segunda-feira, 11 de junho de 2012

Bota dá passo atrás e trabalha para reconstruir o lado psicológico

Oswaldo de Oliveira diz que jogadores precisam ter consciência de que, quando se consegue inverter um resultado, ele precisa ser mantido

Por Thales Soares Recife

Na gangorra em que o futebol costuma colocar os times, o Botafogo tenta se equilibrar. Com duas vitórias convincentes na abertura do Campeonato Brasileiro, o time parecia ajustado. No entanto, depois de perder dois jogos seguidos por 3 a 2, em situações inusitadas, o técnico Oswaldo de Oliveira volta ao grau em que começou a competição, tentando recuperar a confiança do grupo.

O Botafogo iniciou o Brasileiro depois de perder a final do Carioca, com uma derrota por 4 a 1 para o Fluminense no primeiro jogo da decisão, e ser eliminado da Copa do Brasil para o Vitória no Engenhão. Oswaldo, no entanto, procura encarar com tranquilidade mais esse momento de revés.

- Não tem desafio. Meu trabalho vai seguir normalmente. Os jogadores precisam realmente estar mais atentos e se conscientizar de que uma situação na qual você consegue inverter um resultado precisa ser mantida - comentou Oswaldo.

O treinador costuma usar videos e palestras motivacionais nas reuniões com os jogadores. A psicóloga Maíra Ruas sempre participa dos encontros, normalmente antes dos treinamentos, mas muitas vezes apenas como espectadora. Depois, faz trabalhos individuais quando necessário.

- São circunstâncias de jogo, mas precisamos procurar reconstruir e dar confiança. Os erros aconteceram, e nosso objetivo agora é corrigi-los - afirmou Oswaldo.

O time volta a treinar apenas na terça-feira, no Engenhão. O próximo jogo é contra o Internacional, sábado, no Beira-Rio, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Oswaldo Oliveira - Botafogo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Oswaldo de Oliveira fala em "procurar reconstruir e dar confiança" (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
 
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Após a chuva, Nadal para Djokovic e se torna o maior campeão em Paris

spanhol quebra sequência de derrotas para rival em finais de Grand Slam

Por GLOBOESPORTE.COM Paris

Roger Federer tentou cinco vezes em Paris e não teve sucesso. O próprio Novak Djokovic, antes de chegar ao topo do ranking, já havia sido abatido em três tentativas no torneio. Neste fim de semana, o sérvio teve outra chance. Lutou, correu atrás, jogou um tênis inspirado por um set e meio. Não adiantou. Nem a chuva, que interrompeu a final e adiou o término para esta segunda-feira, fez diferença. Rafael Nadal triunfou mais uma vez em Roland Garros. Depois de segurar a reação do número 1 do mundo, o espanhol fez 6/4, 6/3, 2/6 e 7/5 e conquistou o Grand Slam francês pela sétima vez. Nenhum homem na história venceu no saibro parisiense tantas vezes.

Rafael Nadal tênis Roland Garros final troféu (Foto: AFP)Pela sétima vez, Nadal dá sua tradicional mordida no troféu de Roland Garros (Foto: AFP)
 
Até este domingo, o atual número 2 do mundo dividia o posto de maior campeão com Bjorn Borg, vencedor em 1974, 1975, 1978, 1979, 1980 e 1981). Os números de Nadal, contudo, já eram mais impressionantes que os do sueco. O espanhol chegou ao hexa em sete participações. Hoje, soma 52 vitórias e apenas uma derrota (para Robin Soderling, nas oitavas de final em 2009).
Ao todo, Nadal tem agora 11 títulos de Grand Slam no currículo. Além dos sete em Paris (2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012), o atleta de 26 anos conquistou o Torneio de Wimbledon em 2008 e 2010, o Australian Open em 2009 e o US Open em 2010.
O feito de Nadal na terra batida também impede que Djokovic se torne o terceiro tenista em todos os tempos a vencer quatro Grand Slams em sequência. O sérvio é o atual detentor dos troféus de Wimbledon, do US Open e do Australian Open. Apenas o americano Don Budge e o australiano Rod Laver triunfaram em todos os Majors de forma consecutiva.
Precisão no começo faz diferença
Nadal entrou em quadra mais sólido, sem dar pontos de graça a Djokovic e atacando melhor. Enquanto o sérvio buscava uma maneira de incomodar o rival, Nadal se afirmava com duas quebras de saque e uma maiúscula vantagem de 3/0. O espanhol, contudo, não manteve o fantástico nível. Quando cometeu um par de erros, viu Nole crescer. O sérvio devolveu as duas quebras e igualou o placar em 3/3. No sétimo game, porém, Djokovic cometeu uma dupla falta no break point e deu a vantagem a Nadal novamente. O número 2 do mundo não vacilou mais e manteve a dianteira. Com uma curtinha e um forehand vencedores, fez 6/4.

