O juiz Marco Coutto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que condenou o ex-goleiro Bruno de Souza e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, taxou Bruno de covarde e irresponsável, na decisão judicial. Na íntegra do texto, ele critica Bruno por fugir de suas responsabilidades de pai, além de ser dono de uma personalidade "criminosa".
Bruno terá que cumprir quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesões corporais e constrangimento ilegal contra Eliza Samúdio, sua ex-namorada desaparecida desde junho. Já Macarrão foi condenado a três anos de prisão por cárcere privado.
"Ao conhecer a vítima em determinado evento (uma orgia na versão do réu ou um churrasco na versão da vítima) e optar pelo sexo irresponsável, não lhe cabia fazer o papel que fez ao saber da gravidez da vítima. A sua covardia, pois, impõe resposta penal adequada. É certo que o réu não tem maus antecedentes. Mas a sua personalidade, diante do que ficou apurado, revelou-se criminosa", escreveu o juiz.
De acordo com Coutto, Bruno e "amigos" antes fizeram pressão para que Eliza provocasse um aborto. Ele lamentou o fato de o goleiro ter sido admirado em algum momento da carreira por crianças.
"Não é tal conduta que se espera de um cidadão de bem. Quis o destino que o réu se destacasse em sua profissão, mas o mesmo destino se incumbiu de trazê-lo ao banco dos réus. Diante da personalidade do réu, lamenta-se que crianças e amantes do futebol já tenham admirado o acusado. Isso porque o réu não é digno de qualquer admiração".
O juiz lembra que Eliza Samúdio volta e meia procurava envolvimento com jogadores de futebol, o que não a tornaria "muito inocente".
"Há registro nos autos de que a vítima procurava envolvimento com muitos jogadores de futebol. Neste ponto, não se define bem quem é vítima de quem. Se os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas de mulheres que os procuram com toda a sorte de interesses. Se as mulheres que procuram os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas deles. Nessa relação, ninguém é muito inocente. Todos têm culpa. Um quer enganar o outro. Mas, na verdade, ambos enganam a si próprios. Não há nada de sincero em tais relações. Apenas interesses que, às vezes contrariados, geram processos criminais como este", escreveu.
De acordo com Coutto, Bruno e "amigos" antes fizeram pressão para que Eliza provocasse um aborto. Ele lamentou o fato de o goleiro ter sido admirado em algum momento da carreira por crianças.
"Não é tal conduta que se espera de um cidadão de bem. Quis o destino que o réu se destacasse em sua profissão, mas o mesmo destino se incumbiu de trazê-lo ao banco dos réus. Diante da personalidade do réu, lamenta-se que crianças e amantes do futebol já tenham admirado o acusado. Isso porque o réu não é digno de qualquer admiração".
O juiz lembra que Eliza Samúdio volta e meia procurava envolvimento com jogadores de futebol, o que não a tornaria "muito inocente".
"Há registro nos autos de que a vítima procurava envolvimento com muitos jogadores de futebol. Neste ponto, não se define bem quem é vítima de quem. Se os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas de mulheres que os procuram com toda a sorte de interesses. Se as mulheres que procuram os jogadores de futebol, embriagados pelo dinheiro e pela fama, são vítimas deles. Nessa relação, ninguém é muito inocente. Todos têm culpa. Um quer enganar o outro. Mas, na verdade, ambos enganam a si próprios. Não há nada de sincero em tais relações. Apenas interesses que, às vezes contrariados, geram processos criminais como este", escreveu.
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