dispensar Marcelinho e Rodrigão

Clube divulga nota oficial e agradece jogadores por "serviço prestado"

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

MONTAGEM - Marcelinho e Rodrigão são dispensados do Pinheiros Sky - VôleiMarcelinho e Rodrigão são dispensados do
Pinheiros (Foto: Montagem / Globoesporte.com)
Em comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira, o Pinheiros confirmou o desligamento dos jogadores Rodrigão e Marcelinho da equipe de vôlei. O clube, ao lado do patrocinador, apontou “decisões estratégicas e projetos distintos apontados pelas partes envolvidas (jogadores, clube e patrocinador” para tomar a decisão.
- O Esporte Clube Pinheiros e a SKY, que sempre realizam as alterações necessárias em comum acordo, agradecem a importante participação dos jogadores que prestaram serviço à equipe desde o começo do projeto, em agosto de 2009, quando o Clube e a SKY se uniram para formar o time de vôlei - afirma o comunicado.
Os detalhes sobre os contratos, que expiram em julho de 2012, só serão discutidos na semana que vem. Na terça-feira, os dois jogadores se reuniram com dirigentes da equipe e do patrocinador.
Rodrigão não escondeu seu descontentamento com o motivo alegado pelo técnico Mauro Grasso, que levou ao seu desligamento da equipe. Em nota oficial, ele ressaltou também que o clube poderia ter tomado essa decisão em "um momento mais apropriado e não agora, depois de disputados mais de 10 jogos e exatamente no último dia de inscrições de atletas para a Superliga". Lembrou também que se tivesse sido comunicado antes do início da competição, poderia seguir a carreira em defesa de outra equipe. Para ele, "essa simples atitude certamente evitaria mágoas entre as partes, o que acabou sendo inevitável da forma como as coisas foram conduzidas".
- Segundo me comunicaram, o treinador alegou que eu não apresentava motivação suficiente para prosseguir meu trabalho com o grupo e que ele, como “não conseguia me motivar”, achava melhor que eu não permanecesse defendendo a equipe. Apesar de respeitar a decisão do Pinheiros e da patrocinadora, quero deixar claro que não concordo com os motivos alegados. Já defendi grandes clubes no Brasil e na Itália e há mais de 10 anos tenho o orgulho de jogar com a camisa da seleção brasileira no período mais vitorioso de sua história. Sempre fui um atleta que respeitou e lutou pela equipe em que estava. Eu e meus clubes passamos por momentos bons e ruins, mas com muito trabalho e dedicação nos treinos e nos jogos conseguíamos a superação e a conquista de muitos títulos. Não sou um jogador de me acomodar e aceitar passivamente quando os resultados esperados não acontecem. Talvez essa minha característica tenha sido compreendida de outra forma pelas pessoas do Pinheiros - disse.
Depois que decidir seu futuro profissional, Rodrigão diz que sua preferência é por permanecer no Brasil. Ele também quer acelerar a formação do time de vôlei de Santos, projeto pessoal que é um sonho antigo.
Marcelinho também aguarda a nova reunião para definir seu futuro. Assim como seu ex-companheiro de time, ele também nega que estivesse desmotivado.
- Tivemos uma reunião e a conversa foi bem franca. Toda essa situação foi chata, muito ruim e desnecessária, até porque sempre houve diálogo dentro do grupo. Todos saíram perdendo com isso, nós, clube, patrocinador e o vôlei. Na reunião, falaram que o Mauro Grasso pediu a minha dispensa porque estava me achando triste e desmotivado, mas nunca veio falar sobre isso comigo. Desmotivado eu não estava, não havia motivo pra isso, mas concordo que estava triste, sim, e não poderia ser diferente. Os resultados não estavam aparecendo e todo o grupo estava muito incomodado com essa situação. Nossa equipe foi montada para conquistar títulos, para vencer e não aconteceu, então é normal que todos fiquem chateados, mas desmotivado nunca estive. Na semana que vem vamos nos reunir novamente para definir o meu futuro - disse Marcelinho.
Sem poder atuar por um clube brasileiro - o regulamento da Superliga não permite que um atleta que já tenha entrado em quadra por uma equipe se transfira para outra durante o campeonato -, Marcelinho ainda não sabe como e nem onde será o seu futuro. Certo apenas é que a virada do ano será em casa, no Rio de Janeiro, com a família.
- Vou aproveitar essa semana para descansar com a minha família e pensar sobre o futuro. Não tenho planos, nada ainda em vista, não sei como vai ser o restante da temporada. Não esperava que isso fosse acontecer.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2010/12/pinheiros-aponta-projetos-distintos-para-dispensar-marcelinho-e-rodrigao.html
  

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