Novak Djokovic tênis Roland Garros final raquete banco (Foto: EFE) 
Djokovic desconta a raiva no banco e dá umaraquetada no móvel (Foto: EFE)
 
A previsão de chuva acabou se confirmando, mas os pingos, que já haviam aparecido brevemente no primeiro set, não eram grossos o bastante para forçar a interrupção da partida. A partida seguiu como na parcial anterior, com os dois tenistas fazendo belas defesas e brigando pelo controle dos pontos da linha de base. Nadal saiu na frente mais uma vez, cortesia de nova dupla falta de Djokovic em um break point. O sérvio, porém, igualou o jogo no quarto game, devolvendo a quebra com uma passada e um lob vencedores.
Assim como no primeiro set, Nadal brilhou no sétimo game. Com um forehand vencedor, quebrou Djokovic. O número 1, irritado, descontou no banco em que senta. Deu uma pancada violenta com a raquete e quebrou a estrutura de madeira. Pouco depois, Nadal confirmou o saque e fez 5/3. A chuva, então, aumentou e mandou os tenista de volta ao vestiário. A paralisação durou cerca de meia hora e, no retorno, Nole cometeu três erros. Com dois set points, Nadal aproveitou o segundo com uma passada de backhand e fechou o set: 6/3.

Sob pingos, a reação
O espanhol parecia arrancar para uma vitória em três sets quando quebrou o saque do sérvio no segundo game da terceira parcial e abriu 2/0. Djokovic, então, passou a jogar mais solto. Arriscou um saque-e-voleio, começou a acertar mais e se defender melhor. O duelo, enfim, mudou. Nadal passou a forçar mais e arriscar mais, mas não tinha sucesso. Embalado, o número 1 venceu seis games seguidos e se manteve vivo no jogo: 6/2.
Nadal não conseguia forçar tantos erros do sérvio, e Djokovic abriu o quarto set com uma quebra. O número 2 havia perdido oito games consecutivos quando, enfim, voltou a confirmar o saque. Os pingos finos continuavam, e o árbitro de cadeira então suspendeu a partida. Desta vez, a paralisação foi mais longa. Depois de quase uma hora de espera, às 20h locais (15h de Brasília), a organização decidiu adiar o recomeço para segunda-feira.
Nadal melhor no recomeço
Os dois tenistas voltaram à quadra às 12h de Paris no dia seguinte, e Nadal, assim como no dia anterior, começou melhor. Ainda descalibrado, Djokovic cometeu três erros e viu o rival acertar uma passada para quebrar o saque. Nadal confirmou o serviço, fez 3/2 e voltou à dianteira. A chuva, então, voltou. Depois do nono game, os dois tenistas conversaram e decidiram esperar, ainda em quadra, que os pingos parassem.
O jogo seguiu tenso, com a torcida vibrando e os dois tenistas confirmando sem ceder break points. No 12º game, Nadal atacou o serviço de Djokovic e, com um forehand vencedor, chegou ao match point. A pressão foi muito grande para o sérvio. O número 1 do mundo fez uma dupla falta e decretou o fim do jogo.

Rafael Nadal tênis Roland Garros troféus (Foto: AFP)Rafael Nadal em suas seis conquistas anteriores em Paris (Foto: AFP)
 
